1 de abril de 2011

HRIDYA – O MUDRA SALVA VIDAS




HUMBERTO MENEGHIN


O primeiro efeito mais evidente que se sente quando posicionamos os dedos das mãos em Hridya mudra é na respiração. Nota-se que o fluxo respiratório, em poucos minutos, se torna mais sutil, o que traz um estado tranqüilizante àqueles que praticam este mudra mais do que essencial.

Para colocar os dedos das mãos em Hridya mudra, o praticante, num primeiro momento, deve trazer as pontas dos dedos médios e anulares junto às pontas dos polegares, os quais representam os elementos fogo (polegares), éter (dedos médios), terra (dedos anulares), respectivamente.


Por sua vez os dedos indicadores de ambas as mãos se dobram e suas pontas tocam a base dos polegares, enquanto que os dedos mínimos se mantém estendidos.





Aqui, anotamos que os dedos indicadores representam o elemento “ar” e os dedos menores o elemento “água”. As palmas das mãos ficam voltadas para cima e os dorsos descansam sobre as coxas ou joelhos e a atenção se volta à parte superior do peito, principalmente no plexo cardíaco, também conhecido como anahata chakra.


Consciente e com seus dedos confortavelmente posicionados em Hridya mudra, em ambas as mãos, o praticante leva a atenção às pontas dos três dedos que se unem: polegar, médio e anular e nota o toque sutil entre eles. 


Depois o foco da atenção se direciona ao dedo indicador que está dobrado com a sua ponta que se encontra posicionada na base do polegar.





Em seguida, você nota que o dedo mínimo está naturalmente estendido e então você percebe e toma consciência dos espaços que possuímos entre todos os dedos. Ambos os pulsos estão relaxados, as palmas das mãos já não se incomodam com aquele desconforto inicial e então o prana começa a fluir pelos braços para em momentos alcançar instantaneamente ao centro da vida e das emoções.








Sabe-se que os dedos médios e anulares estão relacionados diretamente às nadis, canais de energia que temos pelo corpo, que por sua vez se conectam ao coração, enquanto que os polegares tem o papel de fechar o circuito pranico.


Com a função de soltar e remover os bloqueios de energia que se encontram pelo coração, o Hridya mudra também eleva prithvi, o elemento terra, e isto faz com que a influência dos elementos ar e fogo seja bem reduzida; pois estes, quando aumentados provocam um desequilíbrio no sistema nervoso.  


No entanto, o dosha Kapha se evidencia e então aqueles que são deste dosha devem praticar Hridya mudra com moderação.








Além de liberar as emoções que estão confinadas no fundo do coração, reduzir as palpitações e estabilizar a pressão arterial, recomenda-se buscar o Hridya mudra durante aqueles estados de intenso conflito emocional.


Dentre os inúmeros benefícios que o Hridya mudra nos traz, podemos destacar que o mais importante deles é em relação à estabilidade que logo é sentida pelo coração, agindo como uma medida alternativa de primeiro socorro para aqueles que em um momento inesperado apresentam um problema cardíaco, ou seja, um ataque; no entanto não devemos relegar a segundo plano as medidas socorristas convencionais.








Logicamente que a prática do Hridya mudra é mais proveitosa quando adotamos uma atitude meditativa, mas para começar você pode procurar permanecer neste mudra por cerca de três minutos e mais para frente passar para dez minutos. 


No entanto, você poderá adotá-lo sempre quando achar que necessita e pelo tempo que achar que deve.


Hridya mudra, um simples gesto que deve ser buscado em um momento de extrema necessidade.


Harih Om!


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