HUMBERTO J. MENEGHIN
Presente em quase todas as práticas de ásanas que promovem a abertura do
quadril, sucirandhrásana, mais conhecida
como o buraco da agulha, não é uma postura difícil de se fazer. No entanto, uma
auto-observação é necessária para que por esse buraco possa passar até um
camelo e um rico que almeja ir para o céu.
Parábola à parte, o buraco da agulha é uma daquelas posturas
que provavelmente você já fez durante uma aula de educação física na
escola, quando era criança ou adolescente e até mesmo numa academia, sem
precisar que se tratava de uma postura
do Yoga típica para abrir o quadril.
Sim, sucirandhrásana, o buraco da agulha é um ásana que se faz ao chão
deitado de costas sobre o mat e não
deve ser confundido com o pasásana
a postura do laço que se faz de cócoras ou também aquela outra versão mais
simples feita de joelhos, em leve torção e com um dos braços ao chão.
- Veja que deitado de costas sobre o tapetinho de Yoga, com as pernas dobradas e as solas dos pés tocando o chão, o praticante realiza o número 4, rotacionando externamente a perna esquerda, o fêmur, trazendo o tornozelo esquerdo abaixo do joelho da perna direita,
- para, então, elevar um pouco o peito e permitir que o braço e mão esquerda passem através do espaço entre as pernas, enquanto o outro braço, o direito, segue pelo lado de fora, para que os dedos das mãos se entrelacem e se coloquem na parte posterior da perna direita que está fletida.
- A cabeça e os ombros permanecem relaxados e o praticante começa a perceber o alongamento pelo lado esquerdo do
quadril, nos músculos do respectivo glúteo, especificamente no piriforme, liberando o nervo ciátio,
relaxando alguma tensão que esteja alojada na lombar e até atenuando um
leve desconforto.
- Os flexores do quadril também são alongados, servindo o sucirandhrásana como uma postura
preparatória ao padmásana, bem como para outras mais à
frente da sequência de ásanas
que solicitarão da estabilidade do quadril.
- No entanto, durante
a permanência na postura que pode
ser de oito a quinze respirações ou um pouco mais é recomendável que
ambos os pés permaneçam flexionados
para que não causem qualquer desconforto aos joelhos.
- Para os que têm o “quadril apertado” ficar no estágio inicial formando o quarto pode ser recomendado. No entanto, o uso de uma fita específica pela parte posterior da perna, a que irá flexionar e se aproximar do corpo, pode ser uma solução para ir um pouco mais adiante no buraco da agulha.
- Ao invés de entrelaçar os dedos das mãos na parte posterior da
perna que se flexiona, o praticante
também pode optar em entrelaçá-los pela frente, logo abaixo do joelho.
No entanto, para não se exigir demasiadamente dos joelhos a opção descrita no item 2 se mostra
mais favorável.
- Para intensificar a
postura, traga um pouco mais o joelho direito em direção ao peito e pressione
o cotovelo do braço esquerdo na parte interna da perna esquerda.
- Ou até opte por trazer o pé esquerdo para o meio da perna direita
ou mais abaixo, ao invés de mantê-lo posicionado abaixo do joelho direito.
- Esta postura é contraindicada
para quem tem dores insistentes nos joelhos, na lombar e no
sacroilíaco.
- Lembre-se de realizar o buraco da agulha para o outro lado e ficar
o mesmo tempo em que esteve anteriormente. Tabalha horas sentado no escritório? Experimente fazer o sucirandhrásana antes e depois do
expediente. E havendo mais
tempo, uma boa aula de Yoga!
Harih Om!
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