HUMBERTO J. MENEGHIN
Nem pra mim a Claudinha revelou quem
lhe mandou aquela linda orquídea. Mas, eu acho que ela vai me contar. Ligamos
pra Tati da agência de viagens e confirmarmos o pagamento da primeira parcela
da nossa peregrinação para Índia. Então, foi logo após o almoço que recebemos
uma transmissão ao vivo surpresa, daquele
curso on line, “Empoderamento das
Mulheres”, que estamos fazendo com a Silmara Brassa e a Carol Leite. “Repitam
agora: A força interna do Ser empodera-me!” – silenciaram e eu repeti o mantra.
Então, a Silmara retornou dizendo: “Sabe
a Clara da novela das nove? É, a Clara do “ O Outro Lado do Paraíso”, sinônimo
de mulher empoderada, ela, não é mesmo?
Mulher forte, determinada, focada, que retornou para pegar de volta tudo
o que lhe é de direito ...”
E, a Carol Leite apareceu para
continuar dizendo: “Mas, não queremos
que tu sejas vingativa como a Clara está sendo, longe disso! Tu te
empoderas sem precisar se negativar, como bem digo. A Clara da novela é empoderada, por quê? Se não tivesse herdado
aquela fortuna será que conseguiria seus intentos? Tu já pensaste nisso, companheira amada? ” – e a Carol Leite, pegou
uma caneca e tomou algo, dando brecha para Silmara Brassa falar:
“ Bem
colocado, Carol querida. Você amiga não precisa, se calcar em pilastras não
sólidas para sentir-se empoderada. Sim, você
pode se inspirar no jeito da personagem Clara da novela, copiar seu cabelo, as
roupas que vestes, o jeito de falar, linda ela, né? Mas, seja original companheira da Luz! Porque, “ A Força interna do
Ser empodera-te. Retornamos as oito em ponto, lindas! Ótima tarde! ”
Fiquei
intrigada com o que a Silmara e a Carol haviam dito, pareceu que serviu para mim. Adoro a Clara da novela e tudo o que
ela está fazendo, até estava pensando em
ir sábado no cabeleireiro para mudar meu corte de cabelo e pedir para fazer
igual ao da Clara.
De volta ao prédio onde morávamos, após
uma tarde corrida e cansativa no escritório, encontramos a Dona Rosa na portaria trajando uma calça “fusô” e uma
camiseta larga com o dizer: “Namastê, não é Amém”.
E, em cima do balcão do porteiro, vimos um tapetinho de Yoga da cor roxa enrolado
e preso com uma fita azul marinho, para ouvirmos a Dona Rosa, síndica do prédio,
dizer:
“Vou fazer a
minha Yoga. Fim de
tarde, começo de noite, leve e solta,
empoderada. Apesar do meu cabelo branco, me sinto rejuvenescida, como vocês
dizem empoderada. O Kajuru me espera! Vocês não querem vir? ”
Harih Om!
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