10 de janeiro de 2012

E QUANDO O CÔNJUGE NÃO SE INTERESSA POR YOGA, COMO É QUE FICA?




HUMBERTO MENEGHIN


Não raro é encontrar um casal muito bem casado por sinal, quando apenas um deles se interessa pelo Yoga e o outro não. Mas até que ponto este desinteresse pelo Yoga por parte de um dos cônjuges pode influenciar no bom andamento do relacionamento? Será que influencia? De forma positiva ou negativa?







Ela deixou uma carreira promissora numa empresa farmacêutica multinacional para se casar e viver numa cidade do interior paulista. Junto a isso, também resolveu se dedicar de corpo e alma à prática e ao estudo do Yoga. 


Participou de alguns workshops e até de dois cursos de formação feitos em alguns finais de semanas de cada mês noutra cidade e quase sempre o marido reclamava de suas ausências. 


Então, para manter o seu casamento, resolveu dar um tempo nos cursos, e dispensar mais atenção ao marido; no entanto, percebia que se sentia incompleta e até infeliz, pois parecia estar se afastando do Yoga que tanto gostava.


O tempo passou e esta entusiasta do Yoga focou-se de forma moderada apenas as aulas que ministrava e não ousou mais em participar de cursos muito longe de onde habitava. E foi assim que encontrou uma boa saída para continuar se dedicando ao Yoga sem que o cônjuge ficasse melindrado e se sentindo deixado de lado.










Um outro entusiasta do Yoga tinha acabado de passar seis meses pela Índia e quando retornou seu relacionamento com a companheira ao invés de melhorar, apesar do tempo e da distância, degringolou de vez. Seu cônjuge estava mais distante e o tratava de uma forma áspera. Parecia nutrir muitos ciúmes das várias alunas do marido que o admiravam em demasiado. 


Mesmo deixando bem claro seu sentimento de amor pela mulher, isto não foi o suficiente e em pouco tempo se separaram. Mais tarde, este professor se consorciou com uma yogini que nutria os mesmos gostos e objetivos que ele e até agora vivem muito bem, obrigado.








Novamente pelo interior do estado de São Paulo, uma professora de Yoga não consegue de modo algum fazer com que o marido aprecie ou se interesse pela filosofia milenar. Contudo, neste relacionamento ele respeita completamente o gosto da mulher e de certa forma até apóia, mas não se envolve. Parece que anda confundindo Yoga com religião e isso ainda não ficou muito bem claro para ele. 


Então, esta yogini comentou que gostaria que fossem juntos para a Índia e lá se casassem, ou seja, tivessem uma cerimônia daquelas que um bom casamento indiano pede. Será que ela irá conseguir convencê-lo? Quem sabe? Talvez, algum dia, para demonstrar o verdadeiro amor que sente por ela, ele acabe concordando com o desejo da esposa em se casar na Índia e comece a se interessar pelo Yoga.









Por outro lado, temos casais que ambos adoram o Yoga, praticam, estudam juntos, viajam para lugares exóticos e também participam de cursos. No entanto, com o tempo chegam a perceber que o relacionamento não anda lá essas coisas e isso pode ser muito comum a todos os casais, mesmo que não tenham o Yoga como algo que muito apreciam. 


Alguns, por motivos alheios a sua própria vontade, optam por se separarem e cada um toma seu rumo ainda na senda do Yoga ou não.



Outros mais, apesar de pequenas conturbações da vida, se reconciliam e passam a viver bem e ainda calcados no ensinamento do Yoga transformam o relacionamento em um mar de Rosas, onde há muito entendimento, compaixão, apoio e o mais puro amor.











Enfim, os ensinamentos do Yoga quando aplicados de forma lídima e consciente aos relacionamentos afetivos, ou seja, não para muito e nem para menos, serve como uma das ferramentas mais eficazes para o bem viver, possibilitando à esposa e ao esposo compartilharem uma vida plena que não irá pedir qualquer exigência ou incitar qualquer discussão, o que facilitará de uma forma sincera o entendimento entre ambos, possibilitando que se tornem pessoas mais compassivas e amorosas, livre de cobranças e ressentimentos, na medida do possível, e se houver saberão lidar com eles da melhor forma.


Querer impor alguma coisa que o outro não gosta, não vale à pena; pois é muito melhor que tudo ocorra naturalmente, sem qualquer pressão e então quanto menos se esperar o casal em comunhão plena estará.

Harih Om!

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