HUMBERTO J. MENEGHIN
A melhor hora para se praticar ásanas e meditar é entre as quatro e trinta da manhã indo até as seis, durante o Brahma muhurta, a hora de Brahma, conforme preceitua a tradição do Yoga. No entanto, mesmo que você acorde lá pelas cinco e dez da manhã, ainda com sono, não se levanta e fica pela cama enrolando, naquela letargia e preguiça até quando inevitavelmente chega a hora de levantar lá pelas sete. Mas, ela começa a praticar às oito e trinta da manhã, pelo menos por vinte minutinhos, dia sim dia não ou quando der na telha e, então, ela está certa? O melhor horário para praticar é esse?
Habitualmente se alguém já por um bom tempo conseguiu construir a disciplina de praticar ásanas e meditar seja diariamente ou duas vezes na semana, independente de qual horário seja, já pode se considerar dentro daqueles 3% que levam seu sadhana a sério, mesmo que inesperadamente num desses dias ou até mesmo a semana toda não pratique devido a compromissos que surgiram e não puderam ser adiados.
No entanto, se logo em seguida esse ou essa praticante outrora assíduo(a), não retornar à habitualidade da prática, esta correrá o sério risco de ser deixada de lado, quebrando-se aquele bom hábito anteriormente construído.
Por bem sentir um vazio, como se algo estivesse faltando e percebendo que os dias não estão fluindo tão bem como antes, identifica que é “a Yoga” que está fazendo falta e então retorna como se fosse alguém que tivesse parado de andar de bicicleta e logo pega o jeito e continua no seu sadhána.
Superado esse desvio de caminho, mas se a prática de ásanas que seja por duas ou até uma vez na semana for a do Ashtanga Vinyasa Yoga, recomeçar a primeira série dispensando cerca de uma hora e trinta minutos para nela fluir pode ser bem trabalhoso e até desanimador, pois que o/a praticante já se sente enferrujado(a) logo na execução da Surya A e a B nem se fale ...
No entanto, para quem praticava o Ashtanga Vinyasa Yoga focado ou focada na primeira séire, a boa dica é recomeçar aos poucos, mesmo que se faça menos ciclos de Suryas, menos posturas e vinyasas até, novamente, quem sabe após um mês retomar o hábito de pelo menos uma vez na semana praticar a série toda e um bom horário para isso poderia ser às dez horas da manhã de um domingo, sem qualquer perturbação, remorso ou preocupação de que um afazer a mais está aguardando para ser resolvido.
Nota-se que os espaços de Yoga, os Estúdios, Escolas, Searas ou Cantinhos do Yoga, as práticas são ministradas no período da manhã começando a primeira prática às sete, outra às oito ou oito e trinta, não passando das dez; para então, retornarem as práticas que oferecem no espaço, ministrada por professores e professoras devidamente qualificados(as), a partir das quatro e trinta ou cinco da tarde indo até ás oito e trinta ou nove horas da noite, os horários das aulas.
Então, pela manhã seja a prática em casa
por conta própria ou quem sabe on line
via zoom, em vista da indisponibilidade temporária dos espaços para
aulas presenciais, o horário pode
transcorrer das sete da manhã até ás nove, com práticas que podem durar uma
hora ou até quarenta e cinco minutos, considerando-se
os Zooms da Vida, muito embora
grande parte continue mantendo aquela uma hora e quinze minutos de prática ou
uma hora e meia, como se estivesse no presencial, o que de repente pode se
tornar fatigante e entediante para alguns.
Ásanas mais ativos, dinâmicos com ênfase em retroflexões e até mesmo uma prática tradicional de Hatha Yoga podem bem ser adequadas pela manhã.
No entanto para o período noturno, o dinamismo dos ásanas bem como as backbends podem ser minimizadas ou deixadas de lado dando lugar a certos ásanas restaurativos, visto que doutra forma poderá agitar muito os ânimos dos praticantes causando-lhes até certa insônia, o que depende muito da fisiologia e estado mental de cada um.
Mas, a praticante pratica durante a hora do almoço. Que beleza! Não almoça, pratica e depois come um lanchinho light para não passar fome. Perfeito para ela, mas observe-se.
O seu horário é você quem faz, para qualquer atividade que tenha. No entanto, em relação à prática de ásanas agregada à meditação, adaptações no seu tempo são absolutamente bem vindas, porque tem certo dia que você quer praticar um pouquinho só ou apenas realizar um pranayama e meditar e noutro dia quer tudo fazer e bem se sente.
A máxima “pratique e tudo virá” tem um fundamento apreciável, porque é só refletir como sua vida transcorre muito diferente e melhor quando você se dedica à pratica do Yoga, medita e até estuda um pouco que seja das escrituras.
Harih Om!
HUMBERTO J. MENEGHIN
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira.
Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos.
Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia.
Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA.
Foi colunista do website da revista Yoga Journal Brasil. Já estudou e praticou com professores de Yoga americanos em 6 conferências da Yoga Journal Live New York. Edita e escreve para o blog Yogaemvoga.
MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA: humbertomeneghin@yahoo.com.br
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