3 de abril de 2018

AS SUTILEZAS DO GATO




HUMBERTO J. MENEGHIN


Uma das posturas mais simples ensinadas àqueles se que iniciam na prática de ásanas é o marjaryásana ou bidalāsana, a postura do gato ou gato-vaca como alguns no hemisfério norte gostam de nominá-la. No entanto, até para aqueles que estão acostumados em realizar este ásana, já há algum tempo, o gato tem as suas sutilezas que alguns nem percebem.


Comumente inserida no início de uma prática, sem o miau peculiar de um gato, o marjaryāsana ou bidalāsana se faz estando-se de joelhos e mãos apoiados ao chão, evidenciando-se uma suave ondulação na coluna vertebral devido ao movimento que o praticante executa. E, para que fique claro, as seguintes ações são realizadas:


1. Estando em sukásana ou vajrásana o praticante se coloca em quatro apoios ao mat, joelhos e mãos ao solo, atentando para manter as pernas de forma perpendicular a ele, bem como o tronco paralelo à mesma referência, o chão.


2. De ambas as mãos e joelhos, o praticante pode imaginar traços que formam as linhas de um retângulo; notando que as mãos se posicionam na largura dos ombros restando os braços paralelos entre eles.


3. Lá atrás os dorsos dos pés se acomodam sobre o tapete de Yoga; no entanto, nada impede que se faça o gato sem deixá-los ao chão, mantendo apenas as pontas dos artelhos dando sustentabilidade em relação ao solo.


4. Ao inspirar o praticante eleva um pouco a cabeça com o olhar para cima e no retorno ao expirar realiza uma flexão com o tronco arqueando as costas, a coluna vertebral que vem também para cima, tal qual traz o cóccix e a cabeça em direção oposta, ou seja, apontando para baixo.


5. Percebendo o umbigo e o abdômen recolhido, o praticante inspira e faz o movimento contrário, ou seja, realiza uma extensão na coluna vertebral, trazendo o umbigo para baixo e a cabeça e o cóccix para cima.


6. Para manter a cervical confortável, sem compressão, o praticante pode manter o olhar para frente ao invés de elevar mais um pouco a cabeça.


7. Sincronizando a respiração com o movimento, ou seja, expirando quando se flexiona o tronco e inspirando quando na extensão, o gato pode ser feito por cinco vezes até mais a gosto do freguês. No entanto, não convém exagerar a quantidade do movimento.







8. O gato promove alongamento no tronco, costas e pescoço, massageia os órgãos internos e a coluna vertebral lubrificando os discos, bem como promove o bom funcionamento do aparelho digestivo. Os músculos do abdômen são fortalecidos e tonificados, liberando a tensão na coluna vertebral, melhorando a flexibilidade.


9. O gato também aquece e prepara as costas para a prática de Yoga. No entanto, se os pulsos sentirem, o gato pode ser feito com as mãos/punhos fechados ou apoiadas em blocos ou ainda e em último caso fazer o gato de forma sentada.


As sutilezas do gato? Uddiyana bandha, jandhalara bandha e mula bandha incluindo kechari mudra na extensão do tronco com o olhar para cima no ponto entre as sobrancelhas e na flexão ao arquear-se, os olhos em direção a ponta do nariz para boas percepções.

Harih Om!


NO  "YOU YOGA" EM SÃO PAULO/SP



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