15 de fevereiro de 2021

OS TIBETANOS: OS 5 RITOS, VOCÊ OS PRATICA?



HUMBERTO J. MENEGHIN


"A Fonte da Juventude", livro escrito por Peter Kelder, que teve a sua primeira publicação em 1939, revela cinco exercícios tibetanos que prometem reestruturar a saúde e rejuvenescer. Provavelmente, alguns de nós já lemos esse livro ou apenas aprendido os ritos. Mas, será que para contar a estória, tem alguém que continua praticando ininterruptamente esses ritos rejuvenescedores por um bom tempo? Ou, a bem da verdade, se dedicou por apenas algumas semanas e depois parou? Se esses ritos realmente são benéficos por que não os adotar pelo resto da vida?

 



Estava na recepção de um espaço de Yoga que também vendia alguns livros e então ficou sabendo das maravilhas que os ritos tibetanos podem trazer à saúde de quem os pratica chegando até escurecer os cabelos brancos. Uma praticante comprou o livro com cerca de sessenta e cinco páginas e para não ficar na vontade, também decidiu comprá-lo. Mas, só que isso aconteceu há vinte anos atrás e um pouco mais.

 

Leu “A fonte da Juventude” e conseguiu praticar cada um dos cinco ritos pelo menos até fazê-los por 13 vezes e depois por motivos que nem se lembra no momento, parou de vez com os tais ritos e o livro da Fonte da Juventude ficou esquecido num fundo de armário.

 

Mas, se os ritos tibetanos fazem bem, por que motivo alguém decide não continuar com a prática? Talvez seja por causa do primeiro rito, aquele em que o praticante gira, gira e gira o corpo no sentido horário dando aquela tontura depois; Ou, por que compromissos apareceram e então por desleixo deixou os ritos de lado.

 

Mas, agora, então, após vinte e poucos anos retira o livro que estava esquecido no fundo de um armário e o relê. E, como um novo ano começou, já se predispôs, logo no começo de janeiro, retomar os cinco ritos.

 




Por já os conhecer, foi com muita cede ao pote e resolveu já fazer por nove vezes cada rito; mas o primeiro rito do giro continuava a provocar aquela tontura que lhe trazia muito incomodo.

 

Então, no dia seguinte resolveu ao invés de fazer de imediato nove vezes cada rito, passou a fazer por três vezes cada rito, como recomendam para quem se inicia; no entanto, por achar que três vezes é pouco, buscou a solução de fazer três séries dessas três vezes de cada rito. E, não é que sentiu algo! Sentiu os tais vórtices, uma energia interna que parece ter reativado as glândulas internas.

 

No entanto, por ter realizado a prática desses cinco ritos rejuvenescedores adotados por muito tempo pelos monges do Tibet, no final de uma tarde; por se sentir com muita energia, não conseguiu dormir bem à noite; o que chegou a conclusão de que a prática dos ritos tibetanos pela manhã é o recomendado.

 

No livro “A Fonte da Juventude”, o Coronel Bradford, personagem que ensinou os ritos ao autor e outras pessoas, destaca que em alguns meses da prática diária dos ritos tibetanos é que o praticante começará a notar com mais consistência os benefícios, diferenças no aspecto físico e mental; ou melhor, as outras pessoas é que começarão a notar a sua melhora, que está mais jovem e disposto.

 

Os cinco ritos Tibetanos são de simples execução e podem ser feitos no tempo de cinco a quinze minutos, dependendo do praticante; considerando-se que se inicia com 3 repetições em cada rito na primeira semana para então de semana a semana adicionar mais 2 vezes chegando até 21 vezes em cada rito.

 

Definitivamente, os cinco ritos Tibetanos têm tudo a ver com alguns ásanas do Yoga e evidentemente o bandha jalandhara está presente em quase todos os ritos.

 




Sem muita complicação; o primeiro rito Tibetano é aquele em que o praticante estando em pé, com os braços estendidos em cruz, gira no sentido horário; podendo adotar a dica de fixar o olhar no dedo médio da mão direita para amenizar a sensação de tontura.

 




No segundo rito Tibetano, o praticante deita-se de costas ao chão, em seu tapete de Yoga para se proteger da friagem e então ao mesmo tempo que trás o queixo em direção ao esterno, eleva as duas pernas e depois retorna a cabeça e as pernas ao chão, realizando aqui o bandha jalandhara; podendo este rito lembrar até a realização de um exercício de abdominal.

 



O terceiro rito Tibetano é o ustrásana, a postura do camelo, realizada de uma forma mais simples adicionando-se o bandha jalandhara; onde de joelhos praticante, num primeiro momento, traz o queixo em direção ao esterno e depois faz uma retroflexão, pendendo a cabeça e abrindo bem a região do peito e da garganta.

 




Já no quarto rito Tibetano, sentado ao chão em dandásana, o praticante repete novamente o bandha jalandhara e na sequencia levanta o corpo numa ponte, ou seja, numa variação simples de purvotanásana e depois retorna repetindo o ciclo.

 



O quinto rito Tibetano engloba o Cachorro que olha para cima e cachorro que olha para baixo de uma forma dinâmica, sendo que o triangulo invertido formado pelo cachorro que olha para baixo é mais fechado, adicionado ao o bandha jalandhara.

 

A respiração é fluida e tranquila durante a prática dos ritos Tibetanos; destacando, ser viável ao final ficar em shavásana para se estabilizar, por um breve momento; visto que muitos praticantes não fazem isso.

 

Como é dito na contracapa de “A Fonte da Juventude”: ... Aos 69 anos, sinto-me como se tivesse 45 ou 50. Então, só resta retomar a prática, quem por algum motivo que não se lembra agora teve que parar; mas, que seja definitiva, na medida do possível; ou, então, para quem nunca praticou, experimentá-los, porque as glândulas hormonais vão começar a se reativarem e é por causa disso que você irá se sentir mais jovem!

Harih Om! 

HUMBERTO J. MENEGHIN
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira. 

Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos. 

Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia

Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA. 

Foi colunista do website da revista Yoga Journal Brasil.  Já estudou e praticou com professores de Yoga americanos em 6 conferências da Yoga Journal Live New York. Edita e escreve para o blog Yogaemvoga. 

MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA: humbertomeneghin@yahoo.com.br

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