10 de dezembro de 2017

PROGREDINDO NA PRÁTICA




HUMBERTO J. MENEGHIN


Você se lembra da primeira prática de Yoga que participou? Quando por curiosidade ou não veio fazer uma aula e então jamais poderia imaginar que continuaria praticando, lendo e estudando sobre Yoga até os dias de hoje? Pode ter sido há alguns bons anos atrás ou para quem chegou agora há alguns meses. Então, como está a sua prática de agora comparada a do dia em que começou? Continua a mesma ou mudou? Que progressos fez?


É verdade que com o passar dos anos aprendemos com a vida, amadurecemos e vivemos diferentes experiências. O que ontem era, já não é mais e o que hoje é não será o mesmo amanhã. No entanto, refletindo um pouco sobre como era a sua prática antes e como é agora, queira ou não queira progressos podem ser identificados.


Muitos podem achar que esse progresso se aplica apenas à prática de ásanas, ou seja: hoje faço shirshásana por quase cinco minutos maravilhosamente bem, algo que foi superado, pois tinha receio e medo dessa postura, de cair, mesmo que ainda a faça próximo a uma parede. Então, sim, houve um progresso na prática em relação a execução de ásanas, evidenciando também a boa flexibilidade adquirida em outras.


No entanto, o progresso no Yoga não se restringe apenas a execução de determinadas posturas ou séries, mas também na forma como o praticante/estudante se modificou como ser humano devido a autoconsciência adquirida, a percepção interna e externa em relação ao todo.


O conhecimento absorvido através do estudo mesmo que esporádico dos Sutras, Escrituras e Vedas podem assustar e confundir; no entanto, sob a tutela de uma boa preceptora ou preceptor que sabe transmitir o conhecimento de uma forma lídima sem muita exacerbação do ego, ele está acessível realmente àqueles que desejam investigá-lo.


“Pratique e tudo virá” é a célebre frase, fácil de guardar, dita por Pattabhy Jois, que se você bem parar um momento para refletir chegará a conclusão que é de grande valia.


No entanto, no praticar também está inserido o meditar, o estudar, o se autoconhecer, não se referindo apenas a prática física por si só, que na verdade naturalmente também evolui, observando-se os devidos cuidados sob boa orientação e sem exageros. Talvez, ontem quem muito fazia, hoje faz menos e está bem, imerso no Conhecimento, em plena evolução, no caminho de Moksha.

Harih Om!

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