9 de agosto de 2015

QUANDO O DISCIPULO ESTÁ PRONTO O MESTRE APARECE OU DESAPARECE?




HUMBERTO J. MENEGHIN


Buscando compreender o conhecimento contido nas escrituras ou na prática do Yoga puro e simples, aquele que quer aprender procura estudar como um professor que considera bom e com o qual sinta ter alguma afinidade. Num primeiro momento, coleta informações sobre o preceptor, lê e reflete sobre suas reflexões e alguns até fazem uma breve investigação sobre a sua vida para então começar a seguí-lo até chegar o dia de estudar diretamente com ele. O antigo ditado chinês diz: “quando o discípulo está pronto o mestre aparece”; mas, será que a premissa contrária pode ser tão verdadeira quanto a primeira, ou seja: “quando o discípulo está pronto o mestre desaparece?”



Encontrar alguém que saiba transmitir de forma confiável e lídima o conhecimento que adquiriu e vem adquirindo sobre determinado assunto, em especial sobre as escrituras relativas ao Yoga e Vedanta é como encontrar um diamante valioso no meio de um grande deserto.


O estudante se sente feliz por ter achado alguém que está ali para conduzi-lo pelo caminho do autoconhecimento, que estará ao seu lado para trazer a Luz que o ajudará se libertar das inúmeras ignorâncias incrustadas na roda do samsara


Então, o mestre apareceu porque foi a hora, mesmo que antes esse discípulo tenha buscado outros mestres e se decepcionado, porque anteriormente não estava verdadeiramente pronto, ainda que achasse.


A convivência com o mestre e os demais estudantes se torna momentos muito prazerosos que algumas das vezes parece que o que se aprende não é fixado na mente, pois que mais confusão é sentida. E, o mestre continua a ensinar e o discípulo a estudar, refletir, meditar. 


Anos se vão e alguns dos discípulos passam a ensinar; alguns se dão bem conquistando as presenças de inúmeras pessoas que com ele passam a estudar e aquele que antes foi seu mestre tão presente, já não está mais tão presente assim. Será que desapareceu como afirma a premissa contrária ao ditado?


Mesmo que não esteja presente em carne e osso, ainda vivo ou desencarnado, o mestre que é mestre jamais desaparece, pois onde quer que esteja estará vibrando para inspirar ainda mais o crescimento dos discípulos que realmente continuam buscar a Luz do Autoconhecimento.


Harih Om!

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