HUMBERTO J. MENEGHIN
A partir do momento que alguém decide
empenhar-se em meditar, melhor dizendo, dedicar-se com regularidade às tentativas
de concentração que ao longo do tempo conduzem ao estado meditativo, além da
técnica escolhida, o praticante também adota um mudra que tem por objetivo
cristalizar o momento e facilitar o processo. E, dentre as muitas e boas opções
temos o Dhyana e o Bhairava mudras.
Sim, é verdade que a grande maioria das pessoas que se empenham às tentativas de
concentração utilizam o jnana
mudra, onde os polegares e indicadores se unem formando um círculo, o que é bem
válido; no entanto, o Dhyana e o Bhairava
realizam esta ação adequadamente.
Significando meditação, Dhyana
é um mudra muito utilizado entre os budistas, tal qual como os demais, também
melhora a habilidade do praticante em concentrar-se.
Este gesto facilitador de meditação que
algumas vezes pode até ser visto sendo
usado por palestrantes e gente da política com intuito de dar uma boa estética
e função às mãos enquanto falam, não é
difícil de executar.
Para tanto o praticante apenas posiciona as mãos ao colo, abaixo do abdômen,
com a mão direita acima da esquerda, com as palmas para cima, enquanto as
pontas dos polegares se tocam formando
um leve triângulo que representa as
três jóias do Budismo: Buda, Sangha, que é a comunidade e Dharma, que são os ensinamentos.
A mão
direita simboliza a sabedoria e a consciência e a esquerda a ilusão da existência. No entanto, a conexão dos polegares
ainda representa a união dos princípios masculinos e femininos que estão presentes
de forma equilibrada em todos os seres humanos.
Também conhecido como Samadhi mudra,
o Dhyana apesar de ser amplamente
utilizado no Budismo, muito antes já era usado pelos Hindus durante as
meditações. No entanto, acredita-se que este mudra foi adotado por Sakyamuni quando meditou embaixo de uma árvore no
momento quem que alcançou a iluminação.
Sem
confundir com o Dhyana, o Bhairava mudra diferencia daquele apenas por as
pontas dos polegares não se tocarem; ou seja, as mãos se posicionam sobre o colo com a direita sobre a esquerda,
as palmas para cima; apenas isso, sem os dedos estarem afastados.
No entanto, se a pessoa praticante for mulher é a mão esquerda que se
posiciona sobre a direita, na mesma configuração, e a nomenclatura do gesto
muda para Bhairavi mudra. Destarte, neste mudra, ambas as mãos representam
os dois canais de energia, as nadis Ida e Pingala, significando a união do indivíduo
com a consciência suprema.
Harih Om!
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