20 de maio de 2018

EXPECTATIVAS X REALIDADE: ADAPTANDO-SE NA PRÁTICA



HUMBERTO J. MENEGHIN


“Expectativas no Yoga versus Realidade: Eu comecei a aprender Yoga e não era nada do que eu imaginava” é o título do artigo-depoimento da ilustradora mexicana Adriana Rodriguez León, que por indicação médica começou a praticar Yoga e surpreendeu-se. Surpreendeu-se, porque achava que praticar ásanas fosse fácil, o que a fez transformar a experiência em charges cômicas. No entanto, o detalhe principal é que ela, como iniciante, fez as primeiras práticas, on line, sem a presença física de um (a) professor (a).


Não desmerecendo quaisquer plataformas, canais que produzem, distribuem e comercializam ou não práticas de ásanas on line, temos que a ilustradora e praticante em questão, ao invés de acatar a sugestão da irmã que lhe deu a ideia de praticar “Yoga” on line, por nunca ter praticado ásanas antes, poderia ter se oposto e decidido ir praticar Yoga com um (a) professor(a) qualificado presencialmente, ao vivo e a cores em um espaço ou particularmente.











Sim, é verdade que hoje em dia com o avanço tecnológico que temos a era digital e virtual tenta professar tudo em nossa vida. No entanto, o pessoal e presente, conta mais, mesmo que seja para poucos.


Não se aprende a dirigir um veículo on line, sem pegar o carro, uma vez que isso necessita do acompanhamento de um instrutor que em algumas aulas ensina os mecanismos e as aptidões necessárias a um condutor.






Há muitas pessoas que se aventuram em aprender posturas do Yoga sozinhas, sendo através de livros ou por vídeos, copiando o que vê e fazendo. E os que seguem a se aprofundar acabam por procurar um espaço ou um (a) professor (a) qualificado (a) para aulas presenciais, orientações e esclarecimentos de dúvidas.


Mesmo que haja práticas de ásanas on line, on demand, etc. específicas para iniciantes, consideradas aulas suaves, a presença de um (a) professor (a) de Yoga instruindo o (a) aluno(a) aqui e agora é muito valiosa e para alguns até indispensável.














Mas, a prática de ásanas on line atinge a todos os lugares, lugares onde não se tem um espaço de Yoga e nem professores e por isso é muito indicada, possibilitando o aprendizado à distância, o que é um ponto bem positivo.


No entanto, na experiência inusitada da ilustradora, conforme consta, ela foi praticar com a Adriane, uma xará, do canal Yoga with Adriane e logo achou que poderia fazer as posturas que a professora realiza com facilidade.













Mas, pelo fato de não ter conseguido acompanhar a “mestra” virtual, sentindo desconforto e dificuldades na pele, a sua pura inspiração a levou a criar e desenhar as ilustrações de como estava sendo a experiência para ela.


Quando um aluno ou aluna vem fazer a sua prática de ásanas pela primeira vez com um (a) professor (a) de Yoga verdadeiramente qualificado e experiente, o como é recebido e orientado é primordial. O (a) professor (a) no primeiro contato precisa conversar com o (a) praticante e se inteirar de suas limitações, a saúde, sobre o que se pode ou não fazer em relação a posturas.




Não é interessante receber um (a) aluno (a) novo (a) que nunca praticou e exigir que acompanhe o ritmo de outros que estão acostumados com a prática há mais tempo.


Destarte, é de suma importância o (a) professor (a) se adaptar ao praticante que se inicia, pegando de leve, para que com o tempo possa ter progressos e fazer com quase facilidade ásanas que jamais pensava que conseguiria fazer, incluindo o tentar meditar.


Assim, o papel do (a) professor (a) é ensinar aos praticantes o que é bom para seus corpos no que se refere a execução das posturas, permitindo que se sintam bem; e, ainda, minimizando desconfortos, evitando lesões, produzindo um efeito terapêutico e sobretudo respeitando seus limites.





Será que a Adriana continua praticando com a Adriane? Ou, está praticando ao vivo e a cores com um (a) bom/boa professor (a)?

Harih Om!


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