20 de dezembro de 2014

YOGA EM VOGA ENTREVISTA – RETROSPECTIVA





HUMBERTO MENEGHIN


São dezessete entrevistas realizadas ao longo de dois anos  e meio por este blog com alguns professores e professoras de Yoga que de um jeito simples, simpático e agradável dividem suas experiências sobre Yoga, Vedanta e sobretudo a Vida. A eles e elas muito obrigado por suas palavras.


YOGA EM VOGA ENTREVISTA – TEREZA FREIRE







YV – Como o aprofundamento no estudo do Vedanta pode influenciar a vida de uma forma significativa?


TF  A partir do momento que realizamos que já somos a felicidade que buscamos lá fora, a vida fica muito mais leve e simples!

Claro que para se chegar a esta cognição, há um longo processo, diferente para cada um de nós, mas é libertador conhecer e fazer parte de uma tradição que te diz que você já é completo e que não precisa buscar a paz nas experiências, porque você já é paz!!!

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – JULIANA ARAÚJO, “JUJU PRIYAH”







YV  No Yoga não é raro nos deparáramos com algumas pessoas que extrapolam os limites do bom senso, seja nas práticas que adotam e ensinam, seja em atos exageradamente místicos, manipuladores e até mesmo coercitivos. O dito “Se for viajar na maionese, viaje pelaHellmans Airlines” se aplica àqueles que confundem os meios e os fins?

Juju  Engraçado demais isso. Acho que viajar acontece com todo mundo, a não ser que você tenha nascido como a encarnação de um avatar, não conheço quem não errou.

O problema é insistir durante muito tempo na maionese, no erro. O que ensino e vivo hoje é bem diferente do que eu ensinava há anos atrás, então posso dizer que eu tenho cartão fidelidade da ‘Hellmans airlines’ e conheço vários membros da companhia aérea.

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – LUCIANA GUERIN







YV – Cada praticante tem um corpo diferente. Uns são mais flexíveis, outros menos, outros ainda tem dores nas costas, nos joelhos e até mesmo alguma limitação no movimento, na saúde. Como a prática do Iyengar Yoga pode auxiliar os praticantes a desenvolverem uma consciência corporal que os permita se sentirem renovados e quem sabe livres de suas limitações físicas?


LU - Na minha experiência com Iyengar Yoga, vejo que ao detalhar o caminho para o praticante entrar, permanecer e sair da postura, isso faz com que ele descubra, se dê conta de partes do corpo até então desconhecidas. E a consciência do corpo é uma porta de entrada que pode te levar a consciência do seu Ser mais profundo, da sua essência. Usamos a trajetória que vai do denso para o sutil. Reforço a minha opinião de que a utilização dos props permite que a pessoa faça a sua prática com conforto, segurança e dentro das suas possibilidades, respeitando a sua condição física.  Além disso, a consciência que você direciona para o corpo durante a prática, focando a atenção aos detalhes dos movimentos e das ações para executar o ásana, isso faz com que você crie presença no agora, te traz para o tempo presente, evitando que sua mente passeie tanto no passado quanto no futuro. Isso serve como um treino para manter a consciência naquilo que você está fazendo. O que, idealmente, deveria acontecer em todos os momentos da nossa vida.

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – EDGY PEGORETTI









YV  Edgy Pegoretti numa fila imensa de banco ou dentro de um ônibus lotado onde algumas pessoas não têm a mínima civilidade e consideração; Edgy deixapitta aflorar ou busca um salvaguarda para atenuar a situação que traz desconforto? Quais são as suas opções? Rodar a baiana está entre uma delas?


EDGY –Depende se estou com fome ou não (não queira ver umPitta desequilibrado com fome, e como diz uma amiga nossa, se for mulher com TPM, hahaha). Falando sério, esta sua pergunta é meu treino diário, juro. Eu não consigo ficar quieta e/ou calada diante de uma mulher grávida ou idosos em pé, quando tem alguém fingindo que dorme para não ceder o lugar, ou como já aconteceu diversas vezes, lixo jogado pela janela do ônibus, ou esquecido no banco do mesmo ... claro que a forma como você  aborda este “quase cidadão” influencia, mas quando este “quase” cidadão é mal educado, nem adianta! E o metrô que no horário do rush tem um vagão exclusivo (não é preferencial) para mulheres ... tem mais homem por metro quadrado do que outra coisa. E eles ainda vão sentados ... mas as mulheres não falam nada, fico indignada! Se eu for contar o que acontece esta entrevista não termina. Ando mais atenta para que rodar a baiana seja a última opção. O pior são os idosos, a maioria (não todos)– que me perdoem aqueles que se por ventura se ofenderam – esqueceu os bons modos em casa. Quer coisa pior do que ver um idoso invadir (quase nunca pedem licença ou esperam você terminar) o espaço do supermercado destinado às suas compras e colocar várias bandejas de carne praticamente em cima da sua comida?! Arghhh haja controle, juro!!!

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – DANY SÁ








YV  Com absoluta certeza quem se entrega de corpo e alma ao Yoga, como você, já há alguns anos, tanto praticando com grande comprometimento, cuidado, segurança e uma disciplina consistente, mantendo seusadhana e ainda estudando as escrituras; quais são as mudanças mais perceptíveis que você notou em você e na sua vida desde que a bailarina clássica se tornou uma yogini dedicada?


DANY – Tudo  aconteceu naturalmente e gradativamente. Acredito que tudo na vida deve acontecer de uma forma espontânea e sem cobrança. Esta disciplina na prática aconteceu por uma vontade interna, a cada dia sentia uma necessidade de aprender mais, de conhecer mais sobre este universo. Logo de inicio, eu percebi que eu estava mais focada e paciente quando precisa fazer ou resolver alguma coisa. Aprendi também a me auto observar e perceber os padrões que muitas vezes repetimos e não nos damos conta. Eu sempre fui muito exigente e crítica comigo mesmo e de certa forma sendo uma bailarina isso acabou se tornando muito forte. Com o Yoga, eu aprendi a ser eu mesma e a lidar  com as imperfeições e desequilibrios da vida.  A cada dia estamos diferentes e está tudo bem se um dia não foi tão bom como outro... Faz parte do nosso aprendizado!


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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – GUSTAVO SCHIMMING








YV – Gloria Arieira, Swami Dayananda Saraswati são os professores que você escolheu para aprimorar o conhecimento de Vedanta e Sânscrito. Como você vê a sua evolução como estudante? O que mudou na sua vida a partir do momento que o conhecimento Védico começou a aflorar em você? Quais as escrituras ou texto de Vedanta que o inspiram, por considerá-los importante, e que não podem ser deixados de fora do estudo daquele que se inicia?


GUSTAVO – A evolução de um estudante está diretamente ligada ao tempo despendido e ao compromisso com o conhecimento estudado. Assumi um compromisso com o conhecimento Védico no sentido de me manter sempre o estudando, o transmitindo, e em contato com o guru. O conhecimento Védico tem um valor incomensurável na minha vida pessoal, foi um divisor de águas. A atitude com a qual faço as ações, o ponto de vista do qual enxergo a vida, a maneira como interpreto as situações que se apresentam, como me relaciono, como tomo as decisões, como faço as escolhas, como ensino, como faço uso do livre arbítrio, tudo mudou, ampliou.  Este conhecimento me apresentou o valor dos valores. Todas as escrituras de Vedanta e textos relacionados carregam a mesma mensagem abordada de maneiras diferentes. O Vedanta é inspirador, realizador e, principalmente, libertador. Não existem textos a serem deixados de fora, pois todos transmitem em essência a mesma verdade. A coluna central deste conhecimento se encontra nas Upanishads, e os textos mais indicados para iniciar seu estudo são Tattvabodha, Atmabodha  e Bhagavad Gita.



'Ekam sadvipra bahudha vadanti' (Rig Veda)

A Verdade é Uma; os sábios A chamam de diferentes maneiras.


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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – PAULA SABOYA








YV – Ser vegetariano, não consumir bebida alcoólica é recomendável àqueles que estão seriamente mergulhados no Yoga. No entanto, alguns praticantes e professores não dispensam um sushi, comem peixe e frutos do mar, bebem um limoncello ou vinho e indo mais longe até fumam. Tudo bem quanto a isso?


PAULA  No problem Sir! Tudo bem! Estou mais interessada no que as pessoas colocam para fora do que elas colocam para dentro. O que essa pessoa me diz e como o faz me revela mais sobre o caráter e verdadeira essência dela do que as folhas verdinhas e cenoura que ela consome. Conheço pessoas que tem uma alimentação exemplar, saudável, natural e uma mente extremamente POLUÍDA, um coração duro, uma língua afiada negativamente. Eu já fiquei anos sem beber álcool e comer carne por livre espontânea vontade e nem praticava Yoga. Depois por causa do Yoga dei continuidade a essa opção. Um belo dia meu deu vontade de voltar a comer sushi e assim o fiz. Voltei a beber álcool também. Fumar nunca fumei e acho terrível pois a industria do tabaco é cruel e torna as pessoas viciadas. A indústria de alimentos e bebidas também criam vícios com aditivos. Cabe a cada pessoa experimentar e ver o que é realmente bom para si mesmo. Por saber dos truques das indústrias sou eu e somente eu responsável pelo o que faço com o meu corpo. Não sou exemplo para ninguém, isso eu afirmo, e nem quero ser thank you very much!

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – CAROL LANGOWSKI







YV  A partir do momento que se trabalha com Anatomia do Yoga é importante entender que o corpo físico está agregado tanto ao corpo emocional e espiritual. Desde que os músculos, os ossos e a fisiologia do corpo vai se integrando durante a prática, memórias e emoções muitas vezes são trazidas à tona. Por que isso acontece e qual é a melhor forma de se integrar o lado psicoemocional com a prática física de um modo harmônico? É verdade que quando o corpo se alinha através do estudo de sua estrutura, também ocorre um alinhamento da pessoa em todos os níveis? 

CAROL - Ao falarmos de emoções no corpo físico, o lugar onde habitam é a fáscia muscular, que "abraça" praticamente todos os músculos do nosso corpo. Ali fica um nó energético, ao movimentarmos a musculatura; respirando de forma consciente, fazemos fluir, emoções afloram, lágrimas vem, e traumas se dissolvem. Para que essa limpeza ocorra, a respiração faz toda diferença. Se o corpo estiver bem alinhado, coluna ereta, peito aberto, inevitavelmente alinhamos nossos centros de energia, dissolvendo assim, escudos e máscaras, ouvindo mais o coração e nos conectando com uma força divina, da forma que cada um interpreta.

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – ANNE SOBOTTA








YV –Muitos sabem que você é defensora ativa da humanização do parto e do nascimento. Algumas pessoas inclusive mulheres grávidas não tem a mínima ideia do que seja isso. Para os leigos e para aqueles que alimentam um conceito equivocado sobre esse assunto, o que é parto humanizado e qual é a finalidade?


ANNE – O que hoje chamamos de parto humanizado é simplesmente um parto no qual o binôme mãe-bebê são respeitados.
Respeitados porque o tempo de cada um deles é respeitado: tempo do bebê sinalizar que ele está pronto para nascer, tempo que a mulher precisa para parir, tempo do bebê para mamar.
Respeitados nos seus direitos: direitos de dar à luz e de nascer sem violência, seja física, verbal ou psicológica.
Respeitados nos seus direitos de escolha: local de parto, equipe, acompanhantes, decisões durante a gestação e o parto (a equipe médica informa, não manda). 
Respeitados no protagonismo: a mulher como protagonista central do parto, soberana nas suas escolhas, mestre dos seus movimentos, das suas emoções, dos seus gritos.
Respeitados porque nenhuma intervenção que não seja estritamente necessária é feita neles, nem na mãe, nem no bebê. Não se faz intervenção porque é de rotina, é de praxe, ou porque o médico “acha” que é melhor. Se faz apenas intervenções ditas necessárias quando seus riscos são menores do que os riscos de não fazê-las, e sempre seguindo as melhores evidências científicas e as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

Ou seja, o parto humanizado não é baixar a luz durante a cesárea e ter um médico “muito fofo”... Também não é uma coisa de hippies ou de “naturebas sem noção”...


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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – VICENTE MORISSON







YV – Para o devoto essencialmente Hindu, ir ao templo, cantar mantras e tomar um banho no Ganga quando se está por perto são atividades que de uma forma e outra contribuem para que a vida flua de uma maneira mais límpida e consciente.  Você segue a risca essas ações quando pode? Que rituais hinduístas você costuma fazer quando está por aqui? Há um mantra em especial que o toca profundamente? E na Bhagavad Gítá, qual ou quais versos você acha que trazem uma mensagem indispensável que vale a pena destacar a qualquer buscador?


VICENTE – Como o Swámi Dayánanda diz: “Tudo o que fazemos é ritual”, ou seja, a forma como escolhemos realizar as nossas ações diárias obedece um certo esquema, uma certa ordem, visando muitas vezes um agradecimento ou um determinado resultado. Nesse sentido, sempre que posso procuro realizar as minhas ações como uma forma de preparar a minha mente para aquilo que me predispus a fazer. Costumo fazerpújás, meditar, entoar mantras buscando estabelecer nesses pequenos rituais uma relação com a totalidade. Existe um mantra que gosto muito que é Om Namah Shiváya que me ajuda a recordar que a vida está sempre em constante transformação e que não tenho qualquer controle sobre os resultados das minhas ações. Quanto a Bhagavad Gítá todo o ensinamento é importante. Na vida de um buscador que optou pela vida de Karma Yoga (Yoga da Ação) vemos o quanto uma ação em concordância com o dharma tem o seu valor. Contudo, a nossa escolha está restrita somente à ação, jamais ao resultado. Não temos essa capacidade de controlarmos o resultado daquilo que fazemos. Tampouco devemos nos isentar da ação. Compreender isso é um grande ganho! O que nos resta como um karma yogui é apenas fazer o que deve ser feito dentro das nossas possibilidades. Podemos encontrar esse ensinamento no Cap. 2 do verso 47.


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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – ANA PAULA MALAGUETA







YV – No mundo moderno a Depressão, a Síndrome do Pânico e outros distúrbios representam grandes obstáculos para quem convive com eles. Além da ajuda de psicólogos e psiquiatras, como o Yoga e as Terapias Holísticas podem auxiliar as pessoas que passam por provações deste tipo?


ANA PAULA – Olha só, escrevi um artigo há muitos anos atrás sobre Síndrome do Pânico, e até hoje recebo muitos emails de pessoas que leram e passam pela mesma coisa, e sempre fico impressionada! É muita gente! Sem dúvida alguma, as terapias são de grande auxílio e dão o suporte energético e espiritual que a pessoa precisa para entender porque criou internamente esses distúrbios, conseguir resolvê-los internamente, e voltar ao seu Ser. Além de ajudá-las a passar por um momento de provação e dificuldade. Sempre vem forte um dizer do Dr. Bach (dos Florais de Bach), que a saúde depende de estarmos em harmonia com a nossa alma. E quando esse distúrbios e doenças aparecem, creio que é um ótimo momento para nos perguntarmos: O que eu preciso fazer que não estou fazendo? O que esta doença está querendo me dizer?

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – IZILDA BRAGA







YV – Para você o que significa a famosa frase de autoria do Professor Hermógenes: “Eu entrego, eu aceito, eu confio e agradeço”. Por em prática este preceito é difícil ou para aqueles que estão envolvidos com a prática e o estudo do Yoga isso é tirado de letra com facilidade? O que é vivenciar um estado de Yoga?


IZILDA – Esta frase para mim é um mantra... Dependendo de cada situação empregada, um ou mais componentes dela  são difíceis praticar! Mas sempre nos trarão uma centelha de luz, conforto, e de imediato, diminuímos em muito o tamanho do nosso problema ou desafio enfrentado. É um balsamo sagrado.

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – DANY SÁ – 2ª PARTE







YV – Bons momentos e lembranças fazem parte da vida de qualquer ser humano. Que bons momentos e lembranças ainda permanecem durante todo esse caminho em que você está trilhando no Ashtanga Yoga? E, se você pudesse se encontrar com Pattabhi Jois, mesmo que fosse durante um sonho, o que você diria para ele?


DANY – Muitos bons momentos e lembranças eu tenho desde o momento que comecei a praticar yoga, de todos bons professores que encontrei neste caminho e que muito me ensinaram. Cada momento neste processo tem sido úncio e importante, como a sensação quando eu termino cada workshop que é muito especial, meus alunos me inspiram e me ensinam a cada dia também.  Eu só tenho que agradecer esses bons momentos!

Se eu pudesse encontrar o Pattabhi Jois... seria um sonho maravilhoso! Eu só me curvaria aos seus pés com muita devoção e gratidão por ter colado esta prática em meu caminho!

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – JULIANA ARAÚJO, JUJU PRIYAH – 2º PARTE








YV  Todas as pessoas tem uma escala de valores pessoais. Considerando os valores: trabalho, família, dinheiro, saúde, conhecimento, amizade, paz, amor, gratidão, compaixão, paciência; por favor, numa escala de 1 a 11 classifique estes valores considerando para você o nível de importância. E, ainda, você incluiria nesta escala mais algum outro valor pessoal que acha importante?




JUJU – Essa escala de valores é mutante . O que eu colocar aqui pode ser diferente na próxima semana, mas vamos lá.

1- saúde, até que eu possa estar livre de fisioterapias e fono, exames,etc..

2- amor, porque sem isso é difícil viver, amor próprio, amor pela vida, amor pelas pessoas;


3- gratidão, porque não dá para cansar de agradecer, todo dia, e viciante;

4- família, porque é com quem você pode contar a qualquer hora em qualquer situação;

5- trabalho, que já tem a ver com compaixão, amizade, paz, conhecimento, dinheiro e paciência. Tudo junto, meu trabalho é abençoado demais! Não dá para separar os itens.

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YOGA EM VOGA ENTREVISTA PEDRO KUPFER







8) YV – Viver uma vida perfeita é o sonho que muitas pessoas almejam. No entanto, no mundo em que vivemos, ter e viver uma vida perfeita, cheia de felicidade abundante é difícil porque a maioria das pessoas não consegue vivê-la da forma como gostaria. Será que aquele que se dedica ao Yoga e se aprofunda na compreensão do conhecimento védico, na medida em que reconhece que já é feliz, ter uma vida que seja perfeita deixa de ser tão importante assim?


PEDRO – Vida perfeita não é fazer-se o que se deseja, mas aprender a amar o que se faz. Vida perfeita é a que cada um tem a cada momento, mesmo que não saiba. Perfeita, dentro das imperfeições inerentes e naturais à própria condição humana. Perfeita, dentro da insatisfação, dentro da não realização dos desejos, dentro da tristeza, do medo ou da raiva, se estes se manifestarem. Perfeita, dentro da ordem de Īśvara. Essa questão me lembra uma prece que meu mestre ensinou: “Īśvara, que eu possa ter o espaço para poder apreciar a diferença entre o que é a ordem e o que é projeção da minha mente. 

Que eu possa ver a linha que separa a minha projeção da realidade. Sei que as minhas projeções são Īśvara, estão dentro da ordem. Estou, portanto, seguro, protegido pela ordem, em todas as situações, em todos os momentos, porque não há, nunca houve alienação, porque compreendo e enxergo essa não-separação. O śāstra é crucial para compreender que não há nada, nenhuma emoção, nenhum pensamento, nenhum desejo ou aversão, que não seja parte da ordem de Īśvara. Que eu possa ter esse espaço para compreender isto. Não há nada mais prático que ser ciente da realidade das coisas”. Assim, quando compreendo a ordem de Īśvara, entendo que ela se manifesta na forma da perfeição em tudo e em todos, e vivo relaxado.


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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – TALES NUNES







YV – Vida de Yoga é o nome de seu website, onde você apresenta artigos no que concerne ao autoconhecimento contando ainda com muitas frases inspiradoras de sua autoria que transmitem uma mensagem para os leitores. Quais são as características principais de alguém que se propõe a ter e viver uma Vida de Yoga? Como alguém pode se entregar a uma Vida de Yoga sem ter a vontade de desistir desse compromisso no meio do caminho? Para se manter e viver a Vida de Yoga é fácil ou há obstáculos que de hora em vez surgem para testar e fortalecer aquele que se propõe? Viver uma Vida Meditativa implica em já estar vivendo uma Vida de Yoga? Atingir o Samadhi é o que mais vale ou para oyogi isso não é tão importante assim?


TALES – Acredito que sinceridade consigo mesmo é a principal meta em todo o caminho. É isso que mantém o coração aberto para aprender com cada situação e mais tranquilo para lidar com as dificuldades. No início de fato o autoconhecimento é um compromisso, depois é algo que se torna imprescindível, pois é o que dá vida à Vida. Não há fórmula para que não surjam pensamentos de desistência. O motivo pode ser social, familiar ou pessoal. Muitas vezes o que pode fazer desistir é a sensação de impotência frente às mudanças no mundo, o que logo é redimido como resgate da compreensão de Karma Yoga, que resumidamente é, que cada um deve fazer a sua parte dentro do Todo e que somos responsáveis por nossas ações e pelo resultado delas. Uma vida meditativa é a meta de uma vida de Yoga. Não necessariamente o Samadhi como geralmente é entendido. Não se atinge o Samadhi, a ideia de atingir o Samadhi está ligado à fantasia do alcance de um estado alterado de consciência permanente, que arrebata o indivíduo e o transforma definitivamente, colocando-o num estado de constante de paz e elevação. Essa é a mesma ideia da existência de um paraíso que se deve alcançar, uma fantasia. O Samadhi é algo que se dá na compreensão de si mesmo, do mundo e de si mesmo como integrado ao mundo e se reflete nas ações e na vida do indivíduo. É a compreensão da unidade para além da dualidade da vida. Samadhi não é algo que se acende, é algo que se reconhece como aceso desde sempre em si mesmo.


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YOGA EM VOGA ENTREVISTA – DINAH RODRIGUES






YV – Então, quer dizer que se uma mulher que se encontra na menopausa praticar o Yoga Terapia Hormonal para eliminar os problemas da Menopausa pelo menos quatro ou cinco vezes por semana, com regularidade e determinação, ficará definitivamente livre do uso de qualquer adesivo ou reposição química hormonal que na grande maioria provocam efeitos colaterais indesejáveis à saúde?


DINAH – Sim, os exercícios hormonais correspondem a uma reposição hormonal, mas com a vantagem de ser uma técnica natural e que não apresenta  os riscos da HRT. Yoga Terapia Hormonal aumenta o nível hormonal e elimina os sintomas de Menopausa. Ajuda também as jovens com  problemas como  TPM , ovário policístico ou dificuldade para engravidar, que são causados por um desequilíbrio hormonal. 


Com esta entrevista espero ajudar muitas mulheres tornando-as mais felizes  e mais jovens  sem os sintomas tão desagradáveis da baixa hormonal.


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Muito obrigado a todos os entrevistados e entrevistadas.
Em 2015, tem mais!

Harih Om!


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