HUMBERTO J. MENEGHIN
Tem dias que a gente acorda, mas quer
continuar dormindo e não precisa nem estar chovendo ou fazendo frio. É fato que
na noite anterior, Neide Cristina foi se deitar após a meia noite e demorou para
pegar no sono. No entanto, apesar da preguiça evidente, tomou o café da manhã e
resolveu ir para a aula de Yoga. E, foi a melhor coisa que fez.
Quem pratica
ásanas pela manhã seja numa aula ministrada por um
professor num espaço de Yoga ou por conta própria, em casa, algumas vezes sente preguiça, perde o fio
da meada, literalmente relaxa e deixa de praticar naquele dia, até
acontecer de novo para arranjar uma desculpa e abandonar de uma vez por todas a
prática de ásanas.
Salvo um
imprevisto ou um compromisso
inadiável, não há razão para não
praticar por mera preguiça. Então, mesmo
sentindo aquela letargia inicial de uma noite não tão bem dormida assim, a
praticante em questão, a Neide Cristina, não
se deixou abater pelo marasmo e foi para a Yoga.
Fez uma
prática conduzida por cerca de uma hora e quinze minutos; fluida, onde movimentou
o corpo em suryas namaskares para
logo após centrar-se em posturas em pé, posturas de equilíbrio e posturas pelo
chão de forma sentada e deitada que evidenciavam extensões, torções,
lateralidade, incluindo flexões.
Depois ela
e a turma fizeram alguns pranayamas
que foi seguido por uma breve meditação
para que nos últimos minutos pudessem relaxar num bom shavásana.
Incrivelmente
já pelo primeiro quarto da prática, a Neide
Cristina já notou o corpo mais desperto,
sem aquela preguiça evidente, que minutos antes tentava segurá-la em casa para
que faltasse ao Yoga.
Fez a
prática inteira e conclui definitivamente que seu estado físico e mental estava
melhor, sentia-se mais leve e centrada,
modificada e motivada para o dia que tinha pela frente.
Pois, então,
pensou com ela mesma que valeu a pena ter ido para a Yoga, apesar daquela preguiça que tinha
sentido, um estado árido que se foi porque a sua força de vontade e determinação
falou mais alto, aliada à boa prática que fez.
Será que se praticasse sozinha, em casa, a Neide Cristina teria se deixado
abater pela preguiça e não teria feito a sua prática pessoal?
Pode ser que sim, pode ser que não. No entanto, sabemos que uma prática pessoal comprometida e diária é um hábito que deve ser conquistado pouco a pouco, mesmo que seja por apenas dez minutos.
Harih Om!
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