HUMBERTO J. MENEGHIN
YV – Com o decorrer do
tempo, a prática de ásanas naturalmente se aprimora e se modifica tanto
para alguns praticantes como para certos professores, salvo exceções. Há alguns
anos você se dedicava em executar algumas posturas aparentemente “difíceis” que
até poderia considerá-las indispensáveis. No entanto, hoje em dia, algumas
delas perderam a graça e até podem não estar sendo praticadas por você e outras
mais permaneceram e estão melhores do que antes. Quais são esses ásanas que
se foram ou são praticados só de vez em quando e os que ainda permanecem na sua
prática pessoal e nas aulas que ministra? Executar ásanas simples,
tradicionais e dedicar-se ao processo de concentração e meditação é o que
mais vale?
JULIANA – Passei por muitas mudanças
na prática, algumas vezes por questões de saúde e agora por estar envelhecendo
mesmo. Acho que podemos acompanhar aquilo que é natural de existir. Enquanto
você é jovem, tem mais disposição, pode ser mais ousado em experimentar
possibilidade de posturas, sendo que isso também tem o lado negativo, que é,
talvez, provocar lesões que irão te acompanhar por toda vida, porque muitas
vezes a ousadia é acompanhada do descuido e da falta de bom senso do aluno ou
do professor.