HUMBERTO MENEGHIN
YV – Em março passado você esteve em Rishikesh,
Índia, participando de três Vedánta Camps
ministrados pelo Swami Dayananda Saraswati. Esta jornada de estudos e devoção
se tornou um bom costume presente em você já faz algum tempo e ano a ano você
volta para lá. Como surgiu essa grande vontade de adquirir conhecimento na mais
pura fonte que é o Swamiji? Na época
em que você se dedicava às Artes Marciais e estudava Arquitetura passava-lhe
pela mente que o Yoga e o Vedánta estavam a sua espera e que um dia você se
tornaria professor de Yoga e fundaria o Espaço Nilakantha?
VICENTE –
O meu primeiro contato com o Vedánta se deu através de um dos workshops de Yoga
que fiz com o professor Pedro Kupfer há mais de 15 anos atrás. Nessa caminhada
tive a oportunidade de estar ainda mais próximo da tradição quando participei
de uma palestra da prof. Gloria Arieira num dos Yoga Sangans em Mariscal (SC).
Um dos professores dela na Índia havia sido o Swámi Dayánanda. Naturalmente,
quis ir para a Índia conhecê-lo e até hoje mantenho contato com esse estudo
através daqueles que participam dessa tradição. Não imaginava que seria
professor de Yoga. Foi graças à arte-marcial que me interessei pelo Yoga.
Inicialmente, o que me interessava eram as técnicas para melhorar o meu
desempenho físico. Depois fui me dando conta que o Yoga propunha algo muito
maior. Num determinado momento deixei a arte-marcial de lado e passei a me
dedicar mais ao Yoga. Depois de alguns anos praticando e fazendo diversos
cursos amadureceu a possibilidade de poder transmitir esse conhecimento
para outras pessoas. Realmente, me sinto uma pessoa privilegiada por trabalhar
e ter o Yoga como estilo de vida.