12 de julho de 2014

NÃO É SÓ PORQUE PRATICAM YOGA QUE OS ALEMÃES GANHARAM OS JOGOS DA COPA




HUMBERTO MENEGHIN


Logo após a fatídica partida entre Brasil e Alemanha na Copa do mundo do Brasil-2014, onde o placar foi de 7 a 1 a favor do time germânico é que surgiram notícias de que os jogadores desse time vencedor são praticantes de Yoga e por esse motivo fizeram a diferença conseguindo derrotar os times adversários que pegaram pela frente. No entanto, se formos examinar a situação mais a fundo, podemos concluir que só praticar Yoga não é um requisito absolutamente essencial para se tornar o vencedor.








Conforme consta dentre as inúmeras atividades adotadas pelo time germânico, a prática de ásanas do Yoga estava mais do que presente no cronograma tanto é que contavam com um professor de Yoga exclusivo para conduzir as práticas que já vinham se desenvolvendo por alguns anos, paralelo a treinamentos, orientações táticas, nutrição adequada e quem sabe palestras motivacionais.








A cultura, costumes e educação germânica como muitos já sabem são calcados numa disciplina séria pendendo para uma rigidez perfeccionista que até irritam aqueles que não estão acostumados a essa linha de comportamento, que na verdade pode ser considerada uma excelente qualidade de um povo desde que não ultrapasse os limites do bom senso.


No entanto, germânicos nada disciplinados e até desorganizados existem, se existem ... que talvez nem merecessem viver num país como a Alemanha; como há alguns brasileiros e pessoas de outros povos que se dariam perfeitamente bem se por lá vivessem, tais quais sem serem alemães de sangue o são de comportamento com a inclusão de alguma flexibilidade e boa simpatia. 


Os jogadores alemães escolhidos a dedo e que tiveram seus trabalhos reconhecidos durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol – 2014, no Brasil formaram um time unido, tecnicamente bem orientado, comprometido, ágil e muito concentrado nas jogadas que faziam, não temendo nenhum pouco o adversário, partindo para o ataque, acertando o alvo, ou seja, marcando gols, assumindo o comando da partida colocando um adversário vulnerável como o time do Brasil em cheque.


O papel do Yoga para o time vencedor que com regularidade vinha praticando ásanas, talvez alguma das séries do Ashtanga Vinyasa Yoga, e quem sabe colocando os preceitos na prática foi um plus, um algo mais, que fez a boa diferença, não só em termos de desenvolver a capacidade de concentração no que faziam no momento presente, mas também no sentido de criar uma união sólida do time.








No entanto, como sabemos, o praticar Yoga jamais esteve presente nos times do Brasil de outros tempos, o que não foi essencial para que a seleção canarinho vencesse e levasse cinco vezes as taças dos campeonatos.


A união faz a força, já diz o ditado. Praticar ásanas, meditar com regularidade pode ao longo do tempo proporcionar um estado de comando não só sobre o físico, mas também refletir nos aspectos mental e emocional do praticante, colocando-o no agora, no que realmente importa, liberando-o de certas limitações, sem levar em conta a falta de algo ou alguém que possa ser considerado essencial para a vitória seja de um jogo ou de um problema.








Pelo fato de ter vindo à tona a notícia de que os jogadores alemães praticam Yoga e que isso teria lhes dado uma grande capacidade de concentração durante as partidas, muitos entusiastas e professores (as) de Yoga se sentiram orgulhosos, transmutando-se um pouco no sentimento da vitória germânica; pois, se os vencedores praticam Yoga, eu também pratico e também quero mais alunos que venham praticar comigo. Ótimo, maravilhoso, uma grande propaganda a favor da prática; mas, nem todos tem a índole germânica, a de se comprometerem com o que assumem, com seriedade.


No entanto, quem sabe os amantes do futebol do Brasil e torcedores desencantados passem a ver o Yoga com outros olhos e se juntem a nós para praticar e estudar, mesmo que o jeitinho brasileiro ainda possa prevalecer, mas só um pouquinho.

Harih Om!


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