HUMBERTO J. MENEGHIN
Você se
lembra da primeira prática de Yoga que participou? Quando por curiosidade ou não
veio fazer uma aula e então jamais poderia imaginar que continuaria praticando,
lendo e estudando sobre Yoga até os dias de hoje? Pode ter sido há alguns bons
anos atrás ou para quem chegou agora há alguns meses. Então, como está a sua
prática de agora comparada a do dia em que começou? Continua a mesma ou mudou?
Que progressos fez?
É verdade
que com o passar dos anos aprendemos com
a vida, amadurecemos e vivemos diferentes experiências. O que ontem era, já não é mais e o que hoje é não será o mesmo
amanhã. No entanto, refletindo um pouco sobre como era a sua prática antes
e como é agora, queira ou não queira
progressos podem ser identificados.
Muitos podem achar que esse progresso se
aplica apenas à prática de ásanas, ou
seja: hoje faço shirshásana por quase
cinco minutos maravilhosamente bem, algo que foi superado, pois tinha
receio e medo dessa postura, de cair, mesmo que ainda a faça próximo a uma
parede. Então, sim, houve um progresso na prática em relação a execução de ásanas, evidenciando também a boa
flexibilidade adquirida em outras.
No
entanto, o progresso no Yoga não se
restringe apenas a execução de determinadas posturas ou séries, mas também na
forma como o praticante/estudante se modificou como ser humano devido a autoconsciência
adquirida, a percepção interna e externa em relação ao todo.
O conhecimento absorvido através do estudo mesmo
que esporádico dos Sutras, Escrituras e Vedas podem assustar e confundir; no
entanto, sob a tutela de uma boa preceptora ou preceptor que sabe transmitir o
conhecimento de uma forma lídima sem muita exacerbação do ego, ele está acessível realmente àqueles que
desejam investigá-lo.
“Pratique e tudo virá” é a célebre frase, fácil
de guardar, dita por Pattabhy Jois, que se você bem parar um
momento para refletir chegará a conclusão que é de grande valia.
No
entanto, no praticar também está
inserido o meditar, o estudar, o se autoconhecer, não se referindo apenas a
prática física por si só, que na verdade naturalmente também evolui, observando-se
os devidos cuidados sob boa orientação e sem exageros. Talvez, ontem quem muito
fazia, hoje faz menos e está bem, imerso no Conhecimento, em plena evolução, no
caminho de Moksha.
Harih Om!
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