12 de agosto de 2012

YOGA E POLE DANCE: UMA BOA PEDIDA PARA AS OLIMPÍADAS DO RIO/2016?



HUMBERTO MENEGHIN


Ainda continuam batendo na mesma tecla para que o Yoga, ou melhor, ásanas do Yoga e também o Pole Dance, que já é chamado de Pole Sport, sejam incluídos como modalidades olímpicas nas próximas Olimpíadas do Rio, em 2016. Mas, será que isso é uma boa pedida tanto para quem se dedica ao Yoga e à dança que é feita se pendurando em um mastro? 



A International Pole Sports Federation  e a USA Yoga , esta última, a Federação de Yoga criada por Bikram e Rajashree Chohury, estão fazendo um lobby massivo e persistente junto ao Comitê Olímpico para que tanto o Pole Dance quanto o Yoga façam parte definitivamente das Olimpíadas.




 No caso específico do Yoga, mesmo que muitos sejam contra e não cansem de defender que Yoga não é esporte e não tem a mínima intenção de ser competitivo como os demais esportes, a Federação de Bikram, que promove campeonatos de ásanas já há algum tempo, ainda tem o apoio daqueles que alegam que se o tênis de mesa e o tiro ao alvo estão nas Olimpíadas, por que deixar o Yoga de fora?




Já o Pole Dance, que tem suas raízes em Maharastra, na índia, no século XII, como uma forma de treinamento para lutadores, se popularizou na Inglaterra dos anos oitenta, começando a ser praticado nos clubes de strip tease e de uns tempos para cá, passou a ser adotado em espetáculos circenses, shows e em casos extremos por mulheres que desejam apimentar e intensificar o instinto de sedução junto a pessoa amada. E, além disso algumas pessoas fizeram grande favor de também o mixar a ásanas do Yoga, levando o nome de Polga, praticados junto ao poste de dança.






A International Pole Sports Federation, avaliando a questão e percebendo a grande popularidade dessa atividade física que está aliada à dança feita junto a um cano, mastro ou barra, sustenta a necessária oficialização desse “esporte” nas Olimpíadas uma vez que se equipara e se encontra no mesmo patamar da ginástica rítmica e do nado sincronizado, que em si  são esportes que agregam a atividade física e a dança; e, assim, o Pole Sport tem todas as características necessárias para fazer parte do rol dos esportes que são apresentados nas Olimpíadas.




Colocando os pingos nos í (s) e deixando de lado o Pole Dance ou Pole Sport como queiram nominar, parece que a base aliada dos Yogis e Yoginis, que inclui Alianças e demais Associações que defendem o Yoga como é, não estão de modo algum se empenhando em qualquer lobby que seja contrário a intenção fixa de incluírem o Yoga como mais um “esporte” olímpico, pois nada se ouve por aí, com a exceção de alguns fóruns numa certa rede social. E, se esse silêncio assim continuar tudo leva a crer que num futuro próximo os componentes do Comitê Olímpico Internacional sejam definitivamente e persuasivamente convencidos da necessidade de se incluir o Yoga, ou melhor, ásanas do Yoga, nas Olimpíadas.




Então, se isso verdadeiramente acontecer; muitos passarão a praticar ásanas visando unicamente se dar bem nas Olimpíadas e por tabela nos campeonatos, nacionais, regionais e mundiais que trarão medalhas, glórias e honrarias, contratos com os patrocinadores,etc. Além de o ego dos “campeões” se tornarem enaltecidos até que surja um novo competidor e o desbanque dos pódios.

E, assim, o verdadeiro propósito do Yoga, por esses, passará bem longe, mas não será apagado dos corações daqueles que verdadeiramente sabem o que significa Yoga. E, você? É favor ou contra a inclusão do Yoga nas Olimpíadas?

Harih Om!

3 comentários:

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  2. No caso do pole dance sim, mas do yoga não. Mesmo sendo a modalidade artística do yoga, praticar ásanas é muito mais do que fazer acrobacia, o yoga quando praticado mesmo que no nível mais básico de dificuldade, deve ter o objetivo de unir corpo, mente e espírito. Exemplo disso é que ásanas são sempre praticados com foco em pranayamas (exercícios de respiração) e em uma competição, isso não seria possível. Certamente a adorável prática do yoga, estaria fugindo dos seus princípios..

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