22 de maio de 2016

SEM PREGUIÇA PARA O YOGA




HUMBERTO J. MENEGHIN


Foi na Costa Rica que uma mochileira viu um bicho preguiça fazendo uma postura de Yoga, na beira de uma estrada. Ela parou e decidiu acompanhar o simpático animal que fazia uma lateralidade, algo que poderíamos dizer ser parighásana, a postura do portão. Se até um bicho preguiça se sente motivado a fazer um ásana que seja, alegar que se tem preguiça para se dedicar à prática pessoal é uma desculpa que não cola.


Bichos preguiças vivem a maior tempo pendurados nas árvores, relaxados e dormindo e quando descem é para um bom motivo: fazerem as suas necessidades. Mesmo que o animal que aparece na figura possa ter sido colocado na postura do portão apenas para ilustrar uma foto, a mensagem para que não haja preguiça para se dedicar a prática de ásanas como também aos estudos de textos ligados ao Yoga é apenas uma questão de interpretação lógica.


Muitos praticantes no decorrer da vida e até mesmo professores hora e outra postergam a prática pessoal alegando para si mesmos, preguiça; pois para os outros, poucos tem a coragem de confessar que deixaram de praticar por esse motivo nada justificável.








Preguiça é um estado de não se querer fazer nada, por ainda se sentir sonolento, por ter comido demais ou por puro desleixo e falta de seriedade consigo mesmo e com as outras pessoas. Mas como deixar de se ter preguiça e levar a prática pessoal e os estudos das escrituras a sério?


Tapas é a resposta, ou seja, disciplina.


Sendo o terceiro preceito de conduta dos niyamas, o segundo grupo de recomendações presenteadas pelo sábio Patañjali no Yoga Sutra, Tapas também significa austeridade, melhor dizendo, “esforço sobre si mesmo” para se manter concentrado e comprometido na consecução dos objetivos.  


A preguiça é uma limitação. E, o fato de reconhecê-la já é um passo positivo, que adicionado a uma mudança de perspectiva possibilita que qualquer atividade que até então se evitava fazer torne-se estimulante e desafiadora.


Com motivação e foco no objetivo de se dedicar a prática e o estudo do Yoga, mesmo eu seja por dez minutos diários, o praticante erradica a preguiça, que com o tempo é substituída por um hábito inevitável.


Harih Om!

Nenhum comentário:

Postar um comentário