30 de dezembro de 2021

JANU SIRSÁSANA É ARDHA PASHIMOTTANÁSANA: CORPO EM FLEXÃO, CABEÇA AO JOELHO



HUMBERTO J. MENEGHIN

 

Ardha pashimottanásana é o outro nome pelo qual janu sirsásana também é conhecido. De forma didática aqueles que transmitem pela primeira vez essa postura a quem ensina, diz que é o ásana em que a cabeça vai até um dos joelhos, ou, seria o contrário: o joelho é que vai até a cabeça? Não importando a resposta, sabemos que janu sirsásana é uma postura de flexão que está presente na maior parte das práticas de Hatha Yoga e no Ashtanga Vinyasa Yoga. Você o pratica com freqüência ou ultimamente tem deixado o janu sirsásana de lado preferindo às prosturas mais desafiadoras?

 

Dizem que após realizar o badha konásana, ao chão, com as pernas fletidas e quem sabe após executar o movimento das asas de uma borboleta com as pernas, para que os flexores do quadril sejam devidamente ativados, essa ação pode facilitar para alguns a execução do janu sirsásana e melhor ainda se no início da prática alguns ciclos da Surya Namaskar foram feitos, atentando-se ao uttanásana, onde ocorre o alongamento dos músculos que estão nas partes posteriores das pernas.

 


Pronto para executar o janu sirsásana o praticante faz  às seguintes ações:

 

Em dandásana, sentado ao chão, notando bem os ísquios e as pernas estendidas à frente, o praticante flexiona a perna esquerta trazendo o calcanhar próximo ao perínio e a sola do mesmo pé junto à outra perna, a direita, que está estendida formando na medida do possível um ângulo de 110 ou 120 graus em relação à outra perna.

 

Os artelhos do pé direito apontam para cima e, num primeiro momento, o praticante eleva os braços acima da cabeça, paralelos, tracionando a coluna, para então fletir o corpo à frente em direção à perna que está estendida.

 

Mesmo para os mais assíduos na prática do janu sirsásana a ida à frente do tronco em direção à perna estendida deve ser feita de forma suave, até mesmo caminhando com os dedos das mãos pelo chão ao lado da perna para então posicioná-las na altura dos tornozelos, pelas canelas ou até mesmo deixá-las com as mãos tocando o chão, dependendo da flexibilidade do praticante.

 

A gravidade vai fazendo seu trabalho é o que costuma dizer quem conduz a prática, para que o praticante não queira trazer de forma brusca a cabeça em direção ao joelho.

 

Com um pouco mais de flexibilidade, alguns praticantes conseguem trazer a mão direita à borda do pé direito e os dedos polegar, indicador e médio esquerdos a envolverem o dedão do mesmo pé e ficam em janu sirsásana de cinco a dez respirações para na sequencia elevarem o tronco com suavidade e se prepararem para realizar a postura para o outro lado.

 

 


 

Os menos flexíveis podem fazer uso de uma fita e ou cinto que envolverá a almofada da sola do pé direito e ao segurar as extremidades da fita e ou cinto mantém as costas eretas formando um ângulo de mais ou menos 45graus em relação à perna, podendo ainda estar acomodado, sentado sobre um cobertor dobrado.

 

Outros que possuem a flexibilidade mais trabalhada podem até segurar nas bordas do pé da perna que está estendida, com ambas as mãos, mantendo-os posicionados até na altura do calcanhar. No entanto, outros mais conseguem ultrapassar o pé com as mãos e segurar um dos pulsos, com a devida atenção e cuidado.


Mas, tem aqueles que flexionam os joelhos, apontando-os mais para cima para então conseguirem segurar com as mãos na canela ou no pé da perna que está estendida; o que alguns professores consideram essa ação válida; no entanto, outros optam pela opção da fita e ou cinto, mantendo-se a perna totalmente estendida.

Ardha pashimottanásana, janu sirsásana, é logicamente preparatória do pashimottanásana e também para se manter em sukásana para meditar.

 

Além de promover o alongamento dos músculos posteriores das pernas, janu sirsásana traz uma maior flexibilidade ao quadril, tonifica e massageia de forma sutil a região pélvica e os órgãos internos como o fígado, pâncreas, baço, rins e suprarenais sendo também muito benéfica para a saúde da próstata e sistema urogenital.

Diabéticos também se benficiam bem como as mulheres com problemas menstruais. Os que têm algum problema com os discos vertebrais e com o nervo ciático devem evitar realizar a postura em que a cabeça é levada ao joelho.

Harih Om!

HUMBERTO J. MENEGHIN
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira. 

Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos. 

Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia

Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA. 

Foi colunista do website da revista Yoga Journal Brasil.  

 estudou e praticou com professores de Yoga americanos em 6 conferências da Yoga Journal Live New York. Edita e escreve para o blog Yogaemvoga. 

MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA: humbertomeneghin@yahoo.com.br

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