12 de agosto de 2018

DHYANA E BHAIRAVA: MUDRAS PARA MEDITAÇÃO



HUMBERTO J. MENEGHIN


A partir do momento que alguém decide empenhar-se em meditar, melhor dizendo, dedicar-se com regularidade às tentativas de concentração que ao longo do tempo conduzem ao estado meditativo, além da técnica escolhida, o praticante também adota um mudra que tem por objetivo cristalizar o momento e facilitar o processo. E, dentre as muitas e boas opções temos o Dhyana e o Bhairava mudras.


Sim, é verdade que a grande maioria das pessoas que se empenham às tentativas de concentração utilizam o jnana mudra, onde os polegares e indicadores se unem formando um círculo, o que é bem válido; no entanto, o Dhyana  e o Bhairava realizam esta ação adequadamente.






Significando meditação, Dhyana é um mudra muito utilizado entre os budistas, tal qual como os demais, também melhora a habilidade do praticante em concentrar-se.


Este gesto facilitador de meditação que algumas vezes pode até ser visto sendo usado por palestrantes e gente da política com intuito de dar uma boa estética e função às mãos enquanto falam, não é difícil de executar.


Para tanto o praticante apenas posiciona as mãos ao colo, abaixo do abdômen, com a mão direita acima da esquerda, com as palmas para cima, enquanto as pontas dos polegares se tocam formando um leve triângulo que representa as três jóias do Budismo: Buda, Sangha, que é a comunidade e Dharma, que são os ensinamentos.


A mão direita simboliza a sabedoria e a consciência e a esquerda a ilusão da existência. No entanto, a conexão dos polegares ainda representa a união dos princípios masculinos e femininos que estão presentes de forma equilibrada em todos os seres humanos. 






Também conhecido como Samadhi mudra, o Dhyana apesar de ser amplamente utilizado no Budismo, muito antes já era usado pelos Hindus durante as meditações. No entanto, acredita-se que este mudra foi adotado por Sakyamuni quando meditou embaixo de uma árvore no momento quem que alcançou a iluminação.







Sem confundir com o Dhyana, o Bhairava mudra diferencia daquele apenas por as pontas dos polegares não se tocarem; ou seja, as mãos se posicionam sobre o colo com a direita sobre a esquerda, as palmas para cima; apenas isso, sem os dedos estarem afastados.


No entanto, se a pessoa praticante for mulher é a mão esquerda que se posiciona sobre a direita, na mesma configuração, e a nomenclatura do gesto muda para Bhairavi mudra. Destarte, neste mudra, ambas as mãos representam os dois canais de energia, as nadis Ida e Pingala, significando a união do indivíduo com a consciência suprema.

Harih Om!

Curta/LIKE:

Nenhum comentário:

Postar um comentário