4 de março de 2013

YOGA EM VOGA ENTREVISTA – DANY SÁ



HUMBERTO MENEGHIN


YVVocê era bailarina clássica e por obra do destino foi “chamada” a experimentar uma aula de Hatha Yoga. Você acha que pelo fato de ter se dedicado ao ballet clássico, isso facilitou e contribuiu para que você se apaixonasse pelo Yoga à primeira vista? Então, a partir daí, você já sentia que um novo caminho estava se abrindo na sua vida, o caminho do Yoga, mais precisamente o do Ashtanga Vinyasa Yoga? E, com essa paixão pelo Yoga, será que a Dany Sá bailarina deixou de existir ou de vez em quando, sem que ninguém saiba, ela ainda desponta em você?

DANY – Sim, experimentei uma aula de Hatha Yoga por obra do destino e foi  paixão à primeira vista mesmo.  Mas não acho que foi pelo fato de ter estudado ballet que isso aconteceu. Apesar de ter tido uma certa facilidade para os ásanas, percebi que tinha muita coisa além e muito mais profundo naquelas lindas posturas. Minha primeira aula aconteceu numa academia de ginástica bem por acaso e quando termimei, senti uma sensação tão boa e desde então não faltei mais nenhuma aula.  Fui me interessando cada vez mais, lendo livros e fazendo cursos, e tudo aconteceu tão rápido... Em pouco tempo eu já estava mergulhada no mundo do Yoga mas sem nehuma pretensão de me tornar isso ou aquilo. Tudo que aconteceu foi de forma muito natural pelo fruto da minha dedicação. O Ashtanga Vinyasa Yoga apareceu nesta época também, mas nao tinha muito conhecimento do que era realmente. So percebia que aquele “flow” mexia muito comigo. A Dany Sá bailarina sempre vai existir, pois faz parte da minha história de vida, mas ela não anda despontando mais não... Quem sabe um dia?


 

YVCom absoluta certeza quem se entrega de corpo e alma ao Yoga, como você, já há alguns anos, tanto praticando com grande comprometimento, cuidado, segurança e uma disciplina consistente, mantendo seu sadhana e ainda estudando as escrituras; quais são as mudanças mais perceptíveis que você notou em você e na sua vida desde que a bailarina clássica se tornou uma yogini dedicada?

DANY – Tudo  aconteceu naturalmente e gradativamente. Acredito que tudo na vida deve acontecer de uma forma espontânea e sem cobrança. Esta disciplina na prática aconteceu por uma vontade interna, a cada dia sentia uma necessidade de aprender mais, de conhecer mais sobre este universo. Logo de inicio, eu percebi que eu estava mais focada e paciente quando precisa fazer ou resolver alguma coisa. Aprendi também a me auto observar e perceber os padrões que muitas vezes repetimos e não nos damos conta. Eu sempre fui muito exigente e crítica comigo mesmo e de certa forma sendo uma bailarina isso acabou se tornando muito forte. Com o Yoga, eu aprendi a ser eu mesma e a lidar  com as imperfeições e desequilibrios da vida.  A cada dia estamos diferentes e está tudo bem se um dia não foi tão bom como outro... Faz parte do nosso aprendizado!




YVDizem que o Yoga é para todos. Você acha que o Ashtanga Vinyasa Yoga é um tipo prática que pode ser feita por qualquer pessoa que esteja interessada ou existem alguns poréns? Será que o Ashtanga é só para os magrinhos e as magrinhas preferivelmente com corpos flexíveis? E, sendo você uma das poucas yoginis do Brasil que mais avançou as séries do Ashtanga, está na terceira, de que forma aconteceu essa evolução? Você sentiu que foi uma tarefa árdua transpor-se de uma série para outra como um alpinista que escala o Everest? Houve algum momento que você pensou em desistir e se contentar apenas com a primeira série como maioria que lá se estacionam? Alguém a incentivou a ir em frente? E, por que muitos praticantes não passam da primeira? Falta de comprometimento ou as demais séries são bem difíceis que acabam desmotivando aqueles que pensam em continuar?


DANY – O Yoga é para todos, então o Ashtanga Vinyasa Yoga é para todos! Não existe separação! Ashtanga Vinyasa Yoga é ashtanga Yoga, são os oitos passos. Os ásanas fazem parte do terceiro passo e vejo que nós aqui do ocidente nos preocupamos demais com eles. Eu vejo a postura como um instrumento e um meio de apredizado e não como um fim em si mesmo. Quem desiste do ashtanga é porque não soube compreender o real sentido da prática.  As sequências existem, em primeiro lugar, para  estabilizar a mente. As  posturas vão ajudar ao praticante a entender isso com mais facilidade através da sincronia da respiração com o movimento.  Acredito no método ensinado na Índia, chamado estilo Mysore. Nesta aula, o aluno é orientado pelo professor a realizar as posturas dentro das suas possibilidades e evoluir de acordo com seu próprio rítmo. Por isso, se uma pessoa tem vontade e determinação, ela pode praticar ashtanga. Se ela fizer somente surya namaskar e isso já for o suficiente para ela  e ela fizer isso com intenção e foco, ela ja estará no caminho da prática. Na minha trajetória como  professora, tenho ensinado ashtanga para todos os tipos de pessoas e é muito gratificante ver a evolução pessoal de cada aluno.  Avançar nas séries do ashtanga faz parte de um processo, mas isto não significa que uma pessoa que faz a terceira ou quarta série seja um yogue mais qualificado. Pelo contrário, não adianta fazer a terceira série somente pelos ásanas se voce não pratica os yamas e nyamas.  A minha evolução na série aconteceu de forma gradativa e com muita disciplina, praticando todos os dias com muita devoção e também respeitando os limites do meu corpo. Como disse anteriormente, os ásanas são apenas instrumentos de auto observação e nos ensinam muito. O corpo vai se tornando mais sutil e percebo que quanto mais eu avanço nos ásanas,  menos importantes eles vão se tornando. Por isso os desafios serão os mesmos para uma pessoa que ainda está na Primeira série ou outra que está na segunda ou terceira. A mente será a mesma.  Nunca pensei em desistir por isso, sempre busquei trabalhar o meu foco e meu alicerce nas raizes tradicionais da prática. Se você tem isso bem forte, você nunca desiste. Tive a oportunidade de encontrar professores que sempre me motivaram e me inspiraram a continuar neste caminho e isto é maravilhoso!





YVEm contrapartida, os praticantes de primeira viagem se sentem bastantes atraídos em praticar Ashtanga Vinyasa Yoga, talvez para adotarem o mesmo estilo de vida de uma pessoa muito influente como Madonna, por exemplo, alimentando a crença que praticando esse tipo de Yoga irão se sentir mais poderosos, imbatíveis e ainda malhados, com o corpo em extrema boa forma. O que você acha das pessoas que procuram o Yoga, de uma forma geral, com essas intenções? Será que a partir do momento que se entregarem à prática poderão mudar seus conceitos ou jamais retornarão a qualquer tipo de prática de Yoga?

DANY – O Ashtanga Vinyasa Yoga tem se tornado cada vez mais popular ao longo dos tempos e isso tem os prós e os contras...   A prática realmente te deixa mais forte, mais saudavel, mais flexivel... mas se ficarmos somente com esta intenção não será Yoga... uma pessoa pode ir para uma academia e adquirir os mesmo beneficios físicos.  Os ásanas são fascinates sim e num primeiro momento podemos nos ver atraidos por isso, mas esta concepção deve mudar ao longo do tempo. O auxilio de um bom professor é essencial para mostrar a verdadeira intenção da prática. Alguns vão estar preparados para esta mudança, outros não... isso vai depender da disponilidade de cada um.



YVO jornal americano The New York Times, em 2012, publicou um artigo escrito por William J. Broad, que causou polêmica à Comunidade do Yoga. Nesse artigo e no livro The Science of Yoga, também escrito por Board, ele afirma que a prática do Yoga danifica o corpo do praticante e que em alguns casos pode até causar a morte. David Swenson pratica Ashtanga há cerca de quarenta anos e nunca se machucou. Você acha que Board exagerou? Ou esse articulista, de certa forma, tem um pouco de razão? E, no seu ponto de vista, por que muitos se machucam no Ashtanga e nunca mais querem saber de praticar qualquer série?  Será que por aí ainda tem alguns ashtangueiros (as) despreparados (as) passando-se por professores, que na verdade põem em risco a saúde dos praticantes? Props, como bloquinhos, bolsters, cobertores e adaptações nos ásanas tem lugar na prática do Ashtanga

DANY – É muito complicado uma pessoa afirmar algo como isso, realmente acho que o escritor  exagerou... O Yoga ou qualquer outra modalidade que utiliza o corpo pode causar lesões se feito da maneira incorreta. Isso vai depender também de fatores internos e externos. A prática não é uma receita de bolo que é dada igualmente para todos. Devemos ter a consciência de realizar os ásanas dentro da nossa possibilidade e adequá-los ao nosso corpo. Isso é usar a sabedoria na prática. Existe a fama que o Ashtanga machuca, mas será que a culpa é da pratica ou do praticante? Vejo muitos alunos com ansiedade em avançar nas posturas e acabam forçando demais o corpo. É preciso ter paciência, respirar da forma correta e aceitar aquilo que é  apresentado no momento. Praticar  yamas e nyamas...  Ninguém está livre de lesões, seja no Yoga ou fora dele. Estar presente na ação e na respiração ajuda a nos tornamos mais conscientes.  Eu também nunca me machuquei; depois que comecei a praticar regularmente, percebi a inteligencia da prática de que uma postura prepara a próxima e que a respiração é base de tudo.   Pode ser perigososo mesmo um aluno começar com um professor despreparado, por isso é importante pesquisar um pouco mais sobre sua história.   Gosto de utilizar os props na aulas de ashtanga como exercicios complementares, se necessário, antes ou depois da prática. Não utilizo durante, pois acaba atrapalhando o fluxo da respiração e  dinâmica da prática.




YVVocê não chegou a praticar e a estudar Ashtanga Vinyasa Yoga com Pathabi Jois; no entanto, no seu caminho você teve a sorte de encontrar professores altamente qualificados que trouxeram o conhecimento e a Luz do Yoga até você. Dentre eles estão Matthew Vollmer, Clayton Horton e Pedro Kupfer. Como foi o contato com esses queridos professores e o que você destaca em cada um deles de importante, que de uma forma singular contribuiu para formar a Yogini que você é hoje? O que você acha de alguns professores americanos que se dedicavam à prática do Ashtanga, mas por opção pararam e criaram seu próprio tipo de Yoga?

DANY – Infelizmente não tive a oportunidade de conhecer o Guru Ji ... gostaria muito...  Meu primeiro professor de Yoga foi o Edi Lisboa no Rio de Janeiro e ele foi a pessoa que me fez me encantar por este universo. Através dele, conheci o professor Pedro Kupfer. Fiz alguns cursos com ele e percebi seu conhecimento e sabedoria dentro do Yoga.  Isso me motivou a fazer sua formação de professores. Neste meio tempo, ja tinha começado a praticar ashtanga e conheci o Clayton Horton num workshop no Rio. Foi o primeiro professor que conheci que tinha uma base sólida na prática de ashtanga. Ficamos bem amigos e fui aprimorar a minha prática num intensivo de ashtanga em São Francisco e lá tive a oportunidade de ser sua assistente em suas aulas. Aprendi muito com ele! Comecei a praticar com Matthew Vollmer quando dava aulas no Nirvana no Rio de Janeiro. Ele foi o professor que me orientou na prática, me passando as posturas da segunda e terceira série. Ele é um professor muito dedicado à prática e isso está muito presente na sua forma de ensinar.  Sou muito grata a cada um desses mestres que encontrei neste caminho. Em relação a alguns professores de ashtanga que pararam de praticar e criaram o seu próprio método, não tenho nada a dizer. Acho que cada um tem a liberdade de buscar o caminho que for melhor para si.




YVO que a motiva e a inspira a continuar seguindo pelo caminho do Yoga? E, na sua opinião, qual é a realidade do professor ou professora de Yoga por aqui? A categoria poderia ser mais valorizada?

DANY – O que me motiva a continuar neste caminho é saber o quanto tenho para conhecer e aprender, o conhecimento é infinito e enriquecedor. Em relação à realidade do professor de Yoga, percebo um vasto campo profissional a ser explorado. Ainda não temos tanto reconhecimento por ser uma filosofia pouco conhecida em nosso pais, mas sinto que isto vem mudando aos poucos. Tenho observado também que ser um professor de Yoga acaba sendo um escolha e uma mudança de estilo de vida e não uma opção profissional para se ganhar dinheiro. Conheço muitos professores de Yoga que largaram uma profissão de sucesso, como advogados, empresários...  por estarem insatisfeitos pessoalmente e decidiram buscar um forma mais simples de  viver.  Essa é uma qualidade num professor deve  sempre existir: antes de tudo ele deve ser pessoa que pratica a filosofia e não apenas um profissional do Yoga.




YVNa tradição do Ashtanga Vinyasa Yoga não se pratica no primeiro dia da Lua cheia nem no primeiro dia da Lua nova. Qual o motivo dessa prescrição? Você adota-a definitivamente? E, o que você acha da famosa frase do Guruji: “99% prática e 1% teoria”? É isso mesmo? Ou a teoria pode ser tão importante quanto a prática que mereceria mais atenção? Você mudaria essa proporção?

DANY – Existe um fator real que acontece neste período. Na Lua cheia e Lua nova, o Sol e a lua se encontram em alinhamento com o planeta Terra e isso provoca uma força gravitacional muito grande que se reflete em nosso planeta. É bem claro percebermos  que nesses dias, o mar se torna mais agitado  ou calmo. Se observamos essa influência na natureza, com certeza essa influência atinge também o ser humano. Na Lua cheia a energia é mais intensa, temos mais água dentro do corpo, com o corpo mais flexivel podemos acabar passando dos nossos limites. Ao contrário, na Lua nova estamos com a energia mais baixa, menos água no corpo, e as articulações podem ficar mais rígidas, e neste dias se tentarmos forçar alguma postura, não será bom. Por isso é recomendado não praticar ásanas  para não provocar lesãoes, mas o praticante pode praticar meditação, por exemplo. Eu respeito e não pratico nesses dias como uma forma também de respeitar os ensinamentos do mestre.   99% pratica não significa prática física, significa colocar em prática o 1% de teoria. Significa praticar yoga 24 horas  e estar atento as nossas ações diárias. Não adianta saber a teoria e não aplicá-las no nosso cotidiano.  Isto foi um forma abstrata de mostrar a importância de vivenciar o Yoga em todos seus niveis e colocá-los em ação.




YVQuais são as Deidades do Hinduísmo que você aprecia e que são cultuadas em pujas que você realiza de vez em quando? Algum episódio curioso em relação a algum dos Deuses ou Deusas que a surpreendeu?

DANY – Gosto de todas as deidades do Hinduísmo, mas tenho um  apreço muito grande por Ganesha. Gosto de fazer pujas para ele. Ganesha simboliza o início, a abertura dos caminhos. É o removedor de obstaculos!  Não tenho nenhum episódio curioso, mas  sempre levo uma miniatura de Ganesha nas minhas viagens. Para mim, simboliza uma proteção e uma certeza que vai tudo vai correr bem.










YVEm 2011 você foi para Mysore, Sul da Índia e estudou no Astanga Yoga Research Institute (KPJAYI) com os professores Sharath Jois e Saraswati Jois e ainda teve aulas de Cânticos Védicos, Sânscrito e Baghavad Gita com o Prof. Lakshmish. Agora em janeiro-2013, você retornou ao mesmo lugar levando um grupo de praticantes-amigos interessados em conhecer de perto o berço do Ashtanga Yoga. Como foi para você esse retorno a Mysore? Algumas novas percepções sobre o local, a prática e o estudo que antes você não havia notado? Quais são as boas dicas que você destaca de Mysore para aqueles que um dia pretendem ir pra lá? A vaca amarela realmente existe?

DANY – Na primeira vez, o desejo de ir para Mysore surgiu da vontade de conhecer as raizes do ashtanga e ver com os meus próprios olhos tudo aquilo que escutava de pessoas que ja tinham visitado a cidade. Chegando lá, me apaixonei pelo lugar, pelas práticas e pelo estilo de vida. Voltando ao Brasil, eu sentia uma imensa saudade de lá que não sabia explicar. Isso me motivou a retornar este ano. Voltar à Mysore foi um verdadeiro presente e ver que tudo estava lá da mesma forma. A diferença  que eu percebi é que o numero de praticantes têm aumentado a cada ano. Em janeiro o shala estava lotado! Mas isso não modifdicou em nada a qualidade das aulas. Sharath estava presente  e atento a todos os alunos. Como já era minha segunda vez, me senti mais adaptada e feliz de reencontrar pessoas e lugares.  Mysore tem ótimos lugares para conhecer, bons resturantes, bons cursos. É uma cidade que se prepara para receber os estudantes de Yoga, então os indianos proporcionam boas opções de estadia, alimentação e transporte. O clima da cidade é bem agradavel também.   Vaca amarela existe! Elas são pintadas para celebrar o festival Makar Sankranti que acontece em janeiro.




YVVocê teve a boa oportunidade de ser capa da revista Yoga Journal Brasil por três vezes, gravou seus DVDS onde demonstra a execução de ásanas de séries do Ashtanga Vinyasa Yoga, ministra workshops pelo Brasil e até na Patagônia Argentina. Quais são as novidades e as atividades que vem por aí a médio e a longo prazo?

DANY –  Neste ano ja tenho alguns workshops agendados pelo Brasil: Uberaba, Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro, João Pessoa... e em julho darei pela primeira vez um intensivo de ashtanga de 1 semana na Montanha Encantada, em Garopaba- SC. Este curso sera um ótima oportunidade de ter mais contato com os alunos e eles poderão vivenciar com mais profundidade a filosofia da prática.














Dany Sá: Bailarina formada pela Faculdade de Dança pela UniverCidade-RJ) em 1998. Pratica e estuda a filosofia do Yoga desde 2002. Em 2005 iniciou o curso de formação de professores com Pedro Kupfer em Florianópolis, SC, aprofundando a vivência do Yoga em todos os seus níveis. Viajou a Índia em 2006 pela primeira vez, numa viagem de conhecimentos. No mesmo ano, iniciou sua prática regular de Ashtanga no Rio de Janeiro com o professor Matthew Vollmer e ampliou seus estudos com o professor Clayton Horton em São Francisco – Califórnia, sendo também sua assistente nas aulas de Ashtanga Mysore. Tem aperfeiçoado seus estudos no Ashtanga Research Institute (KPJAYI) em Mysore, Índia, com os professores Sharath Jois e Saraswati Jois, tendo também aulas de Cânticos Vêdicos, Sânscrito,Bhagavad Gita e Yoga Sutras com o prof. Lakshmish. 
Atualmente Dany ministra aulas em São Paulo no Espaço Eco-cultural Casa Jaya www.casajaya.com.br e no Yoga Flow www.yogaflow.com.br .
Seu  site www.danysa.com.br   e o blog  www.danysayoga.blogspot.com .
















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