4 de dezembro de 2013

O “BABY YOGA” DA GISELE BÜNDCHEN





HUMBERTO MENEGHIN


Não é a primeira vez que a über model Gisele Bündchen divulga no Instagram imagens suas praticando Yoga junto à pequena filha Vivian, que a sua maneira procura acompanhar a mãe enquanto ela executa um ásana e outro e isso tem se tornado um bom hábito que muitos acham uma gracinha. No entanto, até que ponto é válido ter a companhia de uma criança pequena enquanto se pratica? Será que mais ajuda do que atrapalha?






Assumir o compromisso com a prática de ásanas mesmo que seja por duas ou três vezes na semana, não é uma tarefa fácil até para aquelas que não têm o compromisso com a maternidade.

Para as mamães praticantes que acabaram de ter seus bebês, quase sempre retornar à prática denota uma força de vontade extra; contudo, isso não é impossível.

Mães que outrora praticaram, talvez algumas delas num grupo cuja prática era dirigida especialmente para grávidas com o intuito de o parto se tornar um acontecimento além de marcante na vida da mulher, agradável, é o que oferece o Yoga Pré-Natal e também o Hatha Yoga tradicional direcionado às grávidas que geralmente praticam a partir do terceiro mês de gravidez e que ainda conta com o aval médico.






Retornar à prática de ásanas após ter tido um bebê pode ocorrer de duas formas: a praticante a ela se dedica enquanto a criança fica com a babá ou a avó ou, na segunda opção, a criança fica próxima à mãe enquanto ela pratica e então, como no caso de Gisele Bündchen, por uma boa coincidência ou não, pode acontecer de o bebê se aproximar da mãe e assim tomar parte da prática a seu jeito, tentando imitá-la.

Muitas mamães podem se importunar com isso e logo afastam a criança de participar de seu momento Zen, chegando até confinar a criança num cercadinho para não importuná-la sobremaneira. 

Outras mães, no entanto, podem acolher a companhia da criança enquanto praticam e assim a prática vai se desenrolando ao mesmo tempo em que alguém presumivelmente da família registra cenas inusitadas de um bebê se iniciando precocemente na prática, tentando imitar ou não a mãe com quem tem um laço demasiadamente forte.






Neste entendimento, percebendo que algumas mamães gostariam de continuar a prática de ásanas do Yoga após ter dado à luz e a maioria delas não conseguem ter alguém para cuidar da criança, certos espaços criaram práticas onde o bebê está presente e participa; essas aulas as intitularam de “Baby Yoga”, Yoga para Bebês ou Yoga Pós Natal.

Uma professora de “Baby Yoga” pode ter trabalho em dobro, pois lá estão presentes a mãe e o bebê e muitos deles podem não estar com a mínima vontade de junto com outras mães e bebês participarem de uma prática de Yoga cuja atenção parece estar voltada totalmente para eles.

E assim choram e choram não adiantando nenhum pouco a “tia” professora de “Baby Yoga” brincar com alguns deles pois não arredam o pé de quererem ir embora. Isso pode realmente acontecer, de a criança estranhar o ambiente e a todos; o que poderá ser diluído pouco a pouco ou não.

No entanto, considerando que a mãe e o bebê se sentem bem na companhia de outros mais ali presentes, a prática de “Baby Yoga” irá se desenrolar conforme o desejado.

A professora vai apresentando os ásanas como por exemplo: virabhadrásana, vrksásana, setu bhanda sarvangásana, bhadda konásana, navásana e alguns meios agachamentos dentre outras posturas cuja participação da criança vai ocorrendo de uma forma espontânea, na maioria das vezes sendo segurada e amparada pela mãe para pouco a pouco o laço entre ela e filho (a) se estreitar cada vez mais e o afeto aflorar nos dois.






Comumente pelo final mãe e filho (a) entram numa das posturas mais preferidas que é a restaurativa supta bhadda konásana, onde o bebê fica sobre o peito da mãe enquanto ela está deitada de costas num bolster.






Gisele Bündchen está no caminho certo em ter a presença da filhinha ao seu lado em momentos que pratica e até quando medita; o que pode servir como um bom exemplo às outras mamães que a admiram para então quem sabe adotarem a mesma experiência, ou seja, a de praticar Yoga em companhia de seu bebê por conta própria se tem condições para isso ou numa aula específica de Yoga para Bebês.

Será que o outro filho de Gisele, Benjamin, de três anos de idade, também se interessa pela prática ou a vibe dele é o futebol americano onde o pai, Tom Brady, atua?


Harih Om!

3 comentários:

  1. Eu dou aula de Baby Yoga e é uma das coisas mais lindas a mãe poder praticar com seu bebê. Eles juntos até o momento em que começa a andar. É maravilhoso desde o ventre e depois continuar mantendo-o presente até quando quiser ficar junto.

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  2. Adorei o texto! Nele está e.explicado o que acontece cpm as maes e bebes na pratica e aula. Como professora da modalidade que ja viu e captou lo dos momentos mae-bebe,só posso agradecer o artigo. Mamaste, digo, namastê!

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