HUMBERTO J. MENEGHIN
Feita ao final da prática de ásanas com o propósito de relaxar de
forma consciente o corpo e a mente, o shavásana é uma postura muitíssimo
esperada pelos praticantes após todas as ações realizadas durante a aula. No
entanto, logo que o professor orienta aos alunos para se acomodarem em savásana, ela enrola o tapetinho, pega
as suas coisas, sai da sala e vai embora. Não fica para o shávasana de jeito
nenhum! E, por que isso acontece?
Apesar de
ser considerada por alguns como a postura mais difícil do Yoga fundamentado que mesmo deitado com os
olhos fechados certos praticantes tem a dificuldade de se manter consciente e
evitar o sono, a postura do cadáver, na
verdade não é tão difícil assim!
Para se
colocar em sávasana, o praticante deita-se de costas sobre o tapete de Yoga de forma confortável, com
as palmas das mãos voltadas para cima
e os pés pendendo para os lados e olhos fechados sem a intenção de dormir.
Muitos professores pedem para os alunos se agasalharem e cobrirem-se enquanto
em savásana, visto que
fisiologicamente o corpo sentirá mais
frio. Outros mais utilizam bolsters nas partes posteriores das
pernas para acomodarem melhor as costas e a coluna vertebral, bem como
almofadas, mantendo-se o pescoço alinhado ao tronco, numa entrega.
Pelo motivo específico de a sonoridade
da voz do professor chegar melhor aos ouvidos dos alunos certos professores pedem para que as cabeças dos praticantes estejam voltadas para a frente da sala, ao invés dos pés. No entanto, isso não é muito
adotado.
Dependendo da prática que se fez e
também do professor, o praticante
permanece dessa forma de cinco a dez minutos, somente isso, em silêncio,
com o corpo imóvel, mas consciente, colhendo
os benefícios psicofísicos de todos os ásanas.
No entanto, há muitos professores que conduzem um relaxamento do corpo parte a
parte e outros mais também incluem Yoga Nidra. E, às vezes, um sávasana comumente breve, extremamente bem conduzido pelo professor, pode durar vinte minutos ou meia hora!
E, por fim, quando de forma suave os
praticantes retornam tomando algumas respirações profundas e com mais presença
no ambiente, leves se sentem, em
harmonia e em perfeita Ordem.
Então, por que motivo ela não fica para o sávana
e vai embora antes do término da aula?
Mistério
decifrado: ela precisa correr para o trabalho, senão não vai dar tempo e o chefe dela vai ficar muito bravo se
chegar atrasada, no caso dessa praticante praticar pela manhã. Ou, porque tem marido impaciente esperando por ela para o jantar, em casa, se
pratica à noite. Ou simplesmente acha que ficar em sávasana tanto fez como não
fez, pois uma vez ficou e sua mente
não parou de divagar e cobrá-la por afazeres pendentes.
Então, quando o professor de Yoga identificar que um dos alunos não fica para
o shávasana, o melhor é saber quais são os motivos que o levam a evitá-la,
esclarecendo que a prática não fica
completa se esse momento for dispensado.
No entanto, se não houver jeito, quem sabe uma mudança de horário da aula possa
ser a solução para essa (e) praticante,
sem que haja qualquer afazer ou cobrança esperando que a/o impeça de se
conectar consigo mesmo com tranquilidade.
Harih Om!
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