2 de agosto de 2015

PRÁTICA COMPARTILHADA





HUMBERTO J. MENEGHIN


A maioria dos praticantes que tem uma prática pessoal e comprometida de ásanas não tem a mínima dificuldade de praticar sozinho, ou seja, sem a companhia de alguém. No entanto, quando encontra uma pessoa amiga que também é adepta da prática, decidem praticar juntos. Gisele Bündchen, com a então amiga e também modelo Kiara Kaburu praticaram juntas. Mas, será que numa prática compartilhada, um dos praticantes se sobrepõe ao outro e na verdade acaba por conduzir a sequência de ásanas?


Manter uma prática constante de ásanas diante do mundo agitado e corrido em que vivemos, não é um hábito que seja fácil de se cristalizar. Muitos dizem da boca para fora, seja nas redes sociais ou numa roda de amigos que acorda bem cedo e que das seis e meia da manhã até às sete e meia e faz a sua prática pessoal, religiosamente.


Isso pode ser verdade, o que denota muita força de vontade e disciplina por parte do praticante. No entanto, na realidade, muita gente não age desta forma; ou seja, diz a todos que pratica regularmente, para se parecer firme e forte perante os outros, mas basta a temperatura estar mais fria que o convite para ficar em baixo do cobertor coloca esse compromisso por água abaixo. No entanto, se a prática acontecer com um outro alguém, a pessoa amiga será uma motivação a mais para seguir em frente.


Amigos ou amigas decidem praticar juntos, e, como já foi dito, um dos praticantes pode conduzir a prática e o outro a seguir. Do contrário, cada um faz a sua prática pessoal, mesmo estando sobre um mesmo teto, podendo ainda combinar uma divisão, ou seja: “na primeira meia hora eu conduzo a prática e você me segue e na segunda meia hora você conduz e eu te sigo”; o que parece democrático se ambas as partes estiverem dispostas. No entanto, uma delas pode acomodar-se e apenas querer seguir a outra durante o momento que compartilham.


Outros que praticam juntos ou juntas podem ter a prática sob a batuta de um professor ou professora de Yoga qualificado que em dia e horário específico está lá para ministrar a aula, o que naturalmente é um compromisso assumido e pago.


As irmãs de alma Gisele e Kiara, boas amigas, terminaram a prática com as mãos unidas frente ao coração, em anjali mudrá, provavelmente numa meditação, em que ambas, no final aproveitaram o momento para transmutarem as energias.


Só ou acompanhado, a prática sempre continua. Dentro e fora do tapetinho.

Harih Om!



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