HUMBERTO J. MENEGHIN
“Expectativas
no Yoga versus Realidade: Eu comecei a aprender Yoga e não era nada do que eu
imaginava” é o título do artigo-depoimento da ilustradora mexicana Adriana
Rodriguez León, que por indicação médica começou a praticar Yoga e
surpreendeu-se. Surpreendeu-se, porque achava que praticar ásanas fosse fácil, o que a fez transformar a experiência em
charges cômicas. No entanto, o detalhe principal é que ela, como iniciante, fez
as primeiras práticas, on line, sem a
presença física de um (a) professor (a).
Não desmerecendo quaisquer plataformas,
canais que produzem, distribuem e comercializam ou não práticas de
ásanas on line, temos que a ilustradora e praticante em questão, ao invés de acatar a sugestão da irmã que
lhe deu a ideia de praticar “Yoga” on
line, por nunca ter praticado ásanas
antes, poderia ter se oposto e decidido
ir praticar Yoga com um (a) professor(a) qualificado presencialmente, ao vivo e
a cores em um espaço ou particularmente.
Sim, é
verdade que hoje em dia com o avanço tecnológico que temos a era digital e virtual tenta professar tudo em nossa vida. No
entanto, o pessoal e presente, conta
mais, mesmo que seja para poucos.
Não se aprende a dirigir um veículo on line, sem pegar o carro, uma
vez que isso necessita do acompanhamento de um instrutor que em algumas aulas
ensina os mecanismos e as aptidões necessárias a um condutor.
Há muitas pessoas que se aventuram em
aprender posturas do Yoga sozinhas, sendo através de livros ou
por vídeos, copiando o que vê e fazendo. E os que seguem a se aprofundar acabam
por procurar um espaço ou um (a) professor (a) qualificado (a) para aulas
presenciais, orientações e esclarecimentos de dúvidas.
Mesmo que haja práticas de ásanas on line, on demand, etc. específicas para iniciantes, consideradas
aulas suaves, a presença de um (a)
professor (a) de Yoga instruindo o (a) aluno(a) aqui e agora é muito valiosa e
para alguns até indispensável.
Mas, a prática de ásanas on line atinge a todos os lugares, lugares onde não se tem
um espaço de Yoga e nem professores e por isso é muito indicada,
possibilitando o aprendizado à distância, o que é um ponto bem positivo.
No
entanto, na experiência inusitada da
ilustradora, conforme consta, ela
foi praticar com a Adriane, uma xará, do canal Yoga with Adriane e logo achou
que poderia fazer as posturas que a professora realiza com facilidade.
Mas, pelo fato de não ter conseguido acompanhar
a “mestra” virtual, sentindo desconforto e dificuldades na pele, a sua pura inspiração a levou a criar e
desenhar as ilustrações de como estava sendo a experiência para ela.
Quando um aluno ou aluna vem fazer a sua
prática de ásanas pela primeira vez
com um (a) professor (a) de Yoga verdadeiramente qualificado e
experiente, o como é recebido e
orientado é primordial. O (a)
professor (a) no primeiro contato precisa
conversar com o (a) praticante e se inteirar de suas limitações, a saúde,
sobre o que se pode ou não fazer em relação a posturas.
Não é interessante receber um (a) aluno (a)
novo (a) que nunca praticou e exigir que acompanhe o ritmo de outros que
estão acostumados com a prática há mais tempo.
Destarte,
é de suma importância o (a) professor
(a) se adaptar ao praticante que se inicia, pegando de leve, para que com o
tempo possa ter progressos e fazer com quase facilidade ásanas que jamais pensava que conseguiria fazer, incluindo o tentar meditar.
Assim, o papel do (a) professor (a) é ensinar aos
praticantes o que é bom para seus corpos no que se refere a execução das
posturas, permitindo que se sintam bem;
e, ainda, minimizando desconfortos, evitando lesões, produzindo um efeito terapêutico e sobretudo respeitando seus
limites.
Será que a Adriana continua praticando com
a Adriane? Ou, está praticando ao vivo e a cores com um (a) bom/boa
professor (a)?
Harih Om!
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