HUMBERTO J. MENEGHIN
Sem tempo para respirar, com muitas
coisas para fazer seja em casa ou no trabalho, pausas existem até para as
pessoas mais atribuladas. E, uma dessas pausas é a hora do almoço. Mas a fulana
nem sai para almoçar, pede um Uber Foods entregue no escritório e se alimenta por lá, na sua mesa, em frente à tela do
computador e ainda grudada ao celular. No entanto, mesmo assim, aproveitar a
hora da refeição para realmente se alimentar, sem interferências externas, com
toda a atenção plena, faz uma enorme diferença!
Mindfulness, mindfulness eating. Provavelmente essas palavras já tenham sido lidas e ouvidas por muitos que gostam de
saber mais e se dedicam as tentativas de meditação. No entanto, talvez ainda
possam não dispensar a devida importância ao ato diário de se alimentar; mas,
de repente, vendo-se num restaurante muito movimentado, ao começar a degustar uma boa salada pega no bufê, aquele ou aquela que
medita ou pratica Yoga que nem smartphone costuma consultar enquanto come, começa a s e entregar completamente aos
sabores das folhas, legumes e vegetais, envolvidos ao azeite, ao vinagre
balsâmico e ao sal.
Algo
inesperado acontece, pois todos
os dias a salada é degustada antes do prato quente; mas, neste dia em especial,
coincidentemente um dia em que uma prática de Yoga foi realizada pela manhã, se apercebe atentamente as nuances trazidas
por aquela salada: o açúcar presente na beterraba, as sementes dos tomates,
a maciez das folhas do alface, o azeite e vinagre, ao sal, no mastigar, completamente absorto, longe das conversas
misturadas e risadas altas que correm pelo ambiente.
O agora é apreciado, com toda aquela
atenção plena que noutros dias nem era focada, dias em que enquanto se alimentava a mente e os pensamentos estavam em
outros lugares, presos a pessoas, a compromissos e tarefas que estavam por
vir ou pensanso sobre situações passadas que não tiveram um resultado esperado.
E,
bem longe ainda do sabor e de até do que se come, muitos se prendem a mensagens
estampadas na tela do smartphone
que não podem esperar um minuto para serem vistas, enquanto os alimentos inexpressivamente descem rapidamente
pela goela abaixo sem serem percebidos.
É verdade que é muito legal ter companhia para almoçar, não é mesmo? Seja com um
bom amigo ou amiga e até aquele grupo muito apegado que almoça todo o santo dia
junto; o que é uma boa socialização.
No entanto, a atenção plena durante a degustação dos alimentos será quase
inexistente; talvez por muito falatório, conversas não construtivas, sendo grande
parte da refeição até nem consumida, deixada de lado; a não ser que as pessoas envolvidas nesse encontro para almoçar,
todas elas em conjunto dispensem a
devida atenção plena ao almoço e deixem para o momento da sobremesa ou do
cafezinho o falatório.
A atenção
plena durante a prática de ásanas de
Yoga indiscutivelmente é muito importante, tal qual é conquistada pouco a pouco, o que vai contribuir para um
momento otimizado dispensado à concentração e meditação ao final, que será estendido e levado para as outras
ações feitas pelo resto do dia, inclusive para o almoço.
Alimentar-se com toda a atenção plena
pode não acontecer todos os dias, o que é normal. No entanto, ao se alimentar, apenas alimente-se.
Harih Om!
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