HUMBERTO J. MENEGHIN
Depois de ter recebido um beijo do seu
Geraldo, na academia e enquanto esperava pelo personal trainner, Renata ouviu alguém dizer que tinha acabado de “fazer”
uma aula de Yoga e gostado. Então, a Renata falou: “Yoga não é pra mim! Sou
muito elética! Tentei uma aula, mas nem consegui ficar com os meus olhos
fechados.” E a Renata se colocou numa bela upavista
konásana, segurando por uma corda presa ao espaldar. Será mesmo que a
prática de Yoga não é para a Renata? Ou a aula que ela participou não atendeu
as suas expectativas? Como convencer a Renata “muito elétrica” a voltar a
tentar o Yoga e não desistir? Será que a Renata é um caso perdido?
Yoga é para
Todos! Este é um conceito que todos
nós estamos bem acostumados a ler e
ouvir e é verdade. No entanto,
muitos passam anos e anos na vida e só vão se interessar pelo Yoga após os cinqüenta
anos, por exemplo; ou, por ter passado
por uma situação muito difícil que acabou levando ao Yoga para atenuar os
efeitos.
No caso da
Renata, que por três vezes na semana
pelo menos, conta com a assessoria de um
personal trainner numa boa e cara
academia aonde se exercita, faz musculação, “cuida da boa forma e da saúde”;
talvez, talvez não, com certeza a
prática de ásanas que fez na
academia, não lhe tenha sido atraente.
Luz apagada,
música zen, silêncio, olhos fechados, uma certa
demora da professora em começar a aula, prestar a atenção na respiração, fazer
um mantra, contribuíram para impacientar
a Renata ao invés de inicialmente acalmá-la; tendo, o que, não conseguiu
manter os olhos fechados.
Considerando
que por ser a primeira prática de ásanas
da Renata, o ideal seria a professora, antes
da aula, ter brevemente conversado com ela para saber se a Renata tinha alguma limitação e qual seria o seu objetivo
na prática.
No entanto, provavelmente isto não aconteceu; não porque a prática se desenrolou numa academia, mas, por falta de interesse da professora que já considerou a Renata no mesmo patamar dos outros (as) aluno (as) com quem está acostumada a lidar.
No entanto, provavelmente isto não aconteceu; não porque a prática se desenrolou numa academia, mas, por falta de interesse da professora que já considerou a Renata no mesmo patamar dos outros (as) aluno (as) com quem está acostumada a lidar.
Então, como convencer a Renata “muito elétrica” a voltar a tentar o Yoga e não
desistir? Será que a Renata é um caso perdido?
Não, a Renata não é um caso perdido. Considerando que a Renata prefere ter aulas de musculação com um personal trainner, logicamente um personal Yoga trainner bem qualificado poderia ser a solução
para a Renata dar mais uma chance ao Yoga.
Mas, será que a prática de Hatha Yoga com os olhinhos fechados seria uma boa
para a Renata? Diante do exposto e após uma conversa com a Renata o indicado para ela é o Ashtanga
Vinyasa Yoga onde seus olhos em dhristi
não se manteriam fechados; onde a sua força e dinamismo seriam bem
trabalhados, os músculos tonificados e alongados, sem qualquer monotonia, com
intensidade.
Uma outra
possibilidade seria uma
sequência de Vinyasa Yoga bem elaborada; para então, um dia, ao final a Renata conseguir fechar os olhos,
focar a atenção na respiração, concentrar e tentar meditar.
E, mais para frente, se vier a participar de uma prática de Hatha Yoga poderá perfeitamente manter os olhos fechados sem ter a mínima vontade de abri-los.
Harih Om!
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