HUMBERTO J. MENEGHIN
Faz três
anos que Maria da Graça pratica Yoga com a mesma professora, não falta a uma
aula sequer e da água para o vinho se transformou. Se sente mais disposta,
menos ansiosa, com a flexibilidade aprumada, respirando melhor, sem estresse e
até com a “cara boa” como muitos andam dizendo por aí. E, a responsável por
tudo isso é a sua professora de Yoga, que muito adora e que é uma graça!
Não raro
encontrar alunas e alunos que “se
apaixonam”, no bom sentido, por sua professora ou professor de Yoga,
tornando-se fã, admirando muito. E por que isso acontece?
Muitos
podem dizer que a aluna ou aluno é uma
pessoa carente que quando se depara com uma professora ou professor de Yoga muito atencioso e
carinhoso, se liga “emocionalmente” o que acaba por torná-la ou torná-lo um
ídolo.
No
sentido terapêutico, podemos relevar que a professora ou professor de Yoga está
cumprindo seu papel ministrando uma excelente prática cujos efeitos estão sendo colhidos positivamente pelo (a)
praticante não só no aspecto físico, como mental e na amplitude do
autoconhecimento.
A
vertente terapêutica está calcada quando a
relação professora (o) e aluna (o), apesar da atenção e carinho dispensado,
mantém-se apenas no profissional,
mesmo que a admiração em excesso por parte da (o) aluna (o) prevaleça e assédios maiores não ocorram.
No
entanto, a situação começa a ficar
desconfortável quando a (o) aluna (o) torna-se um (a) grude, passando dos limites
do bom senso e ainda quando a (o) professora (o) aproveita-se da situação
para manipular a sua ou o seu admirador com o intuito de obter vantagens, por exemplo.
Profissionalmente,
a (o) professor (a) deve levar o fato
dessa admiração em excesso à direção do espaço, onde ministra as suas
práticas e estudo e trocar ideias com outros colegas da mesma profissão para
encontrar uma solução.
No
entanto, se é autônomo, poderá “dar uma
desculpa bem concreta” e encerrar as aulas com essa ou esse aluno, para se
livrar da situação que incomoda, pois vale mais estar bem e seguro (a) do que
ministrar práticas para alguém que está sendo um calcanhar de Aquiles.
A sala está cheia de praticantes, lotada
mesmo, para fazerem a prática de Yoga com a professora ou o
professor que é uma graça, carismático (a) e que sabe das coisas cuja a aula é
muito boa e imperdível.
Com
certeza, se esse ou essa professor (a) tem muitos e muitas alunas (os) que
estão lá para praticar com ele (a), isso
significa que é bom/boa e admirada (o), mesmo que algumas ou alguns não
demonstrem.
No
entanto, o que vale é presenciar a
transformação e os frutos que os (as) praticantes colhem ao longo do tempo, sem assédio, sem frescuras, mas com
honestidade e profissionalismo.
Harih Om!
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