HUMBERTO MENEGHIN
Ter um pé atrás com qualquer marca
ou produto que seja que não corresponda ao que realmente oferece a curto tempo pode
tornar-se um desastre no resultado das vendas e isso se agrava mais se um dos
representantes da marca coloca a culpa no consumidor, no caso nas consumidoras
das Yoga pants dos sonhos da maioria
das praticantes cujo tecido fino-transparente, por um mero defeito de
fabricação ou não, revelou suas intimidades corpóreas: namastê, namastê. “Namastê”,
como consideram: “O Deus que habita em mim, saúda o que habita em você”, é
marca de uma cerveja que não deve ser muito quista pela comunidade Yogi. No
entanto, pegando carona na tradição de seus jeans a Levi’s resolveu investir no
seguimento de calças que também podem servir para praticar Yoga. E, na praia,
Barbara Paz demonstra a Hot Yoga para
Angélica, enquanto manifestantes protestam contra prática de Yoga com Baleias
no Aquário de Vancouver.
AS
DESCULPAS DA LULULEMON
Foi há alguns meses atrás que
muitas consumidoras das calças “Luon” para prática de ásanas do Yoga, produzida pela canadense Lululemon, foram surpreendidas por um defeito nas peças que causou
um grande reboliço e indignação. Esse defeito, mais do que aparente, tratava-se
de uma forte transparência e desgaste do tecido justamente pelo meio de cada
peça, deixando as partes mais íntimas das consumidoras em evidência aos olhos
alheios.
Constatado esse “erro de
fabricação”, houve um recall de 17%
das calças, ou seja, as peças foram recolhidas, trocadas ou o dinheiro pago a
elas devolvido; o que colocou em xeque mate a qualidade das peças que a Lululemon fabrica causando um prejuízo
de 20 milhões de dólares.
Diante desse escândalo, uma vez que
cada peça chega a custar de 72 a 98 dólares, devido à qualidade que até então
era inquestionável, muitas das consumidoras ou trocaram de marca ou compraram
outras que mais barato custam e dão conta do recado, dispensando o status Lululemon.
Com isso, a CEO responsável, ou
seja, uma das principais executivas da empresa pediu as contas. No entanto,
recentemente, o próprio dono da marca, o empresário Chip Wilson acompanhado
pela esposa, talvez numa tentativa equivocada de marketing, foram ao canal Bloomberg
e numa entrevista, Chip simplesmente alegou que os desgastes que causavam as
transparências nas calças das consumidoras aconteceram por que as peças eram
utilizadas de forma errada, ou seja, por consumidoras que estavam além do peso,
com os quadris exageradamente grandes e por isso com a pressão dos corpos e
pelo tempo de uso, os defeitos surgiram.
Em suma: Alguns corpos de mulheres
não se encaixam às calças que a Lulu
fabrica. O que poderia ter um fundo de verdade, pois a numeração delas é
definitivamente destinada a magrinhas.
No entanto, notando que essa
“desculpa” não pegou, o dono da Lululemon
retornou aos meios de comunicação e pediu abertamente desculpas por seu
julgamento equivocado. E, será que esse nobre ato surtiu o feito desejado, ou
seja, trouxe de volta as consumidoras fiéis?
No entanto, mesmo garantindo que
mantém o mesmo tipo de matéria prima que costumam usar no fabrico das calças e
ainda a mesma mão de obra e que cada lote de produtos são testados de treze a
quinze vezes pelo controle de qualidade e que a microfibra usada tenha um
acabamento especial, alguma coisa que ainda não foi devidamente revelada não
saiu dentro dos conformes.
Qualidade é qualidade e não se
discute, mas quando alimentam a ideia de investir menos para se ter o mesmo
resultado final, seja em qualquer produto que seja, um desastre pode ocorrer.
Então, mais vale honestamente produzir
do que de uma forma ambiciosa querer mais. A Lulu não pensa em fabricar yoga
pants para as que estão acima do peso e não há abaixo-assinados, como já
surgiram por aí, que a façam mudar de ideia
A CERVEJA
NAMASTÊ
A maioria das cervejas que nos
deparamos tem um teor alcoólico considerável e podem ultrapassar os limites
quando o consumo passa do permitido legal. A grande parte dos que são
comprometidos com as prescrições do Yoga abominam qualquer bebida alcoólica; no
entanto, há exceções onde se encontram os que bebem socialmente e os que são
literalmente viciados.
Mesmo que o mercado apresente a
opção de cervejas sem álcool, muitos ainda preferem as de conteúdo alcoólicos.
No entanto, a Dogfish Head, uma fabricante
de bebidas baseada no estado de Delaware, EUA, tem dentre a sua “carta” de
bebidas uma cerveja cuja marca é “Namaste”.
Percebendo que um bar que vende
cervejas em Austin,TX, também nominou uma das cervejas com o mesmo nome, a
fabricante oficial notificou-o para que pare de utilizar a marca “Namaste”,
indevidamente, uma vez que está registrada.
Sim, pelos preceitos legais, uma
marca registrada pode ser usada apenas pelo detentor dela. Racional e correta
está esta premissa. No entanto, deixando de lado qualquer nominação comercial,
palavras e símbolos universais do Yoga são de domínio público e jamais pedem
qualquer registro.
Contudo, mesmo que Namaste, seja um
cumprimento ou até uma boa sensação de se viver um momento presente, a
fabricante não levou em conta que algumas pessoas possam não ter apreciado essa
nominação ao produto.
Independentemente se adotam a
prática de Yoga ou não, a Namaste parece ser um deleite para os apreciadores e
ainda para alguns curiosos da comunidade do Yoga que ainda não deixaram o gosto
pela bebida.
YOGA JEANS DA LEVI’S
Uma boa sacada do pessoal de desenvolvimento
de produtos da Levi’s foi ter notado que muitas de suas consumidoras, pelo
menos nos Estados Unidos e Canadá, são adeptas fieis da prática de ásanas do Yoga e consomem calças
específicas para praticarem e ainda para usarem no dia a dia.
Então, para não permitir que a
concorrência domine o mercado das calças em geral, resolveu produzir um jeans
yóguico, num formato legg ou capri,
como queiram; ainda mais que a top de
vendas do mercado deu um fora muito grande quando muitas de suas yoga pants apresentaram um defeito anormal.
No entanto, mesmo que muitos possam
alimentar a ideia que o uso excessivo de jeans apertados pode trazer
desconforto ao físico, a Levi’s aplicou nesse produto, além do demi, a Liquid Shaping Tecnology, no sentido de levantar e fortalecer a
aparência do corpo cujo design
proporciona um caimento especial, destacando uma silhueta definida de quem
usá-la.
Liquid Shaping Tecnology ainda permite um alongamento seguro do tecido especialmente nas áreas
mais estratégicas do corpo, trazendo um bom conforto à consumidora.
Ao preço de 98 dólares, essa
inovação da Levi’s traz a impressão que o corpo da mulher está mais sarado,
evidenciando as curvas, facilitando os movimentos e elevando o bumbum; tudo o
que desejam. Mas, será que elas terão coragem de usar esse jeans yógico numa
prática de ásanas? Ou ele será usado
apenas em ocasiões especiais?
BARBARA PAZ MOSTRA O “HOT BIKRAM” PARA
ANGÉLICA
Muitos já sabem
que a atriz Barbara Paz, franqueou-se, ou seja, abriu no Rio de Janeiro um
espaço para se praticar as posturas do Hot
Yoga de Bikram cuja prática se desenvolve numa sala superaquecida a 40
graus.
Com muitos
adeptos entre as celebridades da Terra do Tio Sam, a prática de Bikram é
intensa e como resultado a perda de calorias é muito grande mesmo. Quem a adota
gosta e parece se sentir bem.
Num bom dia de
Sol a atriz global juntou-se à apresentadora Angélica numa praia do Rio e mesmo
fora da sala climatizada aos 40 graus, com um grupo de praticantes, apresentou
o Hot Bikram numa participação do programa “Estrelas”, capitaneado pela a moça
que outrora cantava “Vou de Táxi”.
É verdade, no
Rio, cuja temperatura é muito alta, onde se faz muito calor, a tal sala pode
ser dispensada e a pratica ao ar livre cumpre com o prometido. Mesmo que essa
sequencia traga mais equilíbrio, flexibilidade e concentração à atriz que resolveu
investir num espaço na Cidade Maravilhosa e que se perca um quilo em apenas uma
seção, a pura essência do Yoga não se resume apenas à perda calórica como muitos
já estão carecas de saber.
MANIFESTANTES PROTESTAM CONTRA PRÁTICA
DE YOGA COM BALEIAS EM VANCOUVER
A partir do momento que o Aquário de
Vancouver, Canadá decidiu oferecer práticas de ásanas na galeria ártica de onde se tem a vista do tanque em que duas
baleias belugas chamadas Olia e Aurora estão confinadas, cerca de vinte pessoas
resolveram fazer um protesto fora do recinto contra a realização do evento.
Mesmo que essa ideia tenha a finalidade
de arrecadar mais fundos para sustentar o aquário, ela foi literalmente copiada
do que ocorre no Casino Mirage, em Las Vegas, onde inventaram a moda de se
praticar ásanas tendo como pano de
fundo golfinhos num tanque-aquário.
Carregando cartazes, alegando que isso é
contra os preceitos do Yoga uma vez que o seu fim é a liberação, praticar ásanas dentro dessa galeria com vista
para as baleias aprisionadas não faz qualquer sentido. Ao seu modo, as manifestante
praticaram em frente ao prédio do aquário; no entanto, a aula junto à baleia aconteceu
como previsto.
Sob o ponto de vista da professora
responsável pela prática, praticar Yoga tendo a companhia dessas baleias
exóticas é uma experiência única que possibilita contemplar a serenidade e a
calma que elas transmitem enquanto se pratica.
Os presentes participaram de uma prática
leve de Hatha Yoga, acessível a todos os níveis de praticantes desde iniciantes
como adiantados, com a duração de uma hora e com o custo de 21 dólares
canadenses para associados do Aquário e 31,50 para os que não são, incluindo taxas. Mais duas aulas
estão previstas. Será que se tornará um hábito ou logo cairá por terra?
Harih
Om!
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