HUMBERTO J. MENEGHIN
“Deite-se
de bruços, pressione as mãos no chão, estenda os braços e eleve o tronco e a
cabeça para cima. Você está na postura da cobra, que beneficia os rins e as costas.
” Sim, uma orientação feita por uma
professora de Yoga para seus alunos entrarem em bhujangásana. No entanto, muitos podem achar que algo mais está
faltando para que os praticantes sob a sua tutela experimentem a postura da
cobra como deve, de uma forma mais segura e confortável. O que será?
Um bom alinhamento esta é a
resposta. Mas como alinhar corretamente
os alunos na cobra? A maioria dos professores e professoras de Yoga optam
por conduzir verbalmente os praticantes
nos diversos ásanas que compõem uma
prática e outros mais até ajustam-nos
manualmente, ou seja, tocam os alunos de uma forma adequada para se
manterem firmes e confortáveis nos ásanas
por algumas respirações até que de
aula em aula já estejam por conta
própria se colocando corretamente nas posturas.
No caso específico da bhujangásana, que é uma postura de retroflexão e até
intensa, um bom cuidado deve ser
dispensado para que desconfortos desnecessários não ocorram e
posteriormente não venham incomodar os praticantes.
Destarte, comumente já terem sido feitas retroflexões
mais leves como shalabásana e a
esfinge, por exemplo, a condução e
alinhamento adequados de uma boa cobra pode ocorrer desta forma:
1. Deite-se
de barriga para baixo (de cúbito
ventral) sobre o mat com as pernas na
largura do quadril.
2. Coloque as palmas das mãos no solo em baixo dos ombros com os dedos apontando para frente.
3. Os pés
estão juntos e os dedinhos são pressionados
ao chão para que ocorra uma rotação interna das pernas enquanto se contrai os glúteos, mantendo-se os joelhos
em contato com o mat.
4. Mova as escápulas em direção aos rins
enquanto os cotovelos apontam para trás para inspirar e pressionar as mãos no chão para elevar o peito. Nesta
ação atente-se em usar os músculos das
costas ao elevar o tronco e os dos braços para criar o arco nas costas.
5. Então,
o praticante pode manter -se olhando
para frente e ficar na cobra de uma forma suave, sem afundar o pescoço entre os
ombros; no entanto, para quem não tiver qualquer desconforto na cervical e
quiser passar para uma nova etapa, poderá
elevar o queixo, a cabeça e olhar para o teto, surgindo uma compressão na
nuca.
6. Recomenda-se
que o osso púbico fique em contato com o solo e o umbigo elevado cerca de três centímetros. E, em relação os braços, tradicionalmente ficam
estendidos; mas, acompanhando a suavidade de quem mantem olhar a frente sem
comprimir a nuca, os braços podem ficar
flexionados.
7. Para abrir mais o peito, para quem manteve os
braços estendidos na cobra, uma ação isométrica
se faz presente na relação mãos e pés.
8. Alguns
praticantes mantem-se na cobra por cinco
ou dez respirações para se quiserem repetirem mais duas vezes essa postura.
9. No
entanto, o retorno à Terra deve ser
feito com suavidade, ao expirar, trazendo o tronco, ombros e a cabeça para
baixo, ao flexionar os braços, tocando a testa no mat ou no dorso de uma mão sobreposta a outra.
Após um ou alguns ciclos de bhujangásana, alguns
professores preferem realizar uma postura
de torção antes de passar para uma de flexão, ou, ainda continuar outras de
retroflexões como dhanurásana, o
arco. Ou, ainda dispensar a torção e ir diretamente para um ásana de flexão.
Recomenda-se evitar a postura quem tem
úlcera, hipertireoidismo ou algum desconforto maior nas vértebras. No entanto, a circulação do sangue nas costas melhora e
os nervos ali são tonificados, bem como útero e ovários. Os órgãos abdominais são beneficiados, em especial
o fígado e os rins, incluindo suprarrenais, que são estimulados a
trabalharem bem.
Pesquisadores russos, nos anos setenta, constataram
que se ficarmos 3 minutos diários na
cobra o nível de testosterona se eleva.
Então, observe a sua cobra e aproveite
muito bem a sua prática.
Harih Om!
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