HUMBERTO MENEGHIN
Sem rebeldia no coração, Madonna
caiu do palco durante o Britt Awards,
se levantou, foi em frente e cantou Living
for Love. Mais tarde, declarou que se não fossem os exercícios aeróbicos, a
dança e a prática regular de Yoga que se dedica, a sua sorte poderia ter se
transformado em azar. Madonna praticava Ashtanga, agora pratica Iyengar. Então,
o que a levou trocar o método elaborado por Pattabhi Jois pelo o criado por
Iyengar?
Praticante ferrenha de Ashtanga
Yoga por vários anos, Madonna relaxou na disciplina e por algum tempo abandonou
a prática, se concentrando mais no estudo da Kabala, na caridade aos
necessitados e logicamente a super bem sucedida carreira.
No entanto, mais recentemente, a
Diva Pop declarou que voltou para o Yoga, ou seja, retornou a praticar, mas não
o Ashtanga Vinyasa Yoga, mas sim o método Iyengar, que dentro dos parâmetros
que segue entre um prop e outro, ao
longo do tempo, traz inúmeros benefícios a quem pratica, em todos os sentidos.
Muitos praticantes que outrora
adotavam um método como único e insubstituível, dependendo das circunstâncias e
situações por que passam pela vida, mudam os conceitos e também as
preferências.
Alguém pode praticar Hatha Yoga
puro e simples por um longo período de sua vida e de repente se identificar com
o Ashtanga Yoga e então se voltar definitiva e exclusivamente a este tipo de
prática, o que também ocorre da forma oposta; ou seja, praticou tanto Ashtanga,
conquistou pelo menos duas das séries e então começou a alimentar a ideia de
que a prática ficou entediante. Outra praticante, no entanto, parou porque se
lesionou e a lesão não cessou e então jogou a culpa na prática e por isso
abandonou-a.
Mas, dizem que lesões podem
acontecer em quaisquer tipos e/ou métodos de Yoga, o que são decorrentes de se
realizar ásanas de forma equivocada e
ainda ultrapassar os limites do bom senso, dando valor ao “pain to get gain”, isto é, à dor para se ter o ganho, acompanhado
daquela falsa sensação de que assim fazendo se tornará o suprassumo da goiaba
verde.
Doutro lado, dizem que quem já
passou dos cinquenta, como Madonna que está com 56 anos bem vividos, praticar
Ashtanga Yoga não é indicado por que
a constituição física do corpo
já não é a mesma como o de uma pessoa mais jovem e então o mais indicado é só
praticar um Hatha Yoga suave e/ou Iyengar; sem contar a turma que prefere o
Pilates, que se também não for bem realizado pode causar lesões à coluna
vertebral, o que, hoje em dia, muita gente anda se queixando e consequentemente
parando com essa prática.
No entanto, o que mais vale é
manter uma prática centrada e segura, aquela onde o praticante não se sinta
ameaçado na integridade física, contanto com o auxílio de um(a) professor(a)
fielmente qualificado(a), independendo qual método prefira.
Se em determinada fase da vida alguém passa a preferir um
método, técnica ou um novo jeito de se praticar Yoga que é diverso do que antes
adotava, isso pode ser tido e visto como uma nova experiência, um reflexo de
como o praticante está se sentindo no momento.
No entanto, independente do tipo
de Yoga que se pratica, apesar que muitos sustentam que o Yoga é único, o
importante é manter a regularidade da prática para que ela não se perca e
sobretudo acabe ficando esquecida nos meandros do Ser. E, se alguém que
praticava, parou por alguns anos e depois retornou, como Madonna o fez, isso
nada mais é do que um amadurecimento, um amadurecimento que aflorou acompanhado
das aberturas das portas para o autoconhecimento.
Rebel Heart de Madonna acabou de ser lançado.
Harih Om!
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