26 de fevereiro de 2011

VOCÊ JÁ SE SENTIU COMO UMA SACOLA PLÁSTICA FLUTUANDO PELO VENTO?

 

HUMBERTO MENEGHIN



É assim que começa a música Firework, fogo de artifício, cantada por Kate Perry. Para quem entende inglês e ouve a música pela primeira vez, a letra pode parecer tola e grudar na mente; mas, se você parar para analisar a fundo o significado que esta canção traz irá descobrir muita coisa.

Sentir-se como uma sacola plástica que flutua e é levada pelo vento é uma boa metáfora para descrever uma passagem difícil e inadequada por que se passa na vida.

A sacola plástica sendo levada pelo vento significa aquele momento que alguém se sente sem rumo, perdido e sem direção diante de uma situação ou problema que se depara. Mas, então, o que podemos fazer em um momento árido que se apresenta, querendo começar de novo, apesar de se sentir frágil como um castelo de cartas a um sopro de desmoronar, como continua dizendo a primeira estrofe da música?

Assistindo ao clip de Firework, notamos que todas as pessoas de uma hora para outra começam a se iluminar, numa explosão de fogos de artifícios que saem de seus corações e tudo o que era tão ruim assim transforma-se em Luz, em luminosidade.




A cantora ainda enfatiza na canção que existe uma faísca em nós que necessita apenas ser acessa para brilhar como um fogo de artifício (a luminosidade) para dominar a noite (dissipar toda dúvida, todo o momento árido, toda a escuridão), deixando as suas cores explodirem, surpreendendo os outros (surpreendendo os outros com a mudança de estado que ocorreu em você – a transformação), pois você é original e não pode ser substituído (o Ser) e porque ainda após o furacão surgirá o arco íris.

Para abrir uma das portas que estavam fechadas e que irá levar para a estrada perfeita e fazer o coração brilhar como um relâmpago (e você saberá quando chegar a hora), você só tem que acender a Luz e deixá-la brilhar. Mas como acender essa Luz que sempre esteve dentro de nós e deixá-la brilhar? Brilhar mais do que a Lua?




Na prática do Yoga, sendo através de ásanas, pranayamas, meditação e também pelo estudo das escrituras, o yogi e a yogini se tornam mais conscientes de si mesmos, do Ser, das situações que vivem, sejam boas ou não. Tornando-se conscientes do momento presente, situando-se no tempo, no espaço, se vêem prontos para lidarem eficazmente com o que possa parecer desfavorável.

Aceitar a situação que não gostamos, em um primeiro momento, já é um grande passo para que a Luz comece a brilhar dentro de nós. Não só aceitar, mas pouco a pouco ir se desapegando do que incomoda. E, para isso, para que estejamos mais conscientes, estar vigilante e orar também faz parte deste processo.

Não importa se a luminosidade interna em si seja tão forte como um fogo de artifício que sai dos corações das pessoas, explodindo pela noite, como mostra o clip da música Firework; mas que essa Luz seja verdadeira, eivada de entendimento e amor. Pois, somente assim a verdadeira liberdade do que incomoda poderá surgir.




E que a sacola plástica que é levada pelo vento para um lugar indefinido possa então, agora, levar embora todos os problemas, todas as incertezas e todos os momentos difíceis vividos; tais quais, já podem ser considerados solucionados e liberados por nós que já não iremos mais nos sentir como a própria sacola plástica flutuando perdida por aí. 

Se você quiser conferir o clip da música Firework cantada pela talentosa Kate Perry, aqui está ele:




Harih Om!

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