3 de maio de 2020

ARTELHOS EXCESSIVAMENTE CONTRAÍDOS DESESTABILIZAM AS POSTURAS EM PÉ




HUMBERTO J. MENEGHIN


Tensão, insegurança e medo podem refletir no físico por diversas maneiras. E, uma delas, aparece quando ao executar uma postura em pé, por exemplo, os artelhos dos pés da praticante se colocam excessivamente contraídos. Entre um vinyasa e outro ou até em Hatha Yoga, isso pode passar despercebido tanto por quem pratica e quem diria até mesmo por parte do (a) professor (a) que conduz a aula.


Estável e confortável é assim que cada ásana deve se mostrar aos que praticam por contra própria ou em uma aula presencial, numa turma, em um espaço. No entanto, essa orientação pode nem mesmo ter sido transmitida aos que estão ali praticando.


Na cobertura de uma pousada em Arraial d’Ajuda, na Bahia, a praticante pede ao namorado que faça uma filmagem curta, com smartphone mesmo, onde realiza vinyasas. E, entre uma postura e outra, surgem o virabhadrásana I e utthita parsvakonasana.


Por conseguinte, divulgado o vídeo numa das redes sociais com o intuito de apreciação, alguém com olhar analítico nota que os pés da praticante estão estranhos, os artelhos estão excessivamente contraídos diante dos movimentos que realiza enfatizando certo desalinhamento, insegurança, rapidez em fazer o que faz, sem a devida conexão mente, corpo, Ser.


Levante a mão quem, mesmo que não tivesse a intenção, tenha pelo menos uma vez contraído os artelhos dos pés enquanto realizava uma postura em pé?


Sim, acontece. Alguns praticantes e até professores percebem isso e se corrigem, e mantem a sola e os dedos dos pés bem aterrados ao chão, sem fazer garras e procuram não mais repetir essa ação.


Notando isso numa aula que conduz, o professor que está atento àqueles e àquelas que estão sob a sua tutela praticam, observa que os artelhos de uma praticante estão excessivamente contraídos e então pede para que os solte, firme-os ao chão.


No entanto, em Tadásana seja antes de começar as namaskares ou posturas em pé, o orientator instrui aos praticantes que notem, primeiramente, os pés, a base que ocupam.

Em Pada Bandha, os artelhos de ambos os pés são brevemente elevados e devolvidos ao tapete, para então a atenção se voltar à distribuição do peso do corpo em um triangulo que se forma envolvendo os dedões, os dedos menores e os calcanhares.



São os arcos plantares: medial, lateral e transversal; sendo que o arco medial vai da base do dedão do pé ao centro do calcanhar; o arco lateral vai da base do dedo menor do pé até o centro do calcanhar e o arco transversal que liga a base do dedão do pé até a base do dedo menor.


Consciente da ativação dos pés, em Pada Bandha, logo no início da prática, o praticante percebe um bom alinhamento que percorre as juntas das pernas até a pélvis, evidenciando também o Mula Bandha ao assoalho pélvico, promovendo a boa postura que se estende à coluna vertebral.






Ademais, vale lembrar que os calcanhares bem firmes ao chão colaboram para manter ativados os músculos que compõem as partes porteriores das pernas e das coxas, o que também é importante na execução das posturas que demandam equilíbrio.


Os pés possuem vinte e seis ossos, trinta e três articulações, músculos e ligamentos que permitem ao ser humano, caminhar, correr, estar em pé e com o devido cuidado praticar ásanas.

Harih Om!


HUMBERTO J. MENEGHIN 
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira. 


Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal
 para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos. 


Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia


Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA. 

Foi colunista do website da revista Yoga Journal Brasil.  Já estudou e praticou com professores de Yoga americanos em várias conferências da Yoga Journal Live New York. Edita e escreve para o blog Yogaemvoga. 
MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA: humbertomeneghin@yahoo.com.br

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