HUMBERTO MENEGHIN
YV – Foi em 1990 que você teve o primeiro contato com o
Yoga, quando começou a praticar em Campinas/SP, no momento em que cursava
Comunicação Social na Puccamp. Com certeza você não poderia sequer imaginar,
naquela época, que a sua vida profissional tomaria outro rumo, que o jornalismo
seria deixado de lado para você se dedicar integralmente ao Yoga. Essa decisão
foi difícil de ser tomada? Ou o Jornalismo parou de correr nas suas veias? Não
daria para conciliar as duas vocações?
LU – Isso mesmo, Humberto. Estava na penúltimo ano da
faculdade quando fiz minha primeira aula de Yoga da vida. E adorei! A sensação
foi a de se sentir em casa. Na época, estava bem entusiasmada com a carreira de
jornalismo que teria pela frente. E assim se passaram 15 anos até o trabalho de
jornalista ser trocado pelo de professora de Yoga. Não foi uma decisão difícil.
Costumo maturar minhas decisões, e quando comecei a dar aulas já estava
bastante envolvida com o Yoga como um caminho de vida. A minha intenção nunca
foi a de conciliar as duas profissões. Eventualmente, faço algum trabalho
jornalístico, que não interfira na minha rotina de aulas. O jornalismo não
deixou de correr nas veias. Eu adorava o que fazia, predominantemente, a reportagem
televisiva. Mas a rotina de trabalho era bastante estressante, cansativa e,
especialmente, não me permitia manejar o meu tempo como eu quisesse. E isso não
estava legal. Não era mais a forma como eu queria viver. Na época, as
circunstâncias me facilitaram essa transição.