HUMBERTO MENEGHIN
Ainda continuam batendo na mesma tecla para que o Yoga, ou
melhor, ásanas do Yoga e também o Pole Dance, que já é chamado de
Pole Sport, sejam incluídos como modalidades olímpicas nas próximas
Olimpíadas do Rio, em 2016. Mas, será que isso é uma boa pedida tanto para quem
se dedica ao Yoga e à dança que é feita se pendurando em um mastro?
A International
Pole Sports Federation e a USA
Yoga , esta última, a Federação de Yoga criada por Bikram e
Rajashree Chohury, estão fazendo um lobby massivo e persistente junto ao
Comitê Olímpico para que tanto o Pole Dance quanto o Yoga façam parte
definitivamente das Olimpíadas.
No caso específico do Yoga, mesmo que muitos
sejam contra e não cansem de defender que Yoga não é esporte e não tem a mínima
intenção de ser competitivo como os demais esportes, a Federação de Bikram, que
promove campeonatos de ásanas já há algum tempo, ainda tem o apoio
daqueles que alegam que se o tênis de mesa e o tiro ao alvo estão nas
Olimpíadas, por que deixar o Yoga de fora?
Já o
Pole Dance, que tem suas raízes em Maharastra, na índia, no século XII,
como uma forma de treinamento para lutadores, se popularizou na Inglaterra dos
anos oitenta, começando a ser praticado nos clubes de strip tease e de
uns tempos para cá, passou a ser adotado em espetáculos circenses, shows
e em casos extremos por mulheres que desejam apimentar e intensificar o
instinto de sedução junto a pessoa amada. E, além disso algumas pessoas fizeram
grande favor de também o mixar a ásanas do Yoga, levando o nome de
Polga, praticados junto ao poste de dança.
A International
Pole Sports Federation, avaliando a questão e percebendo a grande
popularidade dessa atividade física que está aliada à dança feita junto a um
cano, mastro ou barra, sustenta a necessária oficialização desse “esporte” nas
Olimpíadas uma vez que se equipara e se encontra no mesmo patamar da ginástica
rítmica e do nado sincronizado, que em si
são esportes que agregam a atividade física e a dança; e, assim, o Pole
Sport tem todas as características necessárias para fazer parte do rol dos
esportes que são apresentados nas Olimpíadas.
Colocando
os pingos nos í (s) e deixando de lado o Pole Dance ou Pole Sport
como queiram nominar, parece que a base aliada dos Yogis e Yoginis, que inclui Alianças e demais Associações que defendem o Yoga como é,
não estão de modo algum se empenhando em qualquer lobby que seja
contrário a intenção fixa de incluírem o Yoga como mais um “esporte” olímpico,
pois nada se ouve por aí, com a exceção de alguns fóruns numa certa rede
social. E, se esse silêncio assim continuar tudo leva a crer que num futuro
próximo os componentes do Comitê Olímpico Internacional sejam definitivamente e
persuasivamente convencidos da necessidade de se incluir o Yoga, ou melhor, ásanas
do Yoga, nas Olimpíadas.
Então,
se isso verdadeiramente acontecer; muitos passarão a praticar ásanas visando
unicamente se dar bem nas Olimpíadas e por tabela nos campeonatos, nacionais,
regionais e mundiais que trarão medalhas, glórias e honrarias, contratos com os
patrocinadores,etc. Além de o ego dos “campeões” se tornarem enaltecidos até
que surja um novo competidor e o desbanque dos pódios.
E,
assim, o verdadeiro propósito do Yoga, por esses, passará bem longe, mas não
será apagado dos corações daqueles que verdadeiramente sabem o que significa
Yoga. E, você? É favor ou contra a inclusão do Yoga nas Olimpíadas?
Harih
Om!
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ResponderExcluirNo caso do pole dance sim, mas do yoga não. Mesmo sendo a modalidade artística do yoga, praticar ásanas é muito mais do que fazer acrobacia, o yoga quando praticado mesmo que no nível mais básico de dificuldade, deve ter o objetivo de unir corpo, mente e espírito. Exemplo disso é que ásanas são sempre praticados com foco em pranayamas (exercícios de respiração) e em uma competição, isso não seria possível. Certamente a adorável prática do yoga, estaria fugindo dos seus princípios..
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