HUMBERTO J. MENEGHIN
Não raro encontrar praticantes e até mesmo
professores de Yoga que não incluem em suas práticas posturas de Yoga que são
realizadas em pé, dando preferência as que são feitas de forma sentada ou
deitados pelo chão. No entanto, mesmo que alguns ainda não apreciem dar a
devida atenção aos ásanas que são
feitos em pé, eles são essenciais e têm suas funções específicas no transcorrer
de uma boa prática.
É
verdade que quem se dedica à prática do Ashtanga
Vinyasa Yoga inevitavelmente não deixa de realizar muitas posturas em pé, as standing
poses, que já aparecem nas saudações ao Sol A e B passando para as em pés
propriamente ditas.
Na mesma linha, não deixam de fazê-las aqueles que comumente iniciam práticas de Vinyasa Yoga realizando os namaskares.
No entanto, muitos praticantes alimentam uma “preguiça interna” de fazerem as saudações ao Sol e as posturas que são feitas em pé e abertamente optam em ficar pelo chão e nada mais.
No entanto, muitos praticantes alimentam uma “preguiça interna” de fazerem as saudações ao Sol e as posturas que são feitas em pé e abertamente optam em ficar pelo chão e nada mais.
Tal
“credibilidade” de que “fazer Yoga” pelo chão é mais confortável tem sua raiz justamente em práticas
apresentadas por uma professora ou professor de Yoga que em suas aulas sempre deu e continua dando preferência às posturas
feitas em cima do tapetinho, pelo chão, seja sentadas ou deitadas.
Excetuando
o fim terapêutico de uma sequência específica que pauta a prática somente com posturas realizadas onde o
praticante esteja deitado ou sentado ao chão, não há um grande motivo justificável de se dispensar a prática das
posturas que são feitas em pé.
Então,
por que as posturas em pé são importantes? Em resposta, temos que pelo fato de as posturas em pé trabalharem a maioria dos grupos musculares,
como por exemplo, os que estão localizados no quadríceps, glúteos, parte
posterior das pernas e até no core,
que também envolve quadril, abdômen, costas, bem como a ativação dos braços e
tórax, as posturas em pé tem por
finalidade começar a promover a flexibilidade, a força, a resistência e a vitalidade
através do corpo inteiro.
Muitos professores e praticantes preferem realizar as posturas em pé precedendo as de
retroflexões (backbends), torções e
flexões, numa sequência, pelo fato de se
mostrarem bem eficientes no preparo do corpo para realizarem aquelas que virão
depois.
Desta forma, sempre é uma boa ideia incluir pelo menos quatro ou cinco posturas em
pé durante uma sequência, como por exemplo: Virabhadrasana I, Vira II, os Guerreiros, uma vez que quando são feitas em conjunto rotacionam a
pélvis de forma diferente promovendo uma ação
equilibrada ao corpo.
Da mesma forma, Utthita Trikonásana, a postura do Triângulo e sua irmã Parivrtta Trikonásana complementam uma a outra pelo motivo de
alongarem grupos musculares opostos.
Outra
opção é adequar as posturas que são feitas em pé às que que serão feitas
posteriormente durante a prática;
se a intenção principal são as torções, o praticante e/ou professor(a) de Yoga
pode escolher realizar ásanas em pé
que incluem torções como Parivrtta
Parsvakonásana, por exemplo; e por aí vai.
Então, cabe
ao bom professor de Yoga incentivar seus alunos a se dedicarem às posturas em
pé, evitando entrar naquele marasmo de apenas realizar as que são feitas
pelo chão, pois ao longo do tempo os
ásanas que são feitos em pé tornar-se-ão eficientes e agradáveis de se
fazer.
O mesmo vale aos que praticam por conta própria e que ainda estão pelo chão por mera falta de informação.
O mesmo vale aos que praticam por conta própria e que ainda estão pelo chão por mera falta de informação.
Harih
Om!
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