2 de fevereiro de 2020

VRKSÁSANA: ÁRVORE EM EQUILÍBRIO




HUMBERTO J. MENEGHIN


É mais do que comum desiquilbrar-se na postura da árvore, vrksásana, até para aqueles que já a praticam por algum tempo. É porque o dia foi atribulado, a alimentação não adequada ou ainda não resolvemos aquela pendência que anda passeando pela mente. No entanto, mesmo que as agitações do dia a dia insistam em nos desestabilizar, a árvore, a sua árvore pode perfeitamente manter-se em equilíbrio; firme e forte, sem cair.

Vrksásana, a postura da árvore é um dos primeiros ásanas de equilíbrio que comumente é apresentado e ensinado a um praticante que está chegando ao Yoga.

Não é logo a primeira postura que se executa em uma prática, tal que para fazê-la de uma forma eficaz o quadril deve estar aberto por antes ter sido realizada algumas saudações ao Sol ou não havendo estas, os guereiros, o trikonásana, bem como badha Konásana ao chão, por exemplo.

Ainda não em pé para realizar Vrksásana, a árvore pode muito bem ser feita ao mat, onde sobre o tapete o praticante está deitado de costas.

Ali com boa segurança, sem existir a mínima possibilidade de cair, realiza a árvore para ambos os lados, mantendo a perna esquerda estendida, enquanto que a sola do pé direito se posiciona na parte interna da coxa da perna esquerda, atentando-se para que o pé esquerdo fique bem posicionado com os dedos apontando para cima. Os braços podem ficar estendidos acima da cabeça ao chão, abertos em forma da letra V ou as mãos frente ao peito em anjali mudrá.

Outra forma de realizar a árvore é utilizar a parede como suporte, estando em pé e enconstando as costas, o corpo totalmente nela, realizando as mesmas ações descritas acima, em que a árvore foi feita ao chão.

A árvore também já foi vista numa variação de Vashistásana e também numa inversão, em uma parada de mão absolutamente desafiadora.
Ainda muitas praticantes adoram tirar uma selfie em dupla, realizando a árvore juntado as palmas das mãos.



No entanto, para o(a) praticante construir a boa árvore em pé, essas ações podem ser seguidas:

  1. Simplesmente em pé, em Tadásana, o (a) praticante atenta-se a ambas as solas dos pés, elevando e recolocando os artelhos ao chão, firmando a base, lembrando-se que qualquer pressão realizada nos pés é transmitida ao centro da região pélvica;
  2. Mantendo o pé e a perna esquerda firmes, as patelas se elevam e os quadrícipes são ativados para então o joelho flexionar um pouco para buscar o centro de gravidade e criar estabilidade e então se firmar novamente.
  3. Contando que o tecido da roupa de prática não seja muito liso e sem aderência para que o pé que será colocado na parte interna da coxa da perna esquerda não se firme e escorregue, o(a) praticante ativa os músculos da parte posterior da perna direita ao dobrar o joelho para então colocar e pressionar a sola do pé direito na parte interna da coxa da perna esquerda, bem acima, não lateralmente sobre o joelho; enquanto os adutores do quadril, glúteos e rotatores externos se contraem para que o joelho venha um pouco para trás possibilitando que o fêmur rotacione externamente.
  4. O pé direito da perna que está dobrada e que pressiona a parte interna da coxa, na verdade ajuda a estabilizar a perna esquerda e então focando um ponto à frente ou ao solo, evitando abaixar a cabeça, o(a) praticante já se firmou na árvore para então elevar os braços em V ou paralelos acima dos ombros ou optar por não fazê-lo e juntar as mãos frente ao peito, mantendo-se na árvore de seis a doze respiraões para depois realizá-la para o outro lado.
  5. O eretor da espinha e o quadrado lombar estão ativados, bem como os músculos do abdomem, enquanto as escápulas se aproximaram e apontaram em direção aos rins, a cabeça veio um pouco para trás e o peito se elevou.

Apesar de ser uma postura de equilíbrio, a árvore também promove a abertura do quadril. E, mesmo que não seja iniciante, realizar a árvore próximo a uma parede com o apoio dos dedos de uma das mãos pode ser viável.

Se acontecer um desequilíbrio, flexione um pouco o joelho da perna estendida para buscar o centro de gravidade e retorne. Não ligue para quem a sua frente parece fazer vrksásana com mais firmeza, daqui a pouco você estará lá.
Harih Om!

HUMBERTO J. MENEGHIN 
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira. 


Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal
 para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos. 


Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia


Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA. 

Foi colunista do website da revista Yoga Journal Brasil.  Já estudou e praticou com professores de Yoga americanos em várias conferências da Yoga Journal Live New York. Edita e escreve para o blog Yogaemvoga. 
MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA: humbertomeneghin@yahoo.com.br

Curta/LIKE:

Nenhum comentário:

Postar um comentário