HUMBERTO J. MENEGHIN
Neide Cristina começou a praticar Yoga
há três meses, num espaço localizado em um bairro nobre da cidade. Por
indicação de uma amiga querida, que também pratica na mesma escola, só que em
horário diferente, matriculou-se na Yoga e ficou. No começo achava que não iria
gostar e que logo pegaria de volta os cheques que deixou para pagamento
antecipado das aulas; no entanto, se apaixonou pela prática e desde então não
falta uma aula sequer, faça chuva, faça sol!
Por que
muitos praticantes logo de início adoram praticar ásanas e tornam isso parte indispensável da vida, enquanto outros fazem apenas uma ou
duas aulas e não aparecem mais?
Mesmo que inicialmente tenha procurado
o Yoga com a intenção de emagrecer e se espiritualizar, Neide Cristina não é exceção à regra porque encontramos muitos
praticantes dedicados que se tornam assíduos nas aulas e dizem que quando não praticam parece que ficaram sem escovar os dentes
por vários dias. E, não só praticam num espaço com o (a) professor (a), mas
também em casa.
Esses praticantes ao longo dos meses
que assumem a prática nutrem a
curiosidade de saber mais sobre a filosofia do Yoga em si, questionam o
professor, pedem indicação de livros para lerem e na maioria das vezes madrugam na porta do espaço bem antes de a
aula começar.
Não faltam
de jeito algum e quando um
imprevisto acontece, logo sentem que perderam alguma coisa. Adoram o Yoga e querem isso para o resto da
vida! Por que se sentem mais leves, respirando melhor, mais centrados,
conscientes, com alegria de viver. Com o
corpo e a mente alinhados. Mais transparentes em todos os sentidos.
Por outro lado, há aqueles que marcam uma aula experimental, apreciam, se saem bem,
dizendo até que voltarão na próxima aula
para dar continuidade; no entanto,
desaparecem.
E, se a aula
experimental não foi devidamente cobrada dessa (e)
praticante pelo espaço de Yoga, para certos professores (as) isso pode trazer um certo desconforto e
desvalorização profissional. Portanto,
cobrar por uma aula experimental, na verdade, só contribui para prezar o trabalho de quem a ministra.
Então, por
que essa aluna ou aluno não voltou mais? Talvez seja
por pura falta de disciplina e comprometimento não só com Yoga, mas com tudo na
vida.
Ou, porque não se identificou com o professor ou professora que ministrou a
prática incluindo o estilo; ou porque
simplesmente não gostou do Yoga, apesar de ter aparentado que apreciou ...
ou, ainda, porque é um (a) praticante que já
praticou com muitos outros (as) professores (as) melhores qualificados do
que aquele (a) com quem teve aula, num
espaço bem legal, mais organizado e com staff
simpático que traz um sorriso sincero entre os lábios e boa simpatia.
Ou, porque tem preguiça de fazer qualquer atividade física e fez uma aula de Yoga só por fazer. E,
por incrível que pareça, porque não se
sentiu bem.
Identificar-se
ou não com o que o Yoga oferece
tanto em termos de práticas de ásanas
como autoconhecimento e estudo das escrituras, por sua vez, pode não atrair algumas pessoas, apesar
dos motivos listados acima.
Sem contar alguns que nem tentam, por que acham que o Yoga é muito parado e
monótono, tedioso ... ou que explora muito o contorcionismo a la Cirque Du
Soleil. Que é coisa de bicho
grilo e hippies, de gente tatuada,
vegetariana e Harih Krishna.
Então, para os que logo à primeira vista descobrem o Yoga e passam a
amá-lo uma grande palheta de cores em
relação ao aprendizado e autoconhecimento ainda há por vir, o que é
incessante.
No entanto, para os que não gostaram da prática, esses, porventura, num momento mais propício, quem sabe,
poderão se deparar com ela de novo e então mudarem de posição e passarem
adotá-la como algo indispensável na vida.
E, para aqueles que ainda alimentam
certos preconceitos equivocados, pode ser que algum dia sejam levados naturalmente ao Yoga e se despertem ou ainda que isso
nem venha acontecer.
Neide
Cristina começou a se interessar pelo Vedanta e está adorando!
Harih Om!
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