1 de outubro de 2013

REVELANDO O GUERREIRO II






HUMBERTO MENEGHIN
artigo publicado originalmente no www.yoga.pro.br


Este é o segundo de uma série de três textos que tem como objetivo desvendar os detalhes do virabhadrásana, a postura do guerreiro. Independentemente de ter ou não executado a outras duas variações, o praticante pode fazer o virabhadrásana II. Para compor este ásana destacamos as ações relativas ao posicionamento e alinhamento de pés, pernas, joelhos, quadris, braços, cabeça e tronco.







PÉS E PERNAS.

Ao se colocar em Virabhadrásana II, o praticante pode alinhar os calcanhares entre si e elevar os arcos dos pés. O pé de trás irá girar para frente e formar um ângulo de 45 graus em relação ao pé que está à frente.  Por sua vez, este mesmo pé, que está à frente, se encontra na linha da perna flexionada, ao passo que a coxa da perna que o acompanha permanece paralela ao solo.

No entanto, em relação ao correto posicionamento das pernas, vale lembrar a mesma recomendação adotada na construção do Virabhadrásana I e doTrikonasana, qual seja: as pessoas cujas pernas são mais compridas, usando o bom senso, precisam separar mais os pés, ao passo que as pessoas de menor estatura devem aproximá-los.

Ainda, em relação à posição dos pés e considerando a mobilidade do quadril de cada praticante, há quatro opções para o praticante investigar o ângulo entre os pés para melhor se estabilizar no ásana.

Quais sejam:

1) ambos os calcanhares podem estar na mesma linha, ou 
2) o calcanhar do pé da frente pode ficar alinhado com o arco do pé de trás, ou
3) o calcanhar do pé da frente pode ficar alinhado com o dedo maior do pé de trás, ou ainda
4) o calcanhar do pé da frente pode ficar aberto em relação ao pé de trás (i.e., se o pé da frente for o direito, a planta desse pé fica mais para a direita).


JOELHOS E QUADRIL.

Examinando o Guerreiro II nos quesitos joelhos e quadril, notamos que a base desta postura é aberta e similar à do parsvakonásana. O joelho da perna da frente fica flexionado, no entanto, o praticante deve observar as mesmas indicações adotadas no Guerreiro I, ou seja, joelho da perna da frente deve estar confortavelmente flexionado e corretamente alinhado ao calcanhar da mesma perna.

Uma dica é visualizar uma linha imaginária descendo pelo meio do joelho até o espaço entre o primeiro e segundo dedos do pé que está à frente. No entanto, deve o praticante evitar pender a perna e o joelho da frente tanto para o lado de dentro quanto para o lado de fora, pois irá criar uma compressão desnecessária nas articulações sacroilíacas e na região lombar. Por sua vez, o quadril permanece alinhado com ambas as pernas e paralelo ao chão.





BRACOS, CABEÇA E TRONCO.

Em relação aos braços, ao iniciar a posição, o praticante deve relaxar os ombros, os músculos do dorso e as escápulas, enquanto os estende paralelos ao chão. Em seguida, volta as palmas para cima e respira por algumas vezes, para depois virá-las para baixo.

A cabeça se volta em direção à mão que está à frente. Os olhos se fecham e o praticante irá, em um primeiro momento, abrir o olho do lado oposto ao braço estendido a sua frente e focalizar o dedo médio dessa mão e, depois, irá abrir o outro olho. Esta ação tem por finalidade ajudar o praticante a se concentrar na composição do ásana.

Uma vez que tronco se mantém na posição vertical, o esterno se eleva à frente e o pescoço, se alonga e se mantém relaxado. Os ombros, por sua vez, ficam para trás, para baixo e abertos, enquanto as axilas estão afastadas entre si.

Por fim, os bandhas surgem na base do tronco, ao mesmo tempo em que a coluna também está verticalizada e o cóccix aponta para baixo. E, em posição neutra, o praticante se entrega às sensações que sente na região do coração, até que esteja pronto para executa-lo do outro lado. 


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