9 de março de 2015

MADONNA PRATICAVA ASHTANGA, AGORA PRATICA IYENGAR




HUMBERTO MENEGHIN


Sem rebeldia no coração, Madonna caiu do palco durante o Britt Awards, se levantou, foi em frente e cantou Living for Love. Mais tarde, declarou que se não fossem os exercícios aeróbicos, a dança e a prática regular de Yoga que se dedica, a sua sorte poderia ter se transformado em azar. Madonna praticava Ashtanga, agora pratica Iyengar. Então, o que a levou trocar o método elaborado por Pattabhi Jois pelo o criado por Iyengar?


Praticante ferrenha de Ashtanga Yoga por vários anos, Madonna relaxou na disciplina e por algum tempo abandonou a prática, se concentrando mais no estudo da Kabala, na caridade aos necessitados e logicamente a super bem sucedida carreira.



No entanto, mais recentemente, a Diva Pop declarou que voltou para o Yoga, ou seja, retornou a praticar, mas não o Ashtanga Vinyasa Yoga, mas sim o método Iyengar, que dentro dos parâmetros que segue entre um prop e outro, ao longo do tempo, traz inúmeros benefícios a quem pratica, em todos os sentidos.



Muitos praticantes que outrora adotavam um método como único e insubstituível, dependendo das circunstâncias e situações por que passam pela vida, mudam os conceitos e também as preferências.



Alguém pode praticar Hatha Yoga puro e simples por um longo período de sua vida e de repente se identificar com o Ashtanga Yoga e então se voltar definitiva e exclusivamente a este tipo de prática, o que também ocorre da forma oposta; ou seja, praticou tanto Ashtanga, conquistou pelo menos duas das séries e então começou a alimentar a ideia de que a prática ficou entediante. Outra praticante, no entanto, parou porque se lesionou e a lesão não cessou e então jogou a culpa na prática e por isso abandonou-a.



Mas, dizem que lesões podem acontecer em quaisquer tipos e/ou métodos de Yoga, o que são decorrentes de se realizar ásanas de forma equivocada e ainda ultrapassar os limites do bom senso, dando valor ao “pain to get gain”, isto é, à dor para se ter o ganho, acompanhado daquela falsa sensação de que assim fazendo se tornará o suprassumo da goiaba verde.



Doutro lado, dizem que quem já passou dos cinquenta, como Madonna que está com 56 anos bem vividos, praticar Ashtanga Yoga não é indicado por que  a  constituição física do corpo já não é a mesma como o de uma pessoa mais jovem e então o mais indicado é só praticar um Hatha Yoga suave e/ou Iyengar; sem contar a turma que prefere o Pilates, que se também não for bem realizado pode causar lesões à coluna vertebral, o que, hoje em dia, muita gente anda se queixando e consequentemente parando com essa prática.



No entanto, o que mais vale é manter uma prática centrada e segura, aquela onde o praticante não se sinta ameaçado na integridade física, contanto com o auxílio de um(a) professor(a) fielmente qualificado(a), independendo qual método prefira.



Se em determinada fase da vida alguém passa a preferir um método, técnica ou um novo jeito de se praticar Yoga que é diverso do que antes adotava, isso pode ser tido e visto como uma nova experiência, um reflexo de como o praticante está se sentindo no momento.



No entanto, independente do tipo de Yoga que se pratica, apesar que muitos sustentam que o Yoga é único, o importante é manter a regularidade da prática para que ela não se perca e sobretudo acabe ficando esquecida nos meandros do Ser. E, se alguém que praticava, parou por alguns anos e depois retornou, como Madonna o fez, isso nada mais é do que um amadurecimento, um amadurecimento que aflorou acompanhado das aberturas das portas para o autoconhecimento.


Rebel Heart de Madonna acabou de ser lançado.


Harih Om!

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