HUMBERTO J. MENEGHIN
Buscando compreender o conhecimento contido nas escrituras
ou na prática do Yoga puro e simples, aquele que quer aprender procura estudar
como um professor que considera bom e com o qual sinta ter alguma afinidade.
Num primeiro momento, coleta informações sobre o preceptor, lê e reflete sobre
suas reflexões e alguns até fazem uma breve investigação sobre a sua vida para
então começar a seguí-lo até chegar o dia de estudar diretamente com ele. O
antigo ditado chinês diz: “quando o discípulo está pronto o mestre aparece”;
mas, será que a premissa contrária pode ser tão verdadeira quanto a primeira,
ou seja: “quando o discípulo está pronto o mestre desaparece?”
Encontrar alguém que saiba transmitir de forma
confiável e lídima o conhecimento que adquiriu e vem adquirindo sobre
determinado assunto, em especial sobre as escrituras relativas ao Yoga e
Vedanta é como encontrar um diamante valioso no meio de um grande deserto.
O estudante se sente feliz por ter achado alguém que
está ali para conduzi-lo pelo caminho do autoconhecimento, que estará ao
seu lado para trazer a Luz que o ajudará se libertar das inúmeras ignorâncias
incrustadas na roda do samsara.
Então, o mestre apareceu porque foi a hora, mesmo
que antes esse discípulo tenha buscado outros mestres e se decepcionado, porque
anteriormente não estava verdadeiramente pronto, ainda que achasse.
A convivência com o mestre e os demais estudantes se
torna momentos muito prazerosos que algumas das vezes parece que o que se
aprende não é fixado na mente, pois que mais confusão é sentida. E, o mestre
continua a ensinar e o discípulo a estudar, refletir, meditar.
Anos se vão e alguns dos discípulos passam a ensinar;
alguns se dão bem conquistando as presenças de inúmeras pessoas que com ele
passam a estudar e aquele que antes foi seu mestre tão presente, já não está
mais tão presente assim. Será que desapareceu como afirma a premissa
contrária ao ditado?
Mesmo que não esteja presente em carne e osso, ainda vivo
ou desencarnado, o mestre que é mestre jamais desaparece, pois onde
quer que esteja estará vibrando para inspirar ainda mais o crescimento dos
discípulos que realmente continuam buscar a Luz do Autoconhecimento.
Harih Om!
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