HUMBERTO J. MENEGHIN
Comprometer-se com algo para o resto da vida, para a vida toda, requer determinação e boa disciplina. Pode ser que, de vez em quando, a prática e o estudo do Yoga momentaneamente seja deixado de lado; mas, quando o hábito renasce ele vem com mais força e na maioria das vezes seguimos em frente. Rodrigo Santoro protagonizou uma propaganda para uma seguradora, onde no filme se mostra chegando aos 75 anos de idade, deixando claro que ao longo dos anos manteve a prática de “alongamento” para evitar maiores danos às costas. No entanto, o “alongamento” dito no filme nada mais é do que os ásanas do Yoga, onde o ator aparece ao final praticando. Será que você continua disposto ou disposta manter o Yoga para o resto da sua vida ou “a gente faz o que pode”?
A
postura da árvore, o cachorro que olha para cima e um bom navásana, ao final,
são os ásanas que aparecem no filme da
propaganda que o Rodrigo Santoro protagoniza. Provavelmente o ator tenha praticado outras posturas como
o Guerreiro II, que não foi escolhida como exemplo de “alongamento”.
Então,
alguém pode se perguntar por que os
criadores do filme e a produção não quiseram adotar a palavra Yoga no texto
da propaganda da referida Seguradora optando
simplesmente por “alongamento”?
Ah, é
porque tem gente que ainda tem preconceito
quanto ao Yoga e se tivesse sido dito que é Yoga o que ele pratica, parte do público poderia ficar com um pé
atrás em relação ao produto que se está vendendo.
No entanto, quem nota o Rodrigo praticando no filme, especificamente ao final, reconhece perfeitamente que ele é adepto do Yoga.
Ponderações à parte em relação à
propaganda da Seguradora, o principal que fica é que o personagem aos 75 anos continua levando a prática pessoal a sério,
mesmo que seja aparentemente ásanas.
E,
então, levar alguma coisa a sério pelo
resto da vida, seja o que for, que possivelmente seja benéfico, denota abertamente que se é uma pessoa
determinada e que aprecia muito ao que se dedica com constância, como a
pratica de ásanas do Yoga e o conseqüente estudo de seu ensinamento de
forma paralela.
No
entanto, mesmo que por um período tenha
que deixar isso de lado, por motivos de força maior, nada impede, ainda que
seja por pouco, que o praticante traga a
atenção ao fluxo respiratório e ao momento presente ou recite um mantra
mentalmente por apenas três vezes ...
Após
uma interrupção seja por um período longo ou curto, aquele ou aquela que deu uma paradinha com a prática notou que alguma
coisa deixou de fluir bem como antes fluía e que realmente o Yoga diário ou até em dias alternados faz
uma falta tamanha daquelas!!!
Fulana de Tal diz que deu preferência às
corridas e aos exercícios musculatórios em academia; no entanto, quando o “bicho a pegou de surpresa”, aí
sim notou a grande falta que o Yoga faz, ficando nitidamente descontrolada
e sem centro. E, após o tombo, bem que se lembrou do Yoga, da meditação, da força
e da percepção inerente que a prática traz e
retomou o que antes havia deixado de lado.
Será que, não importando a idade que você tem, você vai continuar praticando, estudando e entendo o Yoga pelo resto da vida, sem prazo para terminar?
Harih Om!
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira.
Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos.
Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia.
Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA.
Foi colunista do website da
revista Yoga Journal Brasil. Já estudou e praticou com
professores de Yoga americanos em seis conferências da Yoga
Journal Live New York. Edita e escreve para o blog
Yogaemvoga.
MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA: humbertomeneghin@yahoo.com.br
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