HUMBERTO MENEGHIN
Logo
após a fatídica partida entre Brasil e Alemanha na Copa do mundo do Brasil-2014,
onde o placar foi de 7 a 1 a favor do time germânico é que surgiram notícias de
que os jogadores desse time vencedor são praticantes de Yoga e por esse motivo fizeram
a diferença conseguindo derrotar os times adversários que pegaram pela frente.
No entanto, se formos examinar a situação mais a fundo, podemos concluir que só
praticar Yoga não é um requisito absolutamente essencial para se tornar o
vencedor.
Conforme
consta dentre as inúmeras atividades adotadas pelo time germânico, a prática de
ásanas do Yoga estava mais do que
presente no cronograma tanto é que contavam com um professor de Yoga exclusivo
para conduzir as práticas que já vinham se desenvolvendo por alguns anos,
paralelo a treinamentos, orientações táticas, nutrição adequada e quem sabe
palestras motivacionais.
A
cultura, costumes e educação germânica como muitos já sabem são calcados numa
disciplina séria pendendo para uma rigidez perfeccionista que até irritam
aqueles que não estão acostumados a essa linha de comportamento, que na verdade
pode ser considerada uma excelente qualidade de um povo desde que não
ultrapasse os limites do bom senso.
No
entanto, germânicos nada disciplinados e até desorganizados existem, se existem
... que talvez nem merecessem viver num país como a Alemanha; como há alguns brasileiros
e pessoas de outros povos que se dariam perfeitamente bem se por lá vivessem,
tais quais sem serem alemães de sangue o são de comportamento com a inclusão de
alguma flexibilidade e boa simpatia.
Os
jogadores alemães escolhidos a dedo e que tiveram seus trabalhos reconhecidos
durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol – 2014, no Brasil formaram um time
unido, tecnicamente bem orientado, comprometido, ágil e muito concentrado nas
jogadas que faziam, não temendo nenhum pouco o adversário, partindo para o
ataque, acertando o alvo, ou seja, marcando gols, assumindo o comando da
partida colocando um adversário vulnerável como o time do Brasil em cheque.
O
papel do Yoga para o time vencedor que com regularidade vinha praticando ásanas, talvez alguma das séries do Ashtanga Vinyasa Yoga, e quem sabe
colocando os preceitos na prática foi um plus,
um algo mais, que fez a boa diferença, não só em termos de desenvolver a capacidade
de concentração no que faziam no momento presente, mas também no sentido de
criar uma união sólida do time.
No
entanto, como sabemos, o praticar Yoga jamais esteve presente nos times do
Brasil de outros tempos, o que não foi essencial para que a seleção canarinho vencesse
e levasse cinco vezes as taças dos campeonatos.
A
união faz a força, já diz o ditado. Praticar ásanas, meditar com regularidade pode ao longo do tempo
proporcionar um estado de comando não só sobre o físico, mas também refletir
nos aspectos mental e emocional do praticante, colocando-o no agora, no que
realmente importa, liberando-o de certas limitações, sem levar em conta a falta
de algo ou alguém que possa ser considerado essencial para a vitória seja de um
jogo ou de um problema.
Pelo
fato de ter vindo à tona a notícia de que os jogadores alemães praticam Yoga e que
isso teria lhes dado uma grande capacidade de concentração durante as partidas,
muitos entusiastas e professores (as) de Yoga se sentiram orgulhosos, transmutando-se
um pouco no sentimento da vitória germânica; pois, se os vencedores praticam
Yoga, eu também pratico e também quero mais alunos que venham praticar comigo.
Ótimo, maravilhoso, uma grande propaganda a favor da prática; mas, nem todos
tem a índole germânica, a de se comprometerem com o que assumem, com seriedade.
No
entanto, quem sabe os amantes do futebol do Brasil e torcedores desencantados passem
a ver o Yoga com outros olhos e se juntem a nós para praticar e estudar, mesmo
que o jeitinho brasileiro ainda possa prevalecer, mas só um pouquinho.
Harih Om!
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