HUMBERTO MENEGHIN
Considerado um meio de transporte seguro, presente na maioria das grandes metrópoles, o metrô transporta muita gente que não tem tempo a perder com o trânsito. Nos vagões é muito comum encontrarmos pedintes, cantores e instrumentistas se apresentando. No entanto, há poucos dias, num vagão de metrô de uma movimentada linha da cidade de Nova York, uma dupla de “praticantes” resolveu ensaiar alguns ásanas acrobáticos, enquanto o trem ia de estação a estação.
Nem terremoto e nem a ameaça de furacão foi impedimento para a inesperada performance. Notavelmente, a praticante começou a realizar “ásanas” tendo o parceiro como suporte. Sabendo que estavam sendo observados, inclusive propositalmente filmados, os praticantes indubitavelmente atraiam a atenção de todos os passageiros (alguns deles praticantes de Yoga). Aos risos a praticante se equilibrava com desenvoltura sobre o parceiro de prática, o que mais se assemelhava à apresentação de um número circense.
Mas para que tanto exibicionismo? Logicamente que era para chamar a atenção sobre eles, suprir alguma carência e dizer a todos que praticando o Yoga que praticam fazem peripécias sequer imaginadas por qualquer um que seja.
Alguns leigos que ali presenciaram esse ato performático, talvez ignorantes quanto ao verdadeiro propósito do Yoga, podem ter concluído que o Yoga e as pessoas que praticam de um modo geral adotam o mesmo modus operandi; resumindo o Yoga em acrobacias e puro exibicionismo.
No entanto, todos nós sabemos que isso não condiz com a realidade do que o Yoga propaga, pois o praticante que se compromete a uma boa e lídima prática de Yoga não precisa se exibir desse modo, ter público e demonstrar a todos que sabe executar sublimemente aquele ásana considerado difícil e que poucos ousam realizar.
Outro ponto desta performance incomum é que o vagão de metrô por mais limpo que seja é um local nada higiênico, muito instável, com movimentação de passageiros que entram e saem, o que não ajuda qualquer tipo de prática que se preze.
Talvez esses excêntricos “praticantes” quisessem pegar carona na onda do planking para terem alguns minutos de fama e engrandecer ainda mais seus egos.
A acrobacia dentro do subway nova-iorquino está aqui:
Harih Om!
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