20 de novembro de 2011

AULA EXPERIMENTAL: GRATUITA OU PAGA?



HUMBERTO MENEGHIN


Ao se interessar pelo Yoga é comum o praticante de primeira viagem procurar um espaço ou um professor particular para praticar. No entanto, antes de começar esta nova fase em sua vida, participa de uma aula experimental. Mas, será que a aula experimental oferecida a quem geralmente terá contato com o Yoga pela primeira vez deve ser gratuita ou paga?

Quando vamos a um novo restaurante, na maioria das vezes, não recebemos a refeição que lá fazemos sem pagar qualquer numerário; não há uma primeira degustação gratuita. Nem quando enchemos o tanque do veículo com uma nova marca de gasolina, pois não recebemos o combustível sem pagar por ele.

Por outro lado, com o objetivo de conquistar um novo aluno, tanto a professora que ensina tocar piano, como o espaço que oferece aulas de Yoga e professores particulares de Yoga, algumas vezes, não cobram pela primeira aula. E, o mesmo acontece em certas academias de ginástica onde o futuro cliente pelo menos tem um dia-aula para experimentar as atividades que oferecem.




É bem plausível a oferta de uma aula experimental ao interessado seja lá qual for a atividade que se proponha, pois isto irá contribuir para que chegue a uma decisão concreta sobre empenhar-se ou não no que experiência.

No entanto, muitas das vezes, certas pessoas que se interessam em ter este primeiro contado, ao término da atividade, nem mesmo deixam um gesto de agradecimento e desaparecem. Outros mais, agradecem o que recebem e também desaparecem. E por fim, alguns outros agradecem, se entusiasmam e iniciam a atividade. No Yoga, isto também acontece.


Alguns estúdios e espaços de Yoga em determinados países cobram pela aula experimental. É o que chamam de drop in class, ou seja, aula avulsa. Aqui no Brasil, a grande maioria dos espaços de Yoga e professores particulares de Yoga oferecem a primeira aula gratuitamente e em poucos casos até mesmo a segunda.

Alguns outros espaços oferecem aula experimental em troca de um alimento não perecível para ser doado a uma instituição, o que é bem plausível também. Outros mais, na maioria espaços bem conceituados que tem a sorte de contarem com muitos alunos praticando, cobram pela aula experimental, que é a aula avulsa, o que também parece ser bem razoável se formos considerar um outro ponto de vista.



Todos temos despesas a serem pagas, ninguém se exime desta obrigação, mesmo que não as mantenha em dia. Os espaços de Yoga tem as despesas a serem pagas, os professores de Yoga também. Não cobrar por uma aula experimental de Yoga pode ser bem simpático e ter como fim camuflado conquistar um novo aluno ou aluna. Isto pode ser bem válido para quem está iniciando; no entanto, chega um momento em que a gratuidade não faz mais sentido e assim um pagamento pela aula experimental é mais do que justo.



Alguns podem não concordar com isso e continuarem a oferecer gratuitamente as aulas experimentais de Yoga. Outros, por sua vez, podem cobrar o valor de uma aula avulsa, que de repente seria uns R$35,00 ou até R$65,00 como há por aí. Outros mais, ficam no meio termo e podem cobrar apenas R$10,00 pela aula experimental que costumam oferecer.

A decisão de cobrar ou não cobrar por uma aula experimental de Yoga cabe tão somente a quem a ministra. Se o professor, o espaço nem tanto, sentir que não é apreciado pela sua dedicação e esforço, especialmente por quem tem boas condições financeiras, que passe a cobrar; mesmo que seja um valor simbólico; valor este que pelo menos servirá para pagar a despesa com locomoção. Infelizmente é assim, pois existem “praticantes” neste país que não estão nem aí com o que experimentam. Não são todos, mas que existem existem.

Harih Om!

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