HUMBERTO MENEGHIN
A maioria das mulheres que são praticantes assíduas
de ásanas, necessariamente, se vestem
a caráter para tanto. Não há segredo; a roupa feminina para prática muito
sempre é composta por uma calça tipo colant
e/ou leg, camiseta ou top e quando mais uma bermuda curta. No
entanto, identificando um nicho de consumidoras que não seguram muito o
dinheiro para gastar, algumas confecções resolveram investir na produção de
roupas específicas para elas praticarem Yoga. Roupas que trazem um conceito,
que propagam ter personalidade, uma marca; mas, será que essas roupas são
condizentes ao preço que se paga por elas?
Hoje em dia, mesmo apertando o cinto do orçamento,
há praticantes que querem por que querem ter uma peça de roupa para praticar ásanas feita pela marca X; pois além da
pressuposta qualidade e daquela bonita modelo que viu no anúncio num ásana de inversão usando-a e por no
fundo desejar imensamente se sentir inserida num “grupo que pode”, a
consumidora compra a roupa quase que de olhos fechados.
Não se
trata de uma compulsão por comprar, mas sim uma necessidade inerente de se
sentir mais segura por pertencer a um grupo seleto de praticantes que vestem a
marca X, seja durante uma aula de
Yoga ou no dia a dia para levar os filhos na escola ou ir ao supermercado.
A média de preços que se paga por uma peça de roupa
que desenharam e fabricaram especificamente para se praticar ásanas varia de R$ 60,00 reais para mais
e algumas chegando o absurdo de ultrapassar o valor de R$ 200,00. Será que são
feitas com fios de ouro?
Grandes marcas internacionais como Adidas, Nike,
Calvin Klein, A.Fitch e a famigerada canadense Lululemon conhecida
especificamente pela a funcionalidade e design
das yoga pants que produzem já
deixaram de ser o sonho de consumo das consumidoras que vivem acima da linha do
Equador, pois apesar de também serem caras, vendem muito às inúmeras
praticantes de ásanas que vivem na
Terra do Tio Sam e Canadá, onde a prática é mais intensa do que aqui e continua
em franco crescimento, mesmo que sustentada por uma indústria muito preparada.
Adidas, Nike, Calvin Klein e A.Fitch, além de terem
lojas específicas que vendem seus inúmeros produtos, por lá os vendem
igualmente nos grandes outlets; só
que nestes quem compra tem que ter o olho muito aberto para não levar gato por
lebre, ou seja, produtos que já saíram de moda, considerados de segunda linha
(refugo) ou que apresentam pequenos defeitos.
Por aqui a venda das poucas roupas para Yoga se
concentram nas lojas de materiais esportivos, quase sempre colocadas em araras
nas proximidades de roupas para ginástica, o que pode confundir quem as
consome. No entanto, as roupas que elas
usam nas academias para malhar servem perfeitamente para yogar e de repente
podem ter o preço mais convidativo.
Ainda, há uma marca e outra cujas peças são
vendidas em seus próprios estabelecimentos, o que pode encarecer mais o custo
da roupa que vendem para elas praticarem.
Algumas outras confecções que não tem a mesma
estrutura de uma marca concorrente que tem o cacife para manter loja própria
para a venda de seus produtos, vendem as roupas para Yoga pela Internet,
através de um comércio eletrônico que cada vez mais vem ganhando espaço.
Escolher
a roupa certa para praticar ásanas
não é tão difícil assim: uma dica
é que o tecido seja de boa qualidade, extensivo, preço condizente, não
importando o quesito marca e se é fabricado aqui, ali ou na China. Pois, ao invés de se pagar um preço considerado elevado por uma peça reluzente, esse
valor pode ser perfeitamente empregado na compra de um bom livro ou se a
praticante quiser expandir o conhecimento usá-lo pagar um workshop ministrado por um competente professor estudioso do Yoga.
Por isso, pense racionalmente antes de abrir a carteira para comprar uma roupa
que se vai usar comumente para praticar ásanas.
Se quiser saber mais sobre este assunto é só
conferir o artigo: “Praticar? Com que Roupa?”
Harih Om!
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