HUMBERTO J. MENEGHIN
"A Fonte da Juventude", livro escrito por Peter Kelder, que teve a sua primeira publicação em 1939, revela cinco exercícios tibetanos que prometem reestruturar a saúde e rejuvenescer. Provavelmente, alguns de nós já lemos esse livro ou apenas aprendido os ritos. Mas, será que para contar a estória, tem alguém que continua praticando ininterruptamente esses ritos rejuvenescedores por um bom tempo? Ou, a bem da verdade, se dedicou por apenas algumas semanas e depois parou? Se esses ritos realmente são benéficos por que não os adotar pelo resto da vida?
Estava na recepção de um espaço de Yoga que
também vendia alguns livros e então ficou
sabendo das maravilhas que os ritos tibetanos podem trazer à saúde de quem os
pratica chegando até escurecer os cabelos brancos. Uma praticante comprou o livro com cerca de sessenta e cinco
páginas e para não ficar na vontade, também
decidiu comprá-lo. Mas, só que isso
aconteceu há vinte anos atrás e um pouco mais.
Leu “A fonte da Juventude” e conseguiu
praticar cada um dos cinco ritos pelo menos até fazê-los por 13 vezes e depois por motivos que nem se
lembra no momento, parou de vez com os
tais ritos e o livro da Fonte da Juventude ficou esquecido num fundo de armário.
Mas, se
os ritos tibetanos fazem bem, por que
motivo alguém decide não continuar com a prática? Talvez seja por causa do primeiro rito, aquele em que o praticante
gira, gira e gira o corpo no sentido horário dando aquela tontura depois;
Ou, por que compromissos apareceram e então por desleixo deixou os ritos de lado.
Mas,
agora, então, após vinte e poucos anos
retira o livro que estava esquecido no fundo de um armário e o relê. E, como um
novo ano começou, já se predispôs, logo no começo de janeiro, retomar os cinco
ritos.
Por já
os conhecer, foi com muita cede ao pote
e resolveu já fazer por nove vezes cada rito; mas o primeiro rito do giro
continuava a provocar aquela tontura que lhe trazia muito incomodo.
Então,
no dia seguinte resolveu ao invés de fazer de imediato nove vezes cada rito, passou a fazer por três vezes cada rito,
como recomendam para quem se inicia; no entanto, por achar que três vezes é
pouco, buscou a solução de fazer três séries dessas três vezes de cada
rito. E, não é que sentiu algo! Sentiu
os tais vórtices, uma energia interna que parece ter reativado as glândulas
internas.
No
entanto, por ter realizado a prática
desses cinco ritos rejuvenescedores adotados por muito tempo pelos monges
do Tibet, no final de uma tarde; por
se sentir com muita energia, não
conseguiu dormir bem à noite; o que chegou a conclusão de que a prática dos ritos tibetanos pela manhã é o
recomendado.
No
livro “A Fonte da Juventude”, o Coronel
Bradford, personagem que ensinou os ritos ao autor e outras pessoas, destaca
que em alguns meses da prática diária dos ritos tibetanos é que o praticante
começará a notar com mais consistência os benefícios, diferenças no aspecto físico
e mental; ou melhor, as outras pessoas é
que começarão a notar a sua melhora, que está mais jovem e disposto.
Os cinco ritos Tibetanos são de simples
execução e podem ser feitos no tempo de cinco a quinze minutos,
dependendo do praticante; considerando-se que se inicia com 3 repetições em cada rito na primeira semana para então
de semana a semana adicionar mais 2 vezes chegando até 21 vezes em cada rito.
Definitivamente,
os cinco ritos Tibetanos têm tudo a ver
com alguns ásanas do Yoga e evidentemente o bandha
jalandhara está presente em quase todos os ritos.
Sem
muita complicação; o primeiro rito Tibetano
é aquele em que o praticante estando em pé, com os braços estendidos em cruz,
gira no sentido horário; podendo adotar a dica de fixar o olhar no dedo
médio da mão direita para amenizar a sensação de tontura.
No segundo rito Tibetano, o praticante
deita-se de costas ao chão, em seu tapete de Yoga para se proteger da
friagem e então ao mesmo tempo que trás o queixo em direção ao esterno, eleva
as duas pernas e depois retorna a cabeça e as pernas ao chão, realizando aqui o
bandha jalandhara; podendo este rito
lembrar até a realização de um exercício de abdominal.
O terceiro rito Tibetano é o ustrásana, a postura do camelo, realizada de uma forma mais simples adicionando-se o bandha jalandhara; onde de joelhos praticante, num primeiro momento, traz o queixo em direção ao esterno e depois faz uma retroflexão, pendendo a cabeça e abrindo bem a região do peito e da garganta.
Já no quarto rito Tibetano, sentado ao chão
em dandásana, o
praticante repete novamente o bandha
jalandhara e na sequencia levanta o corpo numa ponte, ou seja, numa variação simples de purvotanásana e depois retorna repetindo o ciclo.
O quinto rito Tibetano engloba o Cachorro que olha para cima e cachorro que olha para baixo de uma forma dinâmica, sendo que o triangulo invertido formado pelo cachorro que olha para baixo é mais fechado, adicionado ao o bandha jalandhara.
A
respiração é fluida e tranquila durante a prática dos ritos Tibetanos;
destacando, ser viável ao final ficar em
shavásana para se estabilizar, por
um breve momento; visto que muitos praticantes não fazem isso.
Como é dito na contracapa de “A Fonte da Juventude”: ... Aos 69 anos, sinto-me como se tivesse 45 ou 50. Então, só resta retomar a prática, quem por algum motivo que não se lembra agora teve que parar; mas, que seja definitiva, na medida do possível; ou, então, para quem nunca praticou, experimentá-los, porque as glândulas hormonais vão começar a se reativarem e é por causa disso que você irá se sentir mais jovem!
Harih Om!
HUMBERTO J. MENEGHIN
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira.
Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos.
Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia.
Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA.
Foi colunista do website da
revista Yoga Journal Brasil. Já estudou e praticou com
professores de Yoga americanos em 6 conferências da Yoga
Journal Live New York. Edita e escreve para o blog
Yogaemvoga.
MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA:
humbertomeneghin@yahoo.com.br
https://www.facebook.com/ADOROYOGA/
Excelente informação !!! 🙏🙏🙏
ResponderExcluirGratidão pelo compartilhar. Harih Om!
ResponderExcluir