HUMBERTO MENEGHIN
Não é a primeira vez que a über model Gisele Bündchen divulga no Instagram imagens suas praticando Yoga junto
à pequena filha Vivian, que a sua maneira procura acompanhar a mãe enquanto ela
executa um ásana e outro e isso tem
se tornado um bom hábito que muitos acham uma gracinha. No entanto, até que
ponto é válido ter a companhia de uma criança pequena enquanto se pratica? Será
que mais ajuda do que atrapalha?
Assumir o compromisso com a prática de ásanas mesmo que seja por duas ou três
vezes na semana, não é uma tarefa fácil até para aquelas que não têm o
compromisso com a maternidade.
Para
as mamães praticantes que acabaram de ter seus bebês, quase sempre retornar à
prática denota uma força de vontade extra; contudo, isso não é impossível.
Mães que outrora praticaram, talvez algumas
delas num grupo cuja prática era dirigida especialmente para grávidas com o
intuito de o parto se tornar um acontecimento além de marcante na vida da
mulher, agradável, é o que oferece o Yoga Pré-Natal e também o Hatha Yoga
tradicional direcionado às grávidas que geralmente praticam a partir do
terceiro mês de gravidez e que ainda conta com o aval médico.
Retornar
à prática de ásanas após ter tido um
bebê pode ocorrer de duas formas: a praticante a ela se dedica enquanto a
criança fica com a babá ou a avó ou, na segunda opção, a criança fica próxima à
mãe enquanto ela pratica
e então, como no caso de Gisele Bündchen, por uma boa coincidência ou não, pode
acontecer de o bebê se aproximar da mãe e assim tomar parte da prática a seu
jeito, tentando imitá-la.
Muitas mamães podem se importunar com
isso e logo afastam a criança de participar de seu momento Zen, chegando até
confinar a criança num cercadinho para não importuná-la sobremaneira.
Outras mães, no entanto, podem acolher a
companhia da criança enquanto praticam e assim a prática vai se desenrolando ao
mesmo tempo em que alguém presumivelmente da família registra cenas inusitadas
de um bebê se iniciando precocemente na prática, tentando imitar ou não a mãe
com quem tem um laço demasiadamente forte.
Neste
entendimento, percebendo que algumas mamães gostariam de continuar a prática de
ásanas do Yoga após ter dado à luz e
a maioria delas não conseguem ter alguém para cuidar da criança, certos espaços
criaram práticas onde o bebê está presente e participa; essas aulas as
intitularam de “Baby Yoga”, Yoga para Bebês ou Yoga Pós Natal.
Uma professora de “Baby Yoga” pode ter trabalho
em dobro, pois lá estão presentes a mãe e o bebê e muitos deles podem não estar
com a mínima vontade de junto com outras mães e bebês participarem de uma
prática de Yoga cuja atenção parece estar voltada totalmente para eles.
E assim choram e choram não adiantando
nenhum pouco a “tia” professora de “Baby Yoga” brincar com alguns deles pois
não arredam o pé de quererem ir embora. Isso pode realmente acontecer, de a
criança estranhar o ambiente e a todos; o que poderá ser diluído pouco a pouco
ou não.
No entanto, considerando que a mãe e o bebê se sentem bem na companhia de outros
mais ali presentes, a prática de “Baby Yoga” irá se desenrolar conforme o
desejado.
A professora vai apresentando os ásanas como por exemplo: virabhadrásana, vrksásana, setu bhanda
sarvangásana, bhadda konásana, navásana e alguns meios agachamentos dentre
outras posturas cuja participação da criança vai ocorrendo de uma forma
espontânea, na maioria das vezes sendo segurada e amparada pela mãe para pouco
a pouco o laço entre ela e filho (a) se estreitar cada vez mais e o afeto
aflorar nos dois.
Comumente pelo final mãe e filho (a)
entram numa das posturas mais preferidas que é a restaurativa supta bhadda konásana, onde o bebê fica sobre o peito da mãe enquanto ela
está deitada de costas num bolster.
Gisele Bündchen está no caminho certo em
ter a presença da filhinha ao seu lado em momentos que pratica e até quando medita;
o que pode servir como um bom exemplo às outras mamães que a admiram para então
quem sabe adotarem a mesma experiência, ou seja, a de praticar Yoga em
companhia de seu bebê por conta própria se tem condições para isso ou numa aula
específica de Yoga para Bebês.
Será que o outro filho de Gisele,
Benjamin, de três anos de idade, também se interessa pela prática ou a vibe dele é o futebol americano onde o
pai, Tom Brady, atua?
Harih
Om!
Eu dou aula de Baby Yoga e é uma das coisas mais lindas a mãe poder praticar com seu bebê. Eles juntos até o momento em que começa a andar. É maravilhoso desde o ventre e depois continuar mantendo-o presente até quando quiser ficar junto.
ResponderExcluirAdorei o texto! Nele está e.explicado o que acontece cpm as maes e bebes na pratica e aula. Como professora da modalidade que ja viu e captou lo dos momentos mae-bebe,só posso agradecer o artigo. Mamaste, digo, namastê!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, katia!
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