HUMBERTO J. MENEGHIN
Uma das posturas mais simples ensinadas àqueles se que iniciam na prática de ásanas é o marjaryásana ou bidalāsana, a postura do gato ou gato-vaca como alguns no hemisfério norte gostam de nominá-la. No entanto, até para aqueles que estão acostumados em realizar este ásana, já há algum tempo, o gato tem as suas sutilezas que alguns nem percebem.
Comumente inserida
no início de uma prática, sem o miau
peculiar de um gato, o marjaryāsana ou bidalāsana se
faz estando-se de joelhos e mãos apoiados ao chão, evidenciando-se uma suave ondulação na
coluna vertebral devido ao movimento que o praticante executa. E, para que
fique claro, as seguintes ações são
realizadas:
1. Estando em sukásana
ou vajrásana o praticante se
coloca em quatro apoios ao mat, joelhos e mãos ao solo, atentando
para manter as pernas de forma perpendicular a ele, bem como o tronco paralelo
à mesma referência, o chão.
2. De ambas as mãos e
joelhos, o praticante pode imaginar
traços que formam as linhas de um retângulo; notando que as mãos se
posicionam na largura dos ombros restando os braços paralelos entre eles.
3. Lá atrás os dorsos dos pés se acomodam sobre o tapete de Yoga; no entanto, nada impede que
se faça o gato sem deixá-los ao chão, mantendo apenas as pontas dos artelhos
dando sustentabilidade em relação ao solo.
4. Ao inspirar o
praticante eleva um pouco a cabeça com o
olhar para cima e no retorno ao expirar realiza uma flexão com o tronco arqueando as costas, a coluna vertebral
que vem também para cima, tal qual traz o cóccix e a cabeça em direção oposta,
ou seja, apontando para baixo.
5. Percebendo o umbigo e
o abdômen recolhido, o praticante
inspira e faz o movimento contrário, ou seja, realiza uma extensão na
coluna vertebral, trazendo o umbigo para baixo e a cabeça e o cóccix para cima.
6. Para manter a cervical confortável, sem
compressão, o praticante pode manter o olhar para frente ao invés de elevar
mais um pouco a cabeça.
7. Sincronizando a respiração com o movimento, ou seja, expirando
quando se flexiona o tronco e inspirando quando na extensão, o gato pode ser
feito por cinco vezes até mais a gosto do freguês. No entanto, não convém
exagerar a quantidade do movimento.
8. O gato promove alongamento no tronco, costas e
pescoço, massageia os órgãos internos e a coluna vertebral lubrificando os
discos, bem como promove o bom
funcionamento do aparelho digestivo. Os músculos do abdômen são
fortalecidos e tonificados, liberando a tensão na coluna vertebral, melhorando
a flexibilidade.
9. O gato também aquece e prepara as costas para a prática
de Yoga. No entanto, se os pulsos sentirem, o gato pode ser feito com as
mãos/punhos fechados ou apoiadas em blocos ou ainda e em último caso fazer o gato de forma sentada.
As sutilezas do gato? Uddiyana bandha, jandhalara bandha e mula bandha incluindo kechari mudra na extensão do tronco com
o olhar para cima no ponto entre as sobrancelhas e na flexão ao arquear-se, os
olhos em direção a ponta do nariz para boas percepções.
Harih Om!
NO "YOU YOGA" EM SÃO PAULO/SP
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