HUMBERTO
MENEGHIN
Fazer cento e oito saudações ao Sol não é tarefa fácil
para ninguém, nem mesmo para os que estão mais familiarizados com a sequência
específica de ásanas que compõem esse vinyasa. Mas, será que aqueles
que se predispõe a essa prática, muitas vezes oferecida e anunciada de tempos
em tempos por alguns espaços de Yoga, sabem o porquê de se fazer as cento e
oito saudações ao Sol? Ou será que praticam apenas para entrarem na onda,
transpirarem e perderem mais calorias?
Geralmente as cento e oito suryas são vinculadas a
uma passagem, a uma troca de estações ou até a um evento ativista e então
algumas pessoas encontram o propósito de saudar o Sol durante o evento ou a
transição.
O número cento e oito, como a grande maioria dos
praticantes e simpatizantes do Yoga já estão mais do que cientes, é um número
muito significativo para a tradição Hindu, dentre outras.
Para destacar alguns fatos que envolvem esse número mais do que especial, temos que o diâmetro do Sol é cento e oito vezes o diâmetro da Terra e a distância média da Lua para Terra é de cento e oito vezes o diâmetro da Lua.
Ainda, podemos também lembrar que o mala que auxilia na contagem da recitação de um mantra é composto por cento e oito contas, ou seja, o número cento e oito parece ser mais do que marcante.
Para continuar constatando mais fatos envolvendo esse número, você encontra aqui (em inglês): http://www.hknet.org.nz/108meaning.html
Para destacar alguns fatos que envolvem esse número mais do que especial, temos que o diâmetro do Sol é cento e oito vezes o diâmetro da Terra e a distância média da Lua para Terra é de cento e oito vezes o diâmetro da Lua.
Ainda, podemos também lembrar que o mala que auxilia na contagem da recitação de um mantra é composto por cento e oito contas, ou seja, o número cento e oito parece ser mais do que marcante.
Para continuar constatando mais fatos envolvendo esse número, você encontra aqui (em inglês): http://www.hknet.org.nz/108meaning.html
Curiosidades à parte, decidir ou não participar de
uma sequência de cento e oito suryas namaskar vai depender unicamente da
predisposição e condições físicas do praticante, não dispensando também a
assistência de quem irá conduzir o vinyasa; pois, nem todos que acham
que estão preparados para tal “homenagem” ao Sol, na verdade podem não estar e
a referida prática somente irá trazer conseqüências não desejadas.
Não adianta querer passar dos limites do bom senso
e se sentir muito desconfortável com uma prática na qual ainda não está pronto
ou pronta. Alguns, mesmo demonstrando cansaço, excesso de suor e até tremedeira
podem desejar seguir a empreitada das 108 Suryas; no entanto, esta ação
não estará verdadeiramente nutrida do propósito principal que é saudar o Sol,
em movimento, numa meditação consciente.
Percebendo, então, que não há mais condições para
completar as cento e oito saudações ao Sol, aquele ou aquela que já fez alguns
ciclos, mesmo que abaixo de dez, pode perfeitamente encerrar a sua
participação, estando ciente que de nada adianta se sacrificar por alguma coisa
que não lhe fará bem e muito menos se sentir demasiadamente impotente por não
fazer o que outros fazem, mesmo havendo pressão por quem conduz a saudação.
Mas será que a maioria que completa o ciclo das
cento e oito Suryas realmente atingiu o objetivo de saudar o Sol ou o
fizeram de uma forma mecânica para mais tarde comentar que completaram todo o vinyasa?
Pode ser que alguns praticantes que se empenharam,
realmente saudaram o Sol eivados de toda a significância que esta ação pede,
independente se fizeram ou não por cento e oito vezes.
Muitos apreciam realizar a saudação por 108 vezes exatas, como se estivessem fazendo um japa mala, visto que há mantras específicos ao Surya, num ritual, com o objetivo de cultuar o Sol.
Independente de 108 ou menos vezes, realizar o Surya Namaskar é um sadhana, composto por um grupo de ásanas que tem por objetivo regular a nadi pingala, que purifica e aquece o corpo e que na verdade também ajuda a equilibrar a energia tanto mental quanto física.
Muitos apreciam realizar a saudação por 108 vezes exatas, como se estivessem fazendo um japa mala, visto que há mantras específicos ao Surya, num ritual, com o objetivo de cultuar o Sol.
Independente de 108 ou menos vezes, realizar o Surya Namaskar é um sadhana, composto por um grupo de ásanas que tem por objetivo regular a nadi pingala, que purifica e aquece o corpo e que na verdade também ajuda a equilibrar a energia tanto mental quanto física.
No entanto, se o praticante que ainda não conseguiu
fazer as cento e oito saudações ao Sol achar que precisa fazê-lo para se sentir
mais seguro, poderia pensar em praticar, pouco a pouco, dia a dia, e quando o
físico e a mente estiverem mais aptos, possivelmente chegará às cento e oito
vezes, isso se ainda achar que deve e que é importante, pois poderá, no meio do
caminho, mudar completamente este conceito.
Harih OM!
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