7 de março de 2014

O TAPETINHO DE PELE DE CORDEIRO DA DEMI MOORE




HUMBERTO MENEGHIN


Todas às vezes que Demi Moore é flagrada por um paparazzi saindo de um espaço onde acabou de praticar Kundalini Yoga, ela aparece trazendo consigo seu inseparável yoga mat da cor laranja vivo e dentro dele um tecido branco que pode ser até confundido com um cotton mat; mas que na verdade é um tapetinho feito de pele de cordeiro que o pessoal da Kundalini Yoga costuma utilizar para forrar o chão quando se senta para meditar.
















Dentre as várias opções que os praticantes de Yoga têm para se acomodar durante o processo meditativo, a maioria se senta sobre o próprio mat que acabou de utilizar durante a prática de ásanas. Alguns podem enrolá-lo para melhor se acomodar na postura, outros mais podem sentar-se sobre cobertores, almofadas específicas, bloquinhos ou em pequenos bancos feitos de madeira onde o praticante comumente se coloca em vajrásana.


Encostado numa parede ou não escolhendo uma das opções acima mencionadas, a opção sentar-se numa cadeira ou poltrona confortável para buscar o momento meditativo também pode ser uma boa pedida. Mas, por que será que o pessoal da Kundalini Yoga, pelo menos em terras americanas, prefere usar um tapetinho feito de pele cordeiro e/ou ovelha como assento para meditar?








Durante muito tempo os Yogis que por esse planeta passaram usavam peles de animais como assento durante o momento meditativo e o exemplo mais manjado disso é o de Shiva que conforme consta utilizava a pele de tigre quando meditava no Himalaia.


Seguindo uma tradição, muitos praticantes de Kundalini Yoga não fogem ao exemplo dado por Shiva e ao invés da pele de um tigre, adotam as peles de cordeiros e/ou ovelhas para se sentarem e buscarem o patamar meditativo.


De fato, foi o Yogi Bhajan quem recomendou o uso da pele de cordeiro/ovelha como tapete para ser usado durante a prática de meditação, calcando-se na ideia de que esse tipo de material promove um bom isolamento entre o iogue e a atração magnética exercida pela Terra. E, reforçando esse conceito, muitos praticantes dizem ter experimentado estados mais profundos de conexão com seu Eu e o Universo quando utilizam uma pele de cordeito/ovelha como assento base durante a meditação, pois em comparação a um yoga mat sintético,  cobertores ou almofadas, por estes serem feitos de materiais sintéticos, diluem cerca de 1/3 da aura de uma pessoa.








Considerada macia e confortável, aquecendo no inverno e mantendo o praticante fresco no verão, a pele de cordeiro e/ou ovelha ainda possui propriedades antialérgicas.


Sendo boa para acomodar os tornozelos quando se está meditando, o tapete dela feito é um “espaço sagrado”, um complemento útil para se usar durante as aulas de Kundalini Yoga; no entanto, esse acessório não é obrigatório, mesmo que sustentem a premissa de que um tapete desse tipo seja uma bênção para o animal e que isso o ajuda a libertar a sua alma.








Nova Zelândia e Austrália são os grandes produtores de peles de ovelhas e é de lá que os tapetes utilizados pela maioria do pessoal da Kundalini Yoga são adquiridos. Mas, será que vale a pena meditar sobre um tapete feito da pele de um animal que foi industrialmente abatido para também se aproveitar a carne para consumo?


Não desmerecendo a tradição, o costume e nem a prática da Kundalini Yoga, meditar em cima da pele de cordeiro não é algo que seja comum e apreciado por aqueles que seguem a prescrição da não violência, ahimsa.


Harih Om!

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