HUMBERTO MENEGHIN
Quem já foi a Nova York, com certeza passou pela Times Square, uma praça muito urbana onde quase não se vê árvores, onde o trânsito é agitado, onde os turistas estão em peso por toda parte em meio a imensos painéis que lançam produtos e chamam a atenção para os grandes musicais em cartaz na Broadway. No entanto, neste local em que a publicidade impera, especificamente no dia vinte um de junho de cada ano, lá pelas proximidades da grande arquibancada vermelha da TKTS, acontece um happening coletivo que já faz parte do calendário times squariano: a celebração da chegada da estação mais quente do ano no hemisfério norte, acompanhada por práticas coletivas de Yoga.
No dia mais longo do ano por lá, em pleno solstício de verão, praticantes de todas as partes chegam e chegam para praticarem Yoga pelo meio da praça mais famosa do mundo. Nota-se que o evento é muito bem organizado e estruturado, envolvendo um planejamento publicitário efetivo, que tem por fim precípuo divulgar e vender produtos ligados ao Yoga.
Sabe-se que os praticantes ao se inscrevem antecipadamente, ganham um mat e uma garrafa com água mineral como brindes, dentre outros. Também se sabe que quem não se inscreveu é bem vindo e pode encontrar um lugar para estender o tapetinho e praticar numa das três aulas oferecidas que acontecem no início da manhã, no meio do dia ou no final da tarde.
O envolvimento massivo da publicidade para divulgar o Yoga, especificamente na terra do Tio Sam, tem o seu lado bom; mesmo que alguns possam não concordar com isso. Este lado bom diz respeito à grande divulgação do Yoga no ocidente feita através de um planejamento publicitário direcionado, ainda que não seja especificamente voltado apenas ao Yoga tradicional.
Vendo que um grande número de pessoas está praticando Yoga no meio da Times Square, o curioso ou curiosa que por lá passa ou toma conhecimento através da mídia, talvez comece a se interessar pela prática e resolve adotá-la como um hábito saudável o que poderá até levá-lo a querer conhecer mais a fundo a filosofia; mesmo que a divulgação de algumas Yogas de marcas, que visam ampliar a sua influência no meio yóguico possam se destacar mais. Sabemos que existe uma gama de interesses econômicos por trás, mas isso é inevitável quando se trata de vender qualquer produto à massa.
Além deste grande evento de Yoga que acontece durante o dia vinte e um de junho de cada ano, na Times Square, um outro evento eivado do mesmo fim também ocorre no meio do grande gramado do Central Park, onde milhares de pessoas se encontram para praticar.
Ora, é certo que na Terra do Tio Sam praticam mais Yoga do que no Brasil, terra do futebol, do samba e do carnaval. Muito embora, por aqui, a divulgação do Yoga também parece querer levantar vôo, a logística e o efetivo publicitário envolvido ainda não consegue chegar aos pés da força marketeira do Tio Sam, levando a crer que as coisas neste país, de um modo geral, demoram mesmo para se alavancarem.
Será que uma boa parcela do povo brasileiro estaria verdadeiramente interessada e disposta em levar a prática do Yoga a sério? Quem sabe um dia; pois notamos que, infelizmente, ainda falta comprometimento e aquela vontade de realmente praticar Yoga, por aqui.
Por isso, há que se notar que os grandes eventos que reúnem a massa, seja lá ou aqui, no sentido de divulgar mais o Yoga ao grande público tem o seu mérito, mesmo que com eles a venda de produtos voltados ao Yoga esteja envolvida e que os que estão praticando no meio do grande evento, indiretamente, também estejam assumindo o papel de garotos ou garotas propagandas.
Abaixo você pode conferir, um pouco, como foi este grande happening:
Harih Om!
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