25 de junho de 2020

LEVE E SUAVE: “SLOW FLOW” VINYASA YOGA




HUMBERTO J. MENEGHIN


Slow Flow parece ser marca de travesseiro para se ter um bom sono; no entanto, ao pé da letra, em Inglês, Slow significa lento, leve e Flow, fluxo, o que é fluído. Então, Slow Flow Yoga é fluir de uma forma mais leve e lenta, mas não muito, numa prática de Vinyasa Yoga. E, por que é legal fluir de uma forma mais leve e suave, salvo exceções?


Ashtanga Vinyasa Yoga, as Suryas Namaskares A, B e adaptações traduzem perfeitamente a ação de Vinyasa que acontece entre uma sequencia e outra de ásanas.


A primeira, Ashtanga Vinyasa Yoga, tem as suas séries fixas com jumps aqui e ali, ou seja, pulos, o que levou nos Estados Unidos, posteriormente, surgir o Power Yoga, em que prevalece também a conexão sincronizada entre a fluidez do movimento nos ásanas aliada ao processo respiratório ujjayi.


Porquanto, para quem não se acostumou ou entediou-se de praticar Ashtanga Vinyasa Yoga e o Power Yoga, incluindo outras variações muito dinâmicas, migrou para o estilo Vinyasa Yoga, que há algum tempo tomou conta da maioria dos estúdios e espaços de práticas.
 

No Vinyasa Yoga continua aquela mesma sincronicidade entre o movimento, ásanas e respirações e muitas professoras e professores dizem que as sequencias são diferentes e pode-se criar; no entanto, prevalecendo na grande maioria o tríduo inseparável chaturanga dandásana, cachorro que olha para cima, cachorro que olha para baixo, plus ujjayi.


Uma beleza de prática e quem por fora está observando quem pratica o Vinyasa Yoga puro e simples acha muito bonito, gostoso de se ver, sentindo até uma sensação boa como se estivesse ali também praticando com aquele pessoal, com aquelas meninas esbeltas trajando calças de Yoga coloridas, estampadas; não querendo dizer que pessoas comum como eu e você e alguém que esteja um pouco acima do peso também não se saia bem nessa prática um pouco menos intensa que o Ashtanga ou Power. E, no final, após se enxugarem, se deitam sobre o tapetinho para relaxarem. Beleza, né? Deu vontade de fazer também!


Instigados a iniciar na prática do Vinyasa Yoga, muitos comumente são direcionados a uma turma que já está há algum tempo praticando e ainda bem familiarizada com as sequencias.




E, o recado que recebe de quem ministra a prática é: “Se não conseguir acompanhar pode parar para descansar em balásana, a postura da criança, viu?”


E, então é isso mesmo que acontece. Quem está ali pela primeira vez não consegue acompanhar a turma, a sequencia, aquela fluidez porque tudo aparece rápido, que acaba se perdendo pelo tapete ... naquela sala onde há dez pessoas praticando e a “teacher” está ali na frente também se fluindo para cá e para lá!


Vinyasa Yoga é bem legal para quem já tem um tempinho de pratica de Hatha Yoga, ou que já tenha praticado uma ou outra vez tempos atrás e agora quer retomar.


No entanto, para quem é marinheiro de primeira viagem e nunca praticou ásanas antes ou especificamente o Vinyasa Yoga propriamente dito, existe o Slow Flow Vinyasa.
 

No Slow Flow Vinyasa, o praticante  começará a fluir de uma forma mais suave, leve e lenta, mas não muito, com o tempo suficiente para se observar, indentificar uma ou outra limitação, aprender as posturas, as adaptações estando o professor ou professora qualificado(a), ali, lhe dispensando uma atenção cuidadosa, sem querer colocar a carroça na frente dos bois.


Para, então, logo depois, quem sabe, oito aulas à frente ou mais, poder se aventurar no Vinyasa Yoga, no Power Yoga e até numa prática inciante de Ashtanga Vinyasa Yoga ou preferir dar continuidade no Slow Flow, que pode, de vez enquando, ser visitado por quem é adepto de práticas mais intensas, sem precisar apresentar qualquer justificação por isso.


A respiração, o corpo e a mente, o ásana, na fluidez estão coligados, sabendo o praticante perfeitamente o que está fazendo, sem agitações, sem tropeços, sem competição.

Harih Om! 

HUMBERTO J. MENEGHIN
é praticante e professor de Yoga em Campinas/São Paulo, Brazil. Tem Formação em Yoga com Pedro Kupfer e estuda Vedanta com Glória Arieira. 

Especializou-sem em Yoga Terapia Hormonal
 para a Menopausa e Problemas Hormonais com Dinah Rodrigues e também Yoga Terapia Hormonal para Diabetes e Hormônios Masculinos. 


Para o site www.yoga.pro.br escreveu vários artigos e traduziu textos sobre Vedanta de autoria de Sri Swami Dayananda Saraswati com quem já teve o privilégio de estudar nos Vedanta Camps em Rishikesh-Índia


Participou do Teacher Training de Ashtanga Vinyasa Yoga – Primeira Série – com David Swenson, em Austin, Texas, USA. 

Foi colunista do website da revista Yoga Journal Brasil.  Já estudou e praticou com professores de Yoga americanos em seis conferências da Yoga Journal Live New York. Edita e escreve para o blog Yogaemvoga. 
MARQUE PRÁTICAS & WORKSHOPS DE YOGA: humbertomeneghin@yahoo.com.br

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