HUMBERTO MENEGHIN
Quando o ano está para terminar, nos últimos momentos antes das comemorações que marcam a passagem temporal de um ciclo para outro, recebemos, como de costume, os votos de conhecidos e de pessoas amigas nos desejando felicidade, prosperidade, saúde, tudo o de melhor e muito dinheiro no bolso. E nós também desejamos o mesmo. No entanto, para o ano vindouro, algumas pessoas também traçam resoluções para o ano novo com a evidente intenção de concretizar os objetivos mais desejados.
No Yoga existe uma palavra que descreve perfeitamente o que significa resolução, esta palavra é sankalpa. Composto na sua essência de uma frase simples e curta, positiva, pessoal e no presente, o sankalpa escolhido é repetido e vivido por aqueles que se entregam à prática do Yoga Nidra no momento em que o ego, o físico e a mente não estão interferindo com a consciência.
Entretanto, as resoluções de ano novo, propriamente ditas, diferem daquela resolução principal em que o praticante costuma se empenhar durante o estado de relaxamento profundo. Mas, no entanto, poderá uma destas resoluções também ser moldada e adotada como sankalpa principal se o praticante assim o desejar.
Entre as resoluções de ano novo mais comuns, notamos que se destacam as que estão ligadas aos quesitos saúde, finanças, carreira educação, relacionamentos, melhorar-se como ser humano, fazer aquela viagem tão sonhada, etc. Mas para aquele ou aquela que se dedica ao estudo e a prática do Yoga além destas resoluções mais populares, pode haver outras, como por exemplo:
1) Continuar se dedicando à prática pessoal, experimentando e investigando novos ásanas, pranayamas, meditação e quem sabe adicionar mais dez minutos ao tempo reservado à prática.
2) Ler, a cada mês, pelo menos um livro cujo tema abordado seja a filosofia do Yoga, Vedanta ou algum outro assunto que contribua para desenvolvimento do autoconhecimento.
3) Praticar Karma Yoga.
4) Na medida do possível, se empenhar na prática dos Yamas e Nyamas, preceitos éticos do Yoga.
5) Continuar prezando a amizade dos amigos, em especial aqueles que também se dedicam ao estudo do Yoga, para que as idéias e o conhecimento sejam compartilhados.
6) Fazer aquele curso específico que sempre quis e que ainda não teve condição, disposição e tempo para tanto.
7) Viajar para a Índia, algo que você nunca teve a oportunidade e quem sabe este ano a viagem realmente aconteça. Ou, retornar à Índia mais uma vez em companhia de pessoas legais.
8) Procurar se alimentar com alimentos saudáveis, orgânicos. Mas, se você ainda não parou de consumir carne, reduzir o consumo até perceber, espontaneamente, que você já se tornou vegetariano.
9) Nas aulas de Yoga, em que seu papel é o de professor ou professora, trazer novidades aos alunos praticantes no que concerne à prática pessoal, filosofia e meditação.
Algumas destas resoluções podem ser modificadas e descartadas no decorrer dos meses e outras novas podem aparecer ou até mesmo todas podem ser deixadas de lado por quem as formulou.
No entanto, se houver empenho constante em pelo menos uma delas, isto permitirá que uma trilha seja aberta fazendo com que as outras resoluções que foram deixadas de lado, por um motivo alheio a sua vontade, aconteçam de verdade. E, então, no final do ano novo você saberá como exatamente está a sua vida.
Resoluções são resoluções e demonstram que quem as escreveu pretende de uma forma ou outra colocar em prática o que trazem na essência, ou seja, agir para que no momento certo se concretizem e se transformem em hábitos eficazes.
Feliz 2011 e que haja total empenho de sua parte nas resoluções que escolheu e traçou para o ano novo.
Harih Om!
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