NÃO VIVO SEM MEU MAT!

HUMBERTO MENEGHIN

Praticar com ou sem mat, tapete específico para a prática de Yoga, também é uma dúvida freqüente que surge pela mente dos que se iniciam na prática. Comumente feitos de PVC e látex sintético, em várias cores e mais recentemente customizado, ou seja, com motivos e estampas produzidos exclusivamente e unicamente a gosto do freguês, este acessório para prática de ásanas se torna cada vez mais comum.

Com o boom do Yoga pelo mundo o tapete específico para a prática de ásanas tornou-se um item básico e indispensável para yogis e yoginis e estão presentes na maioria dos espaços, estúdios e escolas de Yoga pelo mundo.

Nos primórdios do Yoga, o que se sabe era que os yogis praticavam sem qualquer tapete, ou seja, diretamente em contato com a terra e só mais tarde passaram a praticar sobre uma pele de animal, mais especificamente a de tigre.

Bem depois, ainda antes do surgimento do mat, a prática se desenvolvia sobre tapetes feitos de algodão que eram colocados diretamente sobre o chão de madeira; no entanto, como não havia aderência suficiente nestes tapetes, eles escorregavam durante a execução de ásanas, não oferecendo qualquer segurança aos praticantes.

Foi no começo dos anos oitenta que uma professora de Yoga de origem inglesa, Ângela Farmer, que ensinava Yoga na Alemanha, teve a boa idéia de cortar um pedaço de tapete com as medidas de uma toalha e usar em suas aulas. Foi assim que surgiu o tapetinho que todos nós conhecemos.

Tornando-se este tapete muito popular na Inglaterra, o pai desta professora resolveu investir na produção de tapetes para Yoga ao entrar em contato com a fábrica alemã que fornecia a matéria prima. Os primeiros tapetes para Yoga foram feitos em PVC e eram produzidos somente na cor branca.

Posteriormente, nos anos noventa, os mats passaram a ser fabricados em larga escala na Alemanha contendo além de PVC o látex sintético. Em 2002, novamente na Inglaterra, surgiu a idéia de produzir esses tapetes para Yoga seguindo uma forma ecologicamente correta, ou seja, eco-friendly, tendo como matéria prima a juta, a borracha natural, o algodão e até o hemp.  Mais caros, esses mats ecologicamente corretos, são certificados de que não contém substâncias consideradas prejudiciais.  E, alguns outros, ainda, são produzidos com bambu.

As medidas específicas que estão dentro dos padrões de um mat normal é de 1,82 ms de comprimento por 60 cm de largura; no entanto, alguns praticantes preferem mats que sejam mais largos e compridos para se sentirem mais confortáveis. Quanto à espessura esta pode variar de 2mm, a mais leve, 4-5mm a que está dentro do padrão ou ainda acima de 7mm ou até mais.

Em relação à higiene do mat, alguns preferem lavá-los diretamente no tanque com sabão em pó e depois deixar para secar. Outra alternativa é umedecer um pano com desinfetante ou álcool para limpar todo o mat. Ou, ainda, limpá-lo com sabonete líquido ou detergente. Ainda, existem certos produtos específicos no mercado americano elaborados exclusivamente para a limpeza de mats.

Vale lembrar que após ser lavado, a lógica pede que os tapetes sejam colocados desenrolados para secar. Um mat higienizado também vai depender muito da limpeza do porta mat, bem como do assoalho do espaço em que o praticante escolher para a prática de Yoga.

Infelizmente, este acessório até que indispensável à prática do Yoga, que inclusive poderíamos classificar com artigo de luxo, ainda não tem um preço acessível neste país, o que faz que alguns praticantes optem por “passadeiras”, também feitas de PVC, látex ou EVA e até outros tipos feitos com napa ou de espuma, sendo que estes últimos não possuem uma boa aderência ao chão.

Para quem não possui mat e inicialmente não quer investir em um, estas opções de tapetes sem aderência ou até mesmo uma toalha grande pode com cuidado ser adotada durante a prática. Não é o recomendável, mas, no entanto, o praticante deve dispensar o devido cuidado e atenção para evitar a execução de posturas em pé, outras que demandam equilíbrio ou seqüências em movimento nestes tipos de tapetes, preferindo fazê-las diretamente no chão.

Já ouvi em algum lugar, uma professora ou professor de Yoga dizer que usa pedaços de papelão como tapetes quando ministra aulas de Yoga em instituições assistenciais onde não há condições financeiras para aquisição de mats tradicionais. A opção pode ser válida, mas todo o cuidado deve ser dispensado na execução de ásanas cujo tapete improvisado não dê segurança ao praticante.

Por sua vez, a opção colchonete, por incrível que pareça ainda é considerada em certos espaços que não disponibilizam mats aos alunos. Além de não possuir firmeza junto ao solo o uso do colchonete também contribui para colocar em risco a estabilidade dos praticantes.

Alguns espaços até ousam em cobrar um “irrisório” aluguel para o uso de mats daqueles que ainda não os possuem, o que é um ato abusivo, uma vez que o praticante já compra um cartão ou paga por uma mensalidade para ter aulas de Yoga e conclusivamente uso do tapete já se inclui no valor do que foi pago para quem não o tem.

Pode parecer não ser importante, mas investir num bom mat é o mais adequado para a prática do Yoga, pois ele vai ser seu e de mais ninguém.  No entanto, você deve dispensar uma boa atenção quando for escolhê-lo, pois alguns são tão finos, que apesar de aderirem ao solo, só trazem desconforto para o praticante em certas posturas onde há que se apoiar um dos joelhos no chão ou em invertidas, o que pede que praticante utilize cobertores ou dobre o mat várias vezes para ter maior estabilidade, conforto e proteção. Alguns praticantes chegam até a usar dois mats, um em cima do outro para se sentirem melhores acomodados.

A principal função de um bom e adequado tapetinho para a prática do Yoga, além de proteger da friagem do chão, é a de reduzir o risco de acidentes e permitir que mãos e pés tenham uma tração firme e não escorreguem durante a construção de ásanas. Desta forma, é de suma importância que o mat seja bem aderente ao solo.

Quando o mat começar a se esfarelar ou desintegrar está na hora do praticante adquirir um novo e quem sabe desta vez um que seja mais natural e ecologicamente correto, com bom preço e que agregue um justo custo e benefício.

Inevitável que em uma aula cheia o praticante vaidoso irá comparar seu mat com os mats alheios; procurando observar as cores, os desenhos, as marcas, se estão desgastados e tentar adivinhar quanto custou. Isto é bastante natural. Além disso, evitar pisar invasivamente em mats alheios é de boa educação, com a exceção feita ao professor de Yoga que para um ajuste e outro de ásana tem esta permissão.

Todos sabemos que a sua energia, as práticas que você já fez e fará ficam e ficarão impressas em seu tapetinho e mais tarde quando novamente você estiver praticando o próprio mat vai ajudá-lo na condução da sua prática pessoal, sem que você perceba.

Para quem se dedica à prática do Yoga com amor, ganhar um bom mat de presente de aniversário é uma ótima idéia, ainda mais se o mat for customizado, como você pode conferir nesta cena.

Se quiser saber mais sobre este assunto, confira em 

http://yogaemvoga.blogspot.com.br/2014/06/quero-tanto-um-yoga-mat-novo.html

e também aqui, 

http://yogaemvoga.blogspot.com.br/2013/04/adoro-meu-cotton-mat.html


Harih Om!